BASTIDORES
1- As pesquisas de opinião sobre a intenção de votos dos pretensos candidatos à Prefeitura são noticiadas “à boca miúda” nos ambientes políticos da cidade, toda vez que se fala da eleição municipal. Mas, ninguém informa sobre pesquisa registrada no Justiça Eleitoral, o que possibilitaria conhecermos a metodologia usada e analisar os números apurados pelos entrevistadores, e as conclusões dos analistas contratados.
Como são notícias
oficiosas não podem ser consideradas verídicas. O que se sabe das pesquisas de
opinião sobre a intenção dos eleitores juiz-foranos (até o momento) aponta que
mais da metade prefere os nomes (em ordem alfabética) já conhecidos de
políticos locais: Bruno (prefeito), Margarida (deputada federal) e Noraldino
(deputado estadual). Como a campanha só começa em meados de agosto “muita água
vai passar debaixo das pontes”, e as pesquisas oficiais certamente surgirão
para elucidar qual a tendência eleitoral do povo desta cidade.
2 - Ouviu-se um comentário no calçadão da Rua Halfeld, ao cair da tarde de segunda-feira, que o suplente de deputado federal Wadson Ribeiro (PC do B), embora articule sua candidatura à Prefeitura, no fundo espera uma composição política com o PT. Segundo um interlocutor do ex-deputado o caminho natural seria manter ao nível municipal a sólida aliança nacional. O PC do B manteve-se fiel ao PT ‘na alegria e na tristeza’, então por que caminhar separado nas eleições municipais numa cidade deste porte?. O sucesso da deputada federal Margarida Salomão seria a efetivação de Wadson Ribeiro como deputado federal, abandonando definitivamente a suplência na segunda metade do mandato. O governado Pimentel (PT) poderia intermediar essa pendenga, tendo em vista suas boas relações com os comunistas no Estado.
3
– Como farão os candidatos? Pela primeira vez não terão a ajuda de pessoa
jurídica para financiar a campanha, mas só de pessoa física, esta podendo
contribuir com até 10% do rendimento que declarou no imposto de renda do
exercício anterior. Certamente exercitam-se as formas de mascarar, com retoques
de legalidade, as doações de grande empresas. Dá-se um jeito, sempre.
4
– O PDT tem se reunido para debater possível apoio à candidatura do prefeito
Bruno Siqueira. O atual secretário de Governo da Prefeitura de Belo Horizonte,
Vitor Valverde, que chegou a ser cogitado, vai disputar, dentro de dois anos,
uma cadeira de deputado federal. E já trabalha o eleitorado da região.
Memória (XI)
Veio
de dezembro de 1865 a decisão da Câmara de Vereadores de exigir, por força de
lei, a interligação definitiva do bairro Mariano Procópio ao centro da cidade,
que até então viviam praticamente isolados e em frequentes litígios. O viajante
e cronista Richard Burton, que por aqui passou, hospedou-se em um hotel de Mariano,
e registrou que os moradores de lá se ufanavam de nada terem a ver com a cidade
velha, referindo-se a Juiz de Fora.
Tratava-se
de um sentimento que vinha do tempo em que a estação ferroviária, chamada Rio
Novo, situava-se naquele bairro. Juiz de Fora ainda não tinha sua estação.
Inspirado
nas desavenças entre os moradores, chegou a haver um movimento de separação
territorial. O lugar se tornaria cidade independente, com o nome de
Marianópolis, como registrou o historiador Jair Lessa.