Sem reeleição
O presidente Michel Temer tem dito e garantido que, qualquer que
seja o futuro do País, não disputará um segundo mandato. Acha que, se levar a
bom termo os dois anos de lhe caíram ao colo já se considerará ajudado por
Deus. Mas, se ocorrer o êxito que espera, não lhe faltarão opções para fechar a
biografia no Senado ou no Supremo Tribunal.
Quanto a não disputar mais, deixam de pesar as superstições
relacionadas com a maldição do segundo mandato, que no caso de Lula e Dilma
significou uma imensa perturbação ética e moral na política. Mas há casos em
que os resultados foram piores. No segundo mandato Lincoln foi assassinado,
Nixon sofreu impeachment, George Pompidou morreu de câncer, Getúlio suicidou-se
e Jango foi apeado do poder.
O cerco
A prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, acusado de grave
envolvimento com a corrupção nos dois últimos governos, não deixa dúvida de que
as investigações da Lava Jato vão apertando o cerco para, numa etapa final,
chegar ao ex-presidente Lula. O doutor Janot quer se armar de todos os indícios
e provas para não escorregar em decisões apressadas. Sem que nisso se dispensem
cuidados políticos. Por exemplo: não haverá maiores avanços até que o Senado
resolva o destino da presidente afastada.
Seminário
Termina nesta sexta-feira o prazo para a inscrição dos
interessados em participar do V Seminário ”Olhar sobre o que é nosso”,
promovido pela Funalfa, com palestras a partir de segunda-feira no auditório do
Banco do Brasil. A inscrição é gratuita com vagas limitas a 150 cadeiras.
A primeira palestra, na segunda-feira, às 14h30min, estará com a
superintendente do IPHAN de Minas, Célia Corsino, com o tema “Política
participativa de patrimônio imaterial”.
Memória (VIII)
O prestígio de Juiz de Fora junto à Corte, particularmente ao pé
do trono de Dom Pedro II, ficou patente para a História com o número de nobres
que aqui viveram durante o Império. Quando a Família Imperial foi banida eram
29 os nossos barões e viscondes, quase todos patriarca da cafeicultura. Dentre
eles, 10 haviam sido presidentes de Minas, Rio de Janeiro, Sergipe, Piauí,
Pernambuco e Espírito Santo.
Caso particular foi Manoel Vieira Tosta, Barão de Muritiba, que
pegou a mulher e, voluntariamente, acompanhou Dom Pedro no exílio. Antes de ir
doou as ações que tinha no Colégio Progresso para manter estudantes pobres. Mas
Muritiba foi caso único de lealdade ao imperador, pois a maioria dos velhos
barões logo se acomodou aos ritos da República. Tanto que em 1890, reunido na
cidade, o Partido Republicano Mineiro votou pela sua dissolução, como protesto
contra os monarquistas adesistas.
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