Em Poucas Palavras
Entrando
e atirando
A coluna impressa
de César Romero incursiona na política, para trazer o desabafo e
desencanto do empresário Eduardo Lucas, pré-candidato a prefeito
pelo Partido Democracia Cristã. Sendo obrigado a mexer com as coisas
comuns da área em que pretende entrar, ele vê muita sordidez no
sistema político brasileiro, critica a prefeitura local por ser
inchada e improdutiva, e a Câmara por descumprir a missão de
fiscalizar.
Diante de tão
sombrio panorama, Lucas se dispõe a uma campanha solo: sem
coligações, sem fundo eleitoral, sem fundo partidário. Com cara e
coragem.
Moro
cercado
Não é mais necessário ter evidências de que se trama um cerco
político para asfixiar o ex-ministro Moro e sua possível
candidatura à presidência da República em 2022. Primeiro, a AGV
entra em campo para abrir as entranhas da Operação Lava Jato, que
teve e o tem como patrono. A alegação de que há documentos
sigilosos a serem avaliados não parece ser argumento suficientemente
procedente.
Menos indireto ainda, o ministro Dias Tófoli, presidente do Supremo
Tribunal, recomenda que seja proibido a juízes participarem de
eleição antes de decorridos oito anos depois de deixarem a
magistratura. No feitio de Moro.
Ações
que falham
O
deputado Betão (PT) prefere manter em reserva a promessa da
Secretaria de Saúde de que estará em queda, nos próximos 15 dias,
o índice de óbitos provocados pela Covid 19 em Minas. Com a
estatística sinistra subindo 16% em uma semana e 4.000 novos casos
de contaminação, ele não vê como o governo estadual possa ter
previsões otimistas, com a política sanitária que tem praticado.
Não
cometem cacoete de saudosismo os que têm ocupado as redes sociais
para lamentar a pobreza dos discursos parlamentares, considerando-se
que, salvo exceções, em nada são capazes de lembrar os grandes
momentos das tribunas. A indigência verbal prolifera desde as
câmaras municipais até o Congresso Nacional. O fenômeno tem
explicação, em parte, na queda do nível cultural de que padecem
os grandes colégios eleitorais. Bem representados, portanto.
Cuidados
especiais
Continuam
em pauta as indagações sobre ações que terão de ser adotadas,
quando a Covid 19 der sinais de que está de partida. Se há muito a
fazer, é necessário que a população vá se acostumando com
cuidados que até agora nos pareciam superficiais ou mesmo
desnecessários. Para citar dois exemplos: o uso de elevadores que,
quando superlotados, produzem grande risco de contaminação; e, com
ou sem corona, mais sério ainda, o transporte coletivo, que terá de
adotar precauções novas e permanentes. A saúde da população, que
tanto sofre, merece maior proteção, a começar pelos cuidados com
ônibus e elevadores.
Representação
contestada
Oportuno
trazer à memória, já que de novo estaremos com as urnas. Na
eleição de 2016 houve elevado número de votos nulos e em banco,
que, somados às abstenções, superaram a votação dos eleitos.
Nada mais ilustrativo para sinalizar a falta de representatividade
dos políticos com mandato.
Agora, a
expectativa dos cientistas políticos é que haverá mais de um
milhão de candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito. O que
concorre para a pulverização no processo eleitoral com as
consequências imagináveis. Aposta-se que teremos mais candidatos ao
cargo de prefeito, de forma que as organizações partidárias tenham
mais visibilidade; e com isto – quem sabe? - os vereadores podem
ser beneficiados pelo voto de legenda.
Preto no
branco
A
Justiça Eleitoral adverte para a necessidade de as pesquisas sobre
tendência eleitoral serem registradas de conformidade com a lei, com
o
que pretende evitar que elas
sejam
usadas para enganar eleitores menos esclarecidos. Além disso, mesmo
que estejam registradas, devem
ser olhadas
com reservas (pelo
menos por hora) por
estarem
sendo
realizadas
pelo telefone, o que de certa forma compromete a
identificação do consultado.
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