Herança do ano
A
pior herança que 2016 vai transferindo ao mundo é o ódio que se dissemina pela
Europa e Oriente, agravado com o forte conteúdo de intolerância religiosa; em
muitos casos sinalizando o risco de um futuro de indesejável teocracia. Deus nos
livre dela, pois nada é mais distante de Deus que o estado teocrático.
Que
o novo ano contribua de alguma forma para conter esse ódio, se não for possível
eliminá-lo de vez. Porque sob sua sinistra inspiração nada será possível. O
ódio é o solo árido que inibe o diálogo entre povos e culturas, entre ideias e
ideologias.
Pouco
antes das Segunda Guerra Mundial, em 1938 para ser menos impreciso, Madox Ford
já pregava a garantia – e hoje estamos certos de que nele não pontificava mero
sentimentalismo – que nossa civilização só poderá se salvar mediante uma
mudança no coração de toda a população do Globo. Portanto, um mundo sem ódios.
Para termos uma civilização viva precisamos ter corações civilizados, pois só
assim haveremos de nos opor à barbárie e ao terrorismo.
Os ausentes
A
cidade fecha o ano com saudades de muitas de suas figuras que já não fazem mais
parte de sua paisagem cotidiana. Lembranças. No campo das comunicações ficamos
sem o repórter Carlos Neto, as queridas jornalistas Chininha e Judite Lade,
Laerte Braga, Helly Martinelli e Cid da Costa Lage, da publicidade, e no rádio
o animador José de Barros. Nas letras perdemos Iris Carvalho Drummond, Cordélia
Faria Tavares e Noemi Teixeira Vieira, que morreu aos 107 anos. Professores
Newton Chinandes, Fernando Vacca, Benedito Modesto e Dilly Campello. Outras
figuras admiradas como Edson Mega, Tony Moreno (Filipino), Alberto Surerus,
ex-vereador José Alexandre, e os empresários Antônio Calixto e Isaac Couri.
Claro, é uma lista incompleta. São muitas outras as ausências sentidas. A
lembrança dos nomes citados é uma homenagem a todos que partiram.
Ficam
do blog os votos de um ano novo venturoso. Saúde, paz e realizações.
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