segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Propaganda
O Tribunal Regional Eleitoral estabeleceu que nas terças, quintas e sábados terá seus horários de propaganda destinados aos vereadores. Portanto, é com eles que a programação é aberta hoje, sendo a coligação mais favorecida a que une PMDB e PSD, com 5'32'', seguindo-se os candidatos do PT, com 4'1' e o PSDB e DEM com 3'38'' .
Gente nova
Não é tão grande, como se esperava, a previsão otimista dos atuais vereadores sobre baixa taxa de renovação. Ela pode acabar vindo mais alta, por duas razões: entre os novos há alguns nomes de peso que estão surgindo, e outros, se não têm estofo político suficiente, vêm gastando um bom dinheiro para se promoverem.
Na ótica dos atuais, na melhor hipótese, repete-se o que o ocorreu em 2008: dos 19, só nove voltaram.
A suplência
O PT mineiro já considera possível contabilizar alguns bons resultados que virão das urnas de outubro. Acredita, por exemplo, poder contar com a vitória do deputado Gilmar Machado em Uberlândia. Acontecendo isso, terá de mexer na escala dos suplentes da coligação, onde Magarida Salomão figura com destaque.
Altos voos
O plano de governo que o PTSU traz para o eleitorado, confiando na capacidade de sua candidata, professora Victória, entra para a galeria dos mais ambiciosos. Chegando lá, ela começa por expulsar o empresariado do sistema de transporte coletivo, e rompe com o Congresso para considerar que o aborto não é crime ( tratando-se de prefeita, entende-se que se trata de descriminalização no âmbito do município). Em Juiz de Fora a estabilidade no emprego seria garantida por lei, não mais pelas sazonalidades e pelas influências de mercado.
Outro projeto sensacional, depois de chamar à órbita municipal atribuições do Executivo, Legislativo e Judiciário nacionais, não contente o PSTU invade o estado e confisca para Juiz de Fora a condução da chefia da polícia, com a eleição dos delegados pelo voto popular.
O presencial
O Partido dos Trabalhadores tem 50 cidades consideradas estratégicas para a campanha eleitoral deste ano, e pretendia colocar na ponta do estrelato o ex-presidente Lula. Várias razões contribuíam para isso, além da força pessoal que ele pode emprestar aos candidatos em centros políticos capazes de definir os rumos da sucessão presidencial em 2014. Ocorre que o sinal verde da equipe médica que orienta Lula tem limites. Os médicos sugerem sua presença em poucas cidades, o que significa: limitar-se a algumas capitais, para se evitar o inconveniente dos excessos.
Vício antigo
Sobre o julgamento do conhecido mensalão: até o momento os ministros do STF têm observado rigor técnico nos procedimentos. A defesa dos acusados adotou, coincidentemente, na maioria dos casos, caracterizar como uso de caixa dois o dinheiro para pagar despesas de campanha eleitoral. Mas o argumento é como usar um erro para justificar o outro, pois o caixa dois para financiamento das campanhas eleitorais é prática comum de pagamento das despesas. E a compra do voto vem dessa origem de recursos financeiros não contabilizados.
Lamentável que eleitores vendam seu voto e candidatos comprem os votos que estão à venda, uma prática nefasta sempre presente nas eleições brasileiras, praticada por muitos candidatos independentemente de sua ideologia. É o chamado pragmatismo eleitoral. Vencer a qualquer custo, pois com o poder é possível captar recursos financeiros para os futuros empreendimentos eleitorais. E o ciclo se repete infinitamente.
Muitas iniciativas surgiram no sentido de coibir a prática vergonhosa de corrupção eleitoral, emanadas da sociedade civil, mas ainda ineficazes para inverter a lógica perversa da mercantilização. Observe-se então que na pauta atual do STF também está em julgamento um vício antigo da política brasileira.
(( publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
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