POR UMA DECISÃO
Com um posto destacado e
altamente influente em Minas, a vice-governadoria, e uma bancada parlamentar
expressiva o PMDB parece disposto a não deixar para a última hora a montagem do
esquema eleitoral de 2016, no qual o objetivo primeiro é ganhar a prefeitura
nos municípios mais importantes. Razão pela qual o partido e sua alta direção
gostariam que o prefeito Bruno Siqueira se decidisse logo pelo projeto da
reeleição. Porque, ainda que seja seu candidato natural, com amplas
possibilidades, importante é a preservação de espaços político-partidários,
antes que sejam ocupados ou se diluam com o passar do tempo e com a aproximação
das convenções. Mas no caso local trata-se de uma preocupação que, já se
percebe, transita mais no campo das formalidades, pois a candidatura de Bruno é
tida como questão decidida.
Conversas nesse sentido são
encaminhadas pelo vice-governador Antônio Andrade, com quem de há muito o
prefeito mantém diálogo e estreitas ligações.
Um prolongado adiamento do
projeto peemedebista seria motivo de preocupação também para os candidatos que
pretendem se opor a Bruno. Ficam sem poder definir suas estratégias, a
principal dentre elas o leque das alianças possíveis. Se o prefeito disputar,
sabe-se que terá condições de absorvê-las em maior número. Mas este é um dado
que também encontra contestações: no último fim de semana, quando participou de
12 reuniões políticas em Juiz de Fora, entendeu diferentemente o atual
secretário de governo da prefeitura de Belo Horizonte, Vitor Valverde. Ele acha
que a chance de grandes alianças está é com os contrários. Nessa linha de
oposição o próprio Vitor é um nome cogitado.
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