terça-feira, 11 de agosto de 2020

 


ABUSO DA FÉ


O Ministério Público Federal acha que o “pastor” Valdomiro Santiago passou das medidas ao vender grãos de feijão por ele abençoados, com a promessa de que são remédio adequado para a cura da Covid 19. Reconhecido o abuso da fé de gente simples ou ignorante, ele vai ser chamado a indenizar suas vítimas em R$ 300 mil.

Valdomiro já deu tempo suficiente às pessoas para que conheçam a peça. Suas pregações, décadas atrás, começaram no bairro Retiro. Gente nossa.


TEMP0 DE DESESPERO


As dificuldades dos dias que estamos vivendo, aqui e no resto do país, são enfrentadas das mais diversas formas. Lamentável que muitas cheguem ao desespero. Algumas vão ao extremo, tentando tirar a própria vida. Desde o início da pandemia, em Juiz de Fora é alto o número das pessoas que morreram vítimas de suicídio. No total, de 19 de março a 3 de agosto, 18 suicidaram-se, como revela pesquisa feita pelo vereador José Fiorillo, que é autor de projeto propondo políticas preventivas para conter esses casos.



FRASE INFELIZ


"Não há solução e talvez nunca exista", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva virtual. Frase infeliz do dirigente da conceituada entidade internacional que cuida da pandemia da Covid 19. Trouxe forte dose de desesperança para o mundo, que aguarda a vacina contra o vírus.

Há meia dúzia de iniciativas para a descoberta de vacina, sendo que algumas em fase conclusiva dos testes. A compra antecipada pelos EUA da futura vacina salvadora gera revolta: Donald Trump assumindo atitude excludente.



PERSISTÊNCIA


Depreende-se na conversa com os vereadores que todos os 19 vão disputar a reeleição, e certamente muitos já trabalham ostensivamente para garantir espaço entre os eleitores. Se algum deles desinteressar-se é porque tem o nome cogitado para disputar como vice na chapa de um dos candidatos a prefeito. Resultado das alianças.

Os vereadores no exercício do mandato têm preferência na formação da chapa dos partidos a que são filiados.



DE OLHO NO STF


As novas incursões sobre a Operação Lava Jato, pelo procurador-geral da República, Antônio Augusto Aras, podem levá-lo a se credenciar a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal; na verdade, a cadeira que hoje é ocupada pelo ministro Celso de Mello, que se aposenta em outubro. No semestre anterior essa vaga tinha, para muitos, endereço certo em Sérgio Moro.



QUANTOS VOTARÃO?


Sabendo-se que são 410 mil os juiz-foranos aptos a exercerem o voto em novembro (nos meios políticos a expectativa era de um número bem maior) já vão surgindo especulações sobre seu real comparecimento. Há previsões muito pessimistas, alimentadas pelas preocupações com a pandemia e os problemas que ficarão no rastro dela; e, acima de tudo, o desencanto com os políticos. Arrisca-se um palpite, com base em pleitos anteriores: o comparecimento médio é de 80% do cadastro eleitoral. Há que se considerar a média tradicional de 10% de nulos e votos em branco; se a pandemia não causar estragos maiores.



O OUTRO VÍRUS


Os adversários do presidente Bolsonaro, quando o veem de chapéu de coco e montado num jegue, acham que a república está sob o comando de um modelo acabado de populismo. O que Lula foi para a esquerda, Bolsonaro é para a direita. Seja como for, esse modelo tem altos e baixos, êxitos e fracassos, tanto pode atrair como provocar repúdio.

Em janeiro último, ao comentar esse fenômeno em artigo de jornal, dizia o ex-deputado Marcus Pestana: “o populismo é fácil de exercer nos palanques, mas negativo e corrosivo na ação governamental. É um vírus perigoso e tentador”.



SEM PRECIPITAR


O Partido Verde ainda não decidiu a data da convenção que indicará seus candidatos em novembro, nem tem definições antecipadas sobre a disputa da prefeitura, comentou o vereador José Márcio, único representante da legenda na Câmara. Também não está excluída a possibilidade de participação em coligação na majoritária. O vereador considera precipitação o lançamento de candidaturas, antes de os convencionais se manifestarem e analisados os reais interesses da legenda.



A INSPIRAÇÃO


Sobre o PV vale lembrar que remontam à década de 80 do século passado os primeiros passos para a sua criação. Quem a inspirou foi o jornalista juiz-forano Fernando Gabeira, que depois elegeu-se deputado federal, e em 1989 disputou a presidência da República. A fundação do partido havia resultado de um sentimento de ambientalistas, intelectuais e nomes das mais diversas áreas de manifestação artística.



SEGUNDO TURNO


Quaisquer que sejam os candidatos a prefeito e os partidos envolvidos na disputa, a eleição deste ano vai repetir a fórmula testada e confirmada em anos passados. Estando quatro ou mais disputando a sucessão municipal é inevitável o segundo turno; o tira-teima entre os dois mais votados. Quando as alianças não conseguem reduzir o número de postulantes torna-se impossível a um dos candidatos obter maioria de votos já na primeira votação.



JÁ CANDIDATO


O professor Raul Salles, que tem vasto círculo de amizades em Juiz de Fora, confirmou sua candidatura a prefeito de Pequeri, cargo que já ocupou em passado recente. Sem desconhecer que o futuro prefeito terá importantes desafios, Raul decidiu disputar pelo Partido Trabalhista Brasileiro os cerca de 2.500 votos que tem o município. Pequeri é unanimidade: uma das mais agradáveis cidades de Minas.



VELHA HEGEMONIA


O MDB ainda não dispõe de dados suficientes para avaliar suas forças na região, onde sempre desfrutou de grande prestígio. Mas informações colhidas pela direção estadual sugerem que ainda vai dispor de base suficiente para esperar alguns bons resultados na eleição dos prefeitos em novembro. Em comparação com a eleição de 2018 o que o partido mais sofreu foi a perda da prefeitura de Juiz de Fora, embora mantenha Bruno Siqueira em suas fileiras.



VOTO ESTIMULADO


Às voltas com a adequação de seus serviços a um calendário improvisado, instado pelo imprevisto da Covid 19, o Tribunal Superior Eleitoral ainda não informou se pretende reeditar a campanha destinada a estimular os brasileiros a cumprir o dever cívico do voto. Esse apelo talvez seja mais necessário agora, quando enorme contingente de desanimados manifesta disposição de não ir à urna, preferindo arcar com a multa modesta e simbólica aplicada aos que optam pela abstenção.


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