Eleição 2024 em pauta ( LXVII)
MAPA DOS VOTOS
Num primeiro passo para traçar as linhas mestras da campanha em que estarão empenhados, os partidos e candidatos procuram saber em que terrenos terão de caminhar. Ou, no dizer dos antigos, em que matos terão de lenhar... Há, nas rodas do Republicanos, que planeja disputar a prefeitura com Isauro Calais, quem considere que o poder decisivo da política municipal nas urnas está com 40% dos eleitores. Tomando-se por base que nesse mapa 5% são eleitores radicais de direita e outros tantos radicais de esquerda. Não se conhece estudo em que se baseia tal constatação. Trata-se de avaliação que se inspira nas expectativas de uma eleição radicalizada em outubro.
Outro dado, sem valia prática para o caso local, é que 56% dos eleitores estão longe dos grandes centros, com influência rural. Já vai muito distante o tempo em que Juiz de Fora convivia com influência dessa natureza.
( Para mostrar o que foi a influência rural na política local: em 1958, seis décadas passadas, o fazendeiro Juarez Belfort Arantes foi eleito vereador com 1.872 votos. Recorde nunca batido, considerado o colégio eleitoral da época).
INFLUÊNCIA
Dados do IBGE que revelam o crescimento da população evangélica no Brasil são a base para que os estrategistas dos partidos políticos avaliem o potencial da influência daquele segmento no processo eleitoral que se aproxima. Consideram que podem influir em até 36%, quando se trata da eleição de vereadores. Influiria também na escolha dos prefeitos, mas não tanto.
RIORIDADE
Diz o ex-prefeito Bruno Siqueira que, a par de suas atividades no campo da iniciativa privada, o que o detém hoje é o projeto de fortalecimento de seu partido, o Avante. Não tem animação para participar da campanha da sucessão municipal.
Bruno não confirma, mas o Avante quer fazê-lo, daqui a dois anos, tentar o retorno à Assembleia Legislativa.
LIDERANDO
O deputado estadual Mauro Tramonte, do Republicanos, lidera pesquisa para a prefeitura de Belo Horizonte, com 25%. Tem o dobro das intenções, se comparado com os pré-candidatos do segundo e terceiro lugares.
FORA DA LINHA
O normal é que, tomando-se por base o aumento dos colégios eleitorais, cresça o número de municípios preparados para decidir, em segundo turno, a escolha de seus prefeitos. Raros são os casos contrários, isto é, municípios que em 2020 tinham mais de 200 mil eleitores, e hoje tem menos. Caso único em Minas é Governador Valadares, que sai do segundo turno, por causa de 2.000 eleitores. Eram 214 mil, e agora são 198 mil. Pode ser que volte ao que era antes, depois de uma conferência do número de títulos eleitorais.
CUIDADO ANTIGO
Em recente manifesto, repudiando o projeto de aliança do PT com o PSB, veteranos e prestigiosos petistas consideram ser impossível descer o Calçadão com os socialistas “de braços dados com esses senhores, abalando os nossos maiores trunfos”.
Tomaram, por lição, o que, em 1950, disse Procópio Filho, candidato a prefeito: “o difícil de uma campanha é ter de sorrir para determinados senhores no café e com eles descer a rua Halfeld”…
OLHO NO AMBIENTE
“Tudo era visto e nada se fez” é o título do livro que acaba de lançar o candidato a vereador Vanderlei Tomaz, do Progressistas, para mostrar e advertir que nunca passam de palavras vãs as preocupações das pessoas e da administração pública com o meio ambiente. Trata, principalmente das águas que correm sem controle, provocando imensas destruições, como se viu, agora, no Rio Grande. Tomaz quer levar a cidade a pensar na reciclagem do lixo, cuidar mais das hortas, produzir mudas e plantar árvores, para que a população melhore os níveis de segurança ambiental.
Vanderlei Tomaz já foi vereador. Deixou marca importante na sua passagem: foi autor da Lei Murilo Mendes.
Depois da Proclamação da República, o estrangeiro residente na cidade que pretendesse naturalizar-se tinha, na prefeitura, um livro para registrar sua pretensão. Narra Paulino de Oliveira que, em 1933, sob o regime do Estado Novo ( o estado a que chegamos, segundo Barão de Itararé…) a naturalização também foi muito facilitada. Em menos de duas semanas, optaram pela nova cidadania dezenove estrangeiros, que trabalhavam nos serviços de limpeza da prefeitura, em sua maioria italianos, mas também dois portugueses e um espanhol. O prefeito Rafael Cirigliano presidiu a solenidade de entrega das cartas de reconhecimento. Muitos choravam.
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