terça-feira, 30 de outubro de 2012
A força do PT
O Partido dos Trabalhadores, demonstrado ficou no primeiro e segundo turnos, dispõe de uma força eleitoral que está a merecer, paralelamente, a base da força política, porque sem esta a outra não consegue manter o fôlego nas escaladas mais íngremes, como agora se viu. Nesse sentido, não são suficientes os afagos e cortesias de última hora. Nem bastam as visitas dos dirigentes que vêm de Brasília e Belo Horizonte, quando a causa já caminha para o desastre.
O diretório petista da cidade precisa ser oxigenado bem antes das eleições. Uma força de que não dispôs, por exemplo, para impor ao comando estadual posição prestigiosa para a professora Margarida, que teve 80 mil votos na eleição de deputado. Já se sabia que, dois anos depois, ela disputaria a prefeitura. Os modestos cargos e funções que algum petista daqui galgou foram resultado de relações pessoais. Nem aparecem.
Já foi lembrado que o comando da Embrapa, cargo em Juiz de Fora, mas com expressão nacional, foi dado a um tucano. A Ceasa também escapou, bem como o DNIT. Fala-se sobre o caso da MRS, que teve três diretores apresentados pelo então vice-presidente José Alencar, um indicado pelo prefeito e outro pelo deputado Roberto Jefferson. Nada para o PT.
Grande desafio
Há uma justificada curiosidade em torno da pessoa a quem Bruno Siqueira pretende confiar a solução dos problemas de trânsito e tráfego na área central. Tem de ser pessoa com engenho e arte para enfrentar o desafio, porque as duas principais dificuldades escapam de sua capacidade técnica, por maior que seja: as condições físicas da zona urbana, pobre de alternativas, e o desastroso aumento de veículos que diariamente são lançados nas ruas, por conta dos financiamentos generosos. Contra isso não há talento que resolva.
Pela saúde
Em audiência pública, ontem à tarde, na Comissão de Seguridade Social e Família, por sugestão do deputado Marcus Pestana, voltou a ser discutida a exigência de o governo federal investir o mínimo de 10% de suas receitas brutas no sistema público de saúde. Segundo Pestana, a Associação Médica Brasileira e a Ordem dos Advogados do Brasil estão coletando assinaturas de apoio à proposta, para apresentação ao Congresso de um projeto de lei de iniciativa popular.
A União deve aplicar no setor, anualmente, o valor empenhado no exercício financeiro anterior, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do PIB. Na prática, gasta, em média, 7% de sua receita bruta com saúde.
Sugestão tucana
Com a anunciada parceria com o governo do estado, várias vezes confirmada pelo prefeito eleito, Juiz de Fora pode aprofundar sua responsabilidade como polo regional, o que importa em transformá-la, igualmente, em referência para as reivindicações que devam ser levadas ao governador. O presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, concorda com esta observação.
Na linha referencial de Juiz de Fora podem estar cerca de 40 municípios da Zona da Mata.
O carro-chefe
Os candidatos a vereador sempre insistiram para que seus partidos tenham candidato próprio à prefeitura, e têm razão. Se há alguém disputando na majoritária veem seu trabalho facilitado. Ganham um palanque e maior visibilidade.
Mas não desta vez em Juiz de Fora. A tradição foi apenas parcialmente confirmada pelo PMDB, que, com três cadeiras, elegeu a maior bancada. Diferentemente, o PSDB, mesmo com candidato a prefeito, ficou com apenas um vereador, e o PT, também disputando a prefeitura, caiu de três para duas cadeiras.
Olho na chuva
Em fevereiro, o presidente da Assembleia Legislativa, Diniz Pinheiro, criou uma comissão permanente, com o objetivo de acompanhar a implantação de medidas destinadas a reconstruir o que foi destruído pelas chuvas. Outra atribuição era seguir, com o mesmo interesse, as obras projetadas para impedir que se repetissem agora os mesmos desastres.
Entende-se que, se foi constituída para acompanhar, essa comissão também tem a responsabilidade de cobrar. E os mineiros da Mata, região que mais sofreu, precisam saber, porque as chuvas já vêm chegando.
Gérson sai
O professor Gérson Occhi deixa a direção do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, no próximo dia 5, depois de quase dez anos prestando serviços à instituição, que com ele se redimensionou e ampliou prestígio internacional. Ele havia sido nomeado com o apoio de todo o comando do PSDB, partido ao qual pertence. A Epamig comunicou a saída do diretor, sem explicar que foi decisão política.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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