segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Segundo turno
Os programas que os candidatos a prefeito estão apresentando no rádio e na televisão podem ter alterado alguma coisa em relação à imagem ou conteúdo das propostas, e até podem ter mexido um pouco com os números das tendências dos eleitores, mas nada suficientemente para desautorizar as expectativas de que a luta pela prefeitura só será definida no segundo turno; não no primeiro, mas no último domingo de outubro.
Sem mudanças em relação a expectativas, a candidata do PT, Margarida Salomão, é citada como dona cativa de uma das duas vagas para o segundo turno, e estaria reeditando a experiência que viveu em 2008.
Como o segundo turno é uma eleição diferente do primeiro, em que o eleitor tem papel ainda mais decisivo, os candidatos que procuram chegar lá montam suas estratégias. Têm preferências sobre o adversário que gostariam de enfrentar, mas não o revelam publicamente.
O prefeito Custódio Mattos, PSDB, que trabalha para ter uma daquelas vagas, diz que prefere não se incomodar agora com esse problema:
“A minha experiência de vida, e mais ainda a política, indica que há uma angústia para cada dia. O meu problema agora é estar entre os dois primeiros. Esta é a questão: estar entre os dois primeiros para disputar o segundo turno. Porque eu acho que dificilmente, nas condições de Juiz de Fora, e até a experiência tem demostrado isso, teremos a eleição decidida no primeiro turno. Mas eu vou lutar muito para convencer o eleitor. Agora, dizer o que acontece na urna, a gente tem que esperar”.
Bruno Siqueira, PMDB, que também está nessa corrida, acha que goza de duas realidades que o favorecem. A primeira é que em todas as pesquisas realizadas aparece em segundo lugar na tendência do eleitorado. O segundo ponto é que carrega rejeição mais leve. Mas Bruno faz também uma avaliação pragmática do segundo turno, para concluir que estaria em posição confortável: qualquer que fosse seu adversário, aquele que não chegar lá certamente o apoiará.
Nada a mostrar
O governo, por mais que se esforce, não consegue mostrar a utilidade do Ministério da Pesca, nem o que estaria fazendo ali o pastor Marcelo Crivella. O ministério é de uma inutilidade olímpica.
Fato é que a verdade, quase um ano depois da posse, é que o ministro representa uma bancada numerosa e poderosa: os evangélicos. Bancada suprapartidária e influente. Garante a governabilidade à gestão de Dilma. E neca de peixe.
Como explicar?
Em Minas, conferidas as fichas dos candidatos, concluiu-se que nada menos de 142 foram registrados como analfabetos. Em sua quase totalidade são candidatos a vereador em pequenos municípios. O estranho é que a legislação veda candidatos analfabetos. Como foram registrados? Considerando-se que a Justiça e os partidos não ignoram o texto da lei, o Tribunal Regional Eleitoral prefere admitir que são casos de erro de cadastro.
FHC lidera
Baseado no conceito real time, que proporciona uma interação entre todos os usuários do portal iG, a nova plataforma de enquete lançada em julho apontou Fernando Henrique Cardoso como o presidente que mais fez pelo País durante seus dois mandatos. Ele governou de 1995 a 2002, recebeu 116.306 votos, superando o petista Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), com 63.312. Itamar Franco, Dilma Rousseff (desde 2011), Fernando Collor de Mello (1990-1992) e José Sarney (1985-1990) apareceram em seguida, nesta ordem. Ao todo, foram computados 195.028 votos em sete dias.
Autêntica
Ontem, fazendo uma análise da campanha eleitoral, que já vai entrando na sua fase mais movimentada, o candidato a prefeito pelo PMDB, Bruno Siqueira, constatou que a candidata do PSTU, Victória Mello, é quem hoje representa com autenticidade as forças de esquerda em Juiz de Fora. E mais: acha que ela tem algumas boas ideias, que merecem ser avaliadas.
Todas as lutas
Candidato a prefeito pelo PRP, Marcos Paschoalin teve confirmada sua impugnação pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas não desanima e está disposto a lançar mão de “infindáveis recursos”. Dizendo-se um estudioso e conhecedor da legislação, e talvez por isso desperte antipatias de alguns juízes, ele agora promete entrar numa campanha pela ”uniformização da jurisprudência”, o que poderia ser de valia para sua eleição.
O problema que tem atravancado o registro de Paschoalin é o vácuo que ficou do prazo da desfiliação do Psol e, em seguida, sua entrada no PRP.
Exemplo único
Na contramão da gulodice de muitas câmaras municipais de Minas, a de Dores do Indaiá confirmou, com o voto unânime dos vereadores, que não vai aumentar, mas reduzir os subsídios, não apenas de seus integrantes, mas também os do prefeito e do vice-prefeito, a partir de 1º de janeiro. Estabeleceu-se que o prefeito, que ganhava R$ 16.200,00 vai agora para R$ 10.000,00; o vice-prefeito foi reduzido de R$ 8.100,00 para R$ 2.500,00. Quanto aos vereadores, o subsídio desce de R$2.900,00 para R$ 2.500,00.
Ficou decidido que o dinheiro que se vai economizar será aplicado em obras municipais.
(( publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
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