quinta-feira, 18 de outubro de 2012
PDT opta por neutralidade
Em uma reunião tensa, que se estendeu pela noite de quarta-feira, o diretório municipal do PDT decidiu que seus eleitores ficam liberados para participar do segundo turno com o candidato que mais lhes convier. Prevaleceu e foi aprovada por unanimidade a proposta do presidente Vitor Valverde, para que o partido não se posicione entre Bruno e Margarida, considerando-se que no primeiro turno ambos hostilizaram o prefeito Custódio Mattos, a quem o PDT apoiava.
Votou-se também o desagravo ao partido e ao seu presidente Valverde, acusados de terem insinuado interesse em participar da futura administração. O que foi negado veementemente.
Cenário renovado
A Associação Mineira de Municípios vai promover, em Belo Horizonte, no dias 21 e 22 de novembro, um encontro dos prefeitos eleitos pela primeira vez, com o objetivo de debater problemas que terão de enfrentar, bem como as relações institucionais com os governos estadual e federal. Informa a entidade que dos 853 municípios, “quase 80% deles terão à frente da gestão 2013-2016 um novo gestor, análise que leva em consideração os dados levantados pela AMM junto aos atuais prefeitos e, também, os resultados finais das eleições coletados junto ao Tribunal Regional Eleitoral”.
Ainda segundo a Associação, “das cidades onde a reeleição era possível, 347 prefeitos tentaram um segundo mandato. Porém, diferentemente do que aconteceu em outras eleições, apenas 171 conseguiram se reeleger, o que significa que o número de prefeitos reeleitos representa 20% dos atuais 853 prefeitos em Minas “e mostra uma grande renovação no quadro atual”.
Ângelo Roncalli, presidente da AMM, prevê que "as eleições 2012 representaram uma grande mudança do cenário atual das prefeituras mineira, oportunidade de surgirem novas ações e métodos que beneficiem os cidadãos mineiros”.
Com pressa
O PSDB quer aproveitar os duplos efeitos da vitória de Aécio Neves em Minas e a possível derrota dos tucanos paulistas para acelerar as prévias partidárias, assunto para ser tratado logo após o segundo turno. A derrota dos paulistas favoreceria em muito a pré-candidatura de Aécio à presidência da República. Mas, as lideranças de Minas podem ter certeza que eles haverão de relutar contra essa possibilidade.
Mobilização
Será às 18h30m, na sede do PPS, no Bairro Cerâmica, a reunião que pretende a mobilização de lideranças e da militância, promovida por quatro partidos - PSDB, PPS, PV e PTC - em apoio à candidatura de Bruno Siqueira à prefeitura. A dez dias do desfecho do segundo turno, o objetivo é consolidar a posição do candidato nas pesquisas que estão realizadas nas duas últimas semanas.
O deputado Marcus Pestana e o secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge Marques, têm presença confirmada.
Voto anulado
O PSTU, que não elegeu prefeitos no último dia 7, desta vez está preferindo não transferir seu apoio aos candidatos que lhe parecerem mais à esquerda. Preferiu convocar seus eleitores a anular o voto. A anulação não é apenas um ato raivoso, mas também a condenação dos dois candidatos que protagonizam o segundo turno. É o que o difere do voto em branco, pois neste o que se procura mostrar é a falta de opção.
Quem sobe
Se Bruno Siqueira for eleito prefeito, renunciando à sua cadeira de deputado estadual, a Assembleia Legislativa convocará para assumir a vaga o primeiro suplente, Leonídio Bouças, do Triângulo. Ele é médico e empresário no setor educacional, mas já esteve na Casa na década de 90.
O eleitorado de Juiz de Fora estaria retribuindo a gentileza do Triângulo, que, ao eleger o deputado Gilmar Machado em Uberlândia, abriu vaga para Margarida Salomão, que será deputada se não se eleger prefeita no dia 28. Se ela não for deputada a Câmara convocará Nilmário Miranda.
Sem prisão
Repete-se, para o segundo turno, a precaução legal que se cumpriu no primeiro: a partir de terça-feira, eleitor só pode ser preso em flagrante delito ou por mandado de prisão já expedido. O Brasil é um dos raros países a manter esse zelo excessivo.
Ilustre ausente
O PT de Contagem vinha reivindicando, com insistência diária, a presença do ex-presidente Lula para ajudar seu candidato nestes últimos dias de campanha. Ele não vai, como não virá a Juiz de Fora, embora também aqui fosse desejado pelos petistas.
Ontem, em Contagem, havia quem culpasse os companheiros de Juiz de Fora, por terem um desempenho eleitoral que serviria de desânimo ao ex-presidente para estar em Minas.
(( publicado na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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