quarta-feira, 23 de outubro de 2019


Sobre o ano eleitoral


ano eleitoral começou. Os prazos, à medida em que vão vencendo, fazem com que os políticos coloquem foco nas eleições municipais. Embora não pareça, a eleiçãode vereador e prefeito é fundamentapara as gerais de 2022. Os municípios formam bases de sustentação das candidaturas majoritárias e legislativas aos níveis estadual e federal. Até março de 2020 os candidatos à Câmara e às prefeituras precisam estar filiados aos partidos pelos quais concorrerão.

A novidade próxima é a impossibilidade de coligações proporcionais; e o partido, mesmo atingindo o quociente eleitoral, só garantirá sua vaga se o mais votado obtiver mais de 10% do quociente resultante do pleito. Neste cenário os atuais vereadores fazem seus cálculos para estimar a quantidade de votos necessária, como também o melhor partido para concorrer àreeleição. E os candidatos à prefeitura precisam despertar nos eleitores a esperança de que na futura gestão as principais demandas da população serão atendidas; pelo menos em sua maioria. Tarefa difícil para os prefeitáveis, pois os eleitores, mesmo esperançosos com o futuro, não querem mais falsas promessas.

Em Juiz de Fora os atuais vereadores, eleitos na legislação antiga, fazem o estudo de viabilidade eleitoral. E, pelo que se comenta nos bastidores da política local, haverá o 'troca-troca' de partidos na janela eleitoral, em março; fenômeno antes nunca visto nestas paragens. Afinal, todos querem continuar com seus mandatos, com exceção de, pelo menos, um caso onde haverá sucessão familiar. Os partidos que terão candidato à prefeitura têm possibilidade de induzir o voto de legenda para candidatos ao Legislativo. Isto se torna quesito importante no processo do ano que vem.

Quanto à prefeitura de Juiz de Fora as conversas preliminares apontam profusão de candidaturas, talvez com três do gênero feminino, que seria algo inédito na história da cidade. No caso do prefeito Antônio Almas (PSDB) a reeleição pode ser uma possibilidade, mas não uma certeza, pelo que ele mesmo deixa transparecer. Há o risco de o pleito ficar polarizado pelas questões nacionais, devido à divisão política que vigora no país; e os temas de interesse dos munícipes ficarem relegados a segundo plano. É provável que a eleição ocorra em dois turnos, como nas votações anteriores. O desejável é um debate sobre os problemas locais, e como serão as tentativas de resolvê-los, sem sofismas.




Morte milionária


O translado do corpo de um brasileiro que morre durante viagem ao Exterior pode parecer problema caríssimo, que só afeta os ricos. Mas nem todos que viajam têm muito dinheiro, o que significa que gente da classe média também passa por grandes problemas quando se vê diante de tamanha dificuldade. O Brasil figura entre os países que com pouco ou nada socorrem essas famílias enlutadas, segundo pesquisa feita pelo deputado federal Ely Borges, de Tocantins.

Quando o óbito se dá em um país da Europa as providências legais e o transporte podem chegar a R$ 26 mil. Mas, ainda de acordo com o deputado tocantinense, há casos em que é acrescida uma taxa de R$ 5 mil.

Baseando-se na angústia de muitas famílias que a tragédia imprevista torna enlutadas ele está apresentado projeto determinando que o governo federal arque sempre com tais despesas.


Confirmação 

Objeto de especulação na semana passada, confirmou-se que o PODEMOS realmente examina a possibilidade de disputar a prefeitura de Juiz de Fora com candidatura própria. Tal como pretende em municípios com cerca de 500 mil eleitores. Sendo assim, a delegada Ione Barbosa pode ser convidada a entrar na disputa.


No pré-sal

As previsões quanto ao rateio dos resultados do leilão do pré-sal indicam que pode caber a Minas uma cota de R$ 106 bi. Mas os números definitivos ainda estão em fase de avaliação.

É preciso conferir seriedade na aplicação de tais recursos, de forma que os governadores não usem o dinheiro para aumentar o prestígio político com servidores, e os prefeitos não consumam suas parcelas em pracinhas e fontes luminosas.



Protesto

Levantou-se o deputado Lafayette Andrada contra a ideia de alguns setores reformistasna política educacional, que pretendem eliminar a obrigatoriedade de ensino de História nos cursos médios. Entende que não é possível entender e viver presente e futuro de uma nação sem que se conheça o passado.



Interior se esvazia” 
Comentários sobre esse artigo publicado no blog:

Vicente de Paula Clemente:
-Em Juiz de Fora, destino de grande parte dessa população que se desloca do interior, já se está desenhando uma grande população de moradores de rua, que se alinham sob as marquises das lojas centrais e bairros mais populosos da cidade. Triste constatação...

Isaias Laval:
Vicente De Paulo Clemente, puxa! Isto é terrível. Conheço esse desastre de São Paulo e Rio. A única solução é um sistema de grandes albergues e de equipes especializadas que os conduzam para lá continuamente, porque voltam às ruas.

Ricardo Barroso:

Estamos vivendo um outro tempo de menosprezo aos sonhadores desvalidos. A migração interna se dá, também, pelo abandono do interior, relegado a fornecedor de mão de obra barata e\ou massa de manobra dos mais abjetos interesses políticos. No final todos irão considerar felizes os que não se perderam nas drogas e "crimes de subsistência", não importando sob qual marquise irão residir. A população "estabelecida" finge não ver o caos anunciado e nascente. O texto é de uma verdade rude, mas honesta.

Isaias Laval:

Bom texto, bela análise! O articulista sabe que não existe solução simples para o fenômeno. Por isso, não pode, como não podemos, sugerir medidas práticas. Para Juiz de Fora, única saída: turismo, especialmente dos oriundos.

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