terça-feira, 29 de dezembro de 2015





O NOVO ANO



Sem esses exageros que prosperam no saudosismo, essa doença que tende achar que tudo foi bom no passado, ruim no presente e será pior no futuro, é preciso reconhecer que as expectativas em relação a 2016 são preocupantes, para não dizer sombrias. As luzes são pálidas, à mão o que temos são pequenas lamparinas em busca de um túnel que a gente não consegue enxergar. Há uma economia que assusta não apenas o bolso do povo, mas também os especialistas na matéria e os prósperos, porque todos se nivelam, com maiores ou menores sacrifícios, quando o desafio é bater de frente com a inflação, o desemprego, a carestia, além do cenário cruel das filas dos desesperados nos corredores dos hospitais, onde se entra para morrer sem dignidade.

 O governo não tem por onde começar, se é que sabe, se é que pode. Até porque vem dele e de seus gabinetes a mais preocupantes entre as realidades desta passagem de ano: não há governabilidade. Somos quase naus sem rumo num mar onde o governo já não navega em águas costeiras, mas se debate em ondas turbulentas e distantes das crises gerais e intermináveis. 2016, então, preocupa. O que também não significa que devamos nos abater total e irremediavelmente.

Talvez seja o momento para trazer a este momento de transição o que, certa vez, em dias não tão diferentes dos atuais, o ministro Afonso Arinos escreveu a Tancredo Neves:  “A hora que vivemos neste Brasil confuso, temeroso, descrente, é austera e grave, prenhe de angústias, incertezas e receios. É, sem dúvida, uma hora de desesperança, mas não ainda de desespero.”


Que em 2016 tudo seja o melhor possível para os que frequentam este blog.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2015





MEMORIAIS


O Memorial Itamar Franco, inaugurado ontem à noite pela Universidade Federal, será uma das duas referências sobre a vida pública do ex-presidente. A outra, o Instituto Itamar Franco, presidido pelo ex-deputado Marcello Siqueira, continuará funcionando no quinto andar do edifício Credireal. A diferença está em que o Instituto guarda documentos, peças e objetos pessoais da vida profissional e familiar de Itamar. Com a Universidade fica o acervo do período presidencial.



CRISE NO NATAL


Levantamento criterioso mostra e confirma que 70% das prefeituras da região não tiveram como pagar o 13º aos servidores e operários. Considerado o alto grau de desgaste político que isso representa para os prefeitos, o que eles gostariam de evitar, fica mais que evidente a crise por que estão passando os municípios.

Nesse particular o prefeito Bruno Siqueira lavrou um tento. Há meses exercendo um contorcionismo na Fazenda, ele conseguiu pagar o benefício em dia, e paga a folha de dezembro no último dia útil do mês.



BALANÇO NECESSÁRIO


Já que os partidos não se interessam pelo tema, deve caber aos sindicatos e entidades convidar os deputados estaduais e federais para fazerem um balanço de suas atividades na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. A  opulação merece saber, tanto o que foi feito como o que eles deixaram de fazer.



DA TRADIÇÃO


É possível, ressalvado o longo tempo que ainda nos separa da eleição, conhecer boa quantidade de candidatos à vereança, o que se torna possível graças às consultas e articulações que se realizam nos partidos. Há quem observe que, pelo menos até agora, todos os atuais vereadores disputarão um novo mandato. O que é da tradição, como tradicional também é que a Câmara não deve alimentar a expectativa de uma renovação superior a 50% .



RECORDISTA


Num encontro informal com jornalistas, o secretário municipal de Governo, José Sóter Figueirôa, comentava que, a 12 meses de terminar, o volume de obras e serviços da Administração Bruno Siqueira  já superou as antecessoras.



SEMPRE ULYSSES


Se não tivesse morrido e confiado seu corpo para sempre ao mar, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, poderia dizer hoje o mesmo que disse na promulgação da Carta Magna de 1988:

“Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública.” 







quinta-feira, 17 de dezembro de 2015




 SINAIS DA CRISE  


O inferno astral por que passa a presidente Dilma não se faz presente apenas na sucessão das crises e das imensas dificuldades que ela tem sobre a mesa. Os sinais também estão no seu próprio corpo. São as injúrias das rugas, a tez cansada, o andar sincopado. Tudo contribuindo para mostrar que ela vem pagando caro por estar identificada, direta ou indiretamente, com as operações policiais em curso.

A presidente deve saber que seu destino deságua num estuário de dupla complicação: ela está destinada a impasses políticos, com ou sem impeachment. A governabilidade vai despencando de tal forma, que os instrumentos para ressuscitá-la são praticamente inexistentes.

Nunca se viu, nos últimos 50 anos, uma crise tão grave, porque no passado se via luz no fim do túnel. Agora, nem o túnel.



 FORA DE HORA


As discussões políticas que se travam na cidade têm, frequentemente, precipitado formulações quanto aos possíveis candidatos a vice. São colocações fora de propósito, porque o nome do vice, seja qual for o partido, é sempre resultado das composições em torno do prefeito. Muitas vezes o vice nem é do agrado de quem está na cabeça de chapa, mas tem de engoli-lo. 







quarta-feira, 9 de dezembro de 2015




PRIMEIRO LANCE


O PSB tornou-se o primeiro partido a mostrar um pré-candidato à prefeitura em 2016. Acaba de acontecer durante a festa de confraternização de fim de ano, que se realizou num salão do Vitorino Braga. O engenheiro e empresário Wilson Resende Franco foi apresentado, não regateou, mas nada disse sobe seu projeto político.

Os socialistas cumprem em Juiz de Fora uma decisão tomada pelo diretório nacional: em cidade com mais de 200 mil eleitores o PSB tem necessariamente de disputar em faixa própria. É o mesmo que se espera do PT, PMDB e PSDB.



QUEM PUBLICOU?


Nestas últimas horas em que o processo de impeachment de Dilma é assunto central, ainda que com variantes, o destaque foi a lamuriosa carta que o vice Michel Temer escreveu à presidente Dilma, lembrando que ele e o PMDB sempre sofreram desconsiderações no Planalto.


Além do conteúdo, moveu os meios políticos o mistério da divulgação da carta, o que não podia nem devia acontecer, pois se tratava de algo estritamente pessoal. Foram denunciadas fontes do Palácio, coisa difícil de acreditar, porque o governo não divulgaria algo de seu total desinteresse. Parece coisa de gente do próprio Temer, que ardilosamente atribui aos outros o que fez... 





segunda-feira, 7 de dezembro de 2015





CANDIDATO PRÓPRIO


No final da semana, quando veio a Juiz de Fora para se encontrar com lideranças regionais, o senador Aécio Neves deixou claro que o PSDB precisa organizar seus diretórios municipais, preparando-se, sempre que possível, para disputar as prefeituras. Ficou claro que o partido quer candidaturas próprias, ainda que tenha dificuldades para tanto. Em Juiz de Fora, conhecendo tal disposição, os tucanos perguntam: Mas, quem?. Não parece tão fácil, mesmo quando Aécio fala que ex-prefeitos devem estar dispostos para a luta. Custódio aceitaria?

Em relação às disputas em faixa própria, é preciso lembrar que a mesma recomendação vem do PMDB, que no caso local não teria problema, admitida a candidatura de Bruno à reeleição. O PSB, em situação semelhante, tem recomendação expressa de concorrer em faixa própria nos municípios com mais de 200 mil eleitores.

A serem cumpridas tais orientações, o processo eleitoral de 2016 poderá se tornar interessante. Se é que o clima político permitirá eleições no próximo ano.




IMPEACHMENT  


A possibilidade de se abrir processo de impeachment da presidente Dilma amplia e agrava o ambiente de tensão política com que estamos convivendo há meses. Vindo ou não a admissibilidade esse clima vai permanecer, sem chance de ser removido; pelo contrário, terá tudo para se agravar, começando pela cisão ainda mais acentuada na base governista. O PMDB sinaliza disposição de desembarcar da solidariedade ao governo, pois o considera fragilizado demais, além de precisar estar preparado para a eventualidade de subir a rampa com Michel Temer.

Seja como for, ainda que escape do fantasma do impeachment, a presidente dificilmente escaparia de um novo ano turbulento e desgastante.




VIOLÊNCIA E MORTE



A cidade vem registrando média de um homicídio ou tentativa de homicídio a cada 72 horas. Nunca se imaginou isso. A explicação, segundo o juiz José Armando, está no tripé maldito: droga-funk-guerra entre bairros, afora um problema disso decorrente: o permanente clima de vingança entre grupos.





sábado, 28 de novembro de 2015






(IN) TOLERÂNCIA


Sob esse título, resultado de reflexões sobre o greve momento internacional, Marcelo Franck do Nascimento, militante dos Direitos Humanos, enviou ao blog o artigo que segue:

Após os recentes atentados terroristas reivindicados a autoria pelo grupo autodenominado “Estado Islâmico” (EI) entrei numa fase de perplexidade diante das atividades cruéis das pessoas que aderiram a esta organização criminosa. Na sexta-feira, 13 de novembro, em Paris, o EI demonstrou sua inegável morbidez.

Com uma estratégia planejada vitimaram centenas de pessoas que curtiam o lazer parisiense do início de um final de semana nos bares, cafés, casa de espetáculo etc. Mais de uma centena de mortos, e inúmeros feridos por um bando de intolerantes, que adoram a morte, enquanto nós adoramos a vida.

Fazendo um breve retrospecto, pelo que noticia a imprensa, o surgimento deste grupo que já vitimou inúmeras pessoas pelo mundo afora, verificamos que ele, através de seus membros, se notabiliza pela forma de agir. Assassinos com requintes de crueldade. Mercenários sem ideologia ou religião. São bárbaros. É possível estabelecer diálogo com este grupo? Penso que não. A linguagem dos ‘jihadistas’ é a imposição pelas armas, assassinatos, torturas, sequestros, exploração sexual de mulheres escravizadas em áreas ocupadas.

O recrutamento, pelas redes sociais, de jovens excluídos que estão vivendo nas periferias das grandes cidades europeias e outros lugares do chamado mundo desenvolvido, possibilita a formação de um exército de seguidores que treinados à base de ‘lavagem cerebral’, mais parecem robôs teleguiados para a morte.

O episódio de Paris revela o sentimento de ódio dessas pessoas, que são alimentados por ressentimentos históricos, e habilmente introduzidos nas mentes vazias de jovens, que perderam o significado de suas vidas. Parece que naquela fatídica sexta-feira a alegria de alguns jovens num habitual ‘happy-hour’ parisiense funcionasse como uma ofensa para pretensos guerreiros religiosos.

Fico assustado, e ao mesmo tempo triste, acompanhando pela imprensa e pelas redes sociais os atentados terroristas que se sucedem, com uma mórbida cronologia de ações para aterrorizarem o mundo inteiro. Os líderes dos terroristas não querem que exista paz no mundo. Fazem seu falso proselitismo religioso, para encobrir seus verdadeiros interesses: riqueza e poder.

A pergunta que me faço, e repasso aos leitores: Devemos ser tolerantes com os intolerantes? Eu acho que não. A vingança não é uma boa justificativa para o enfrentamento ao EI. Mas o sentimento humano que nos cabe é a autodefesa. A situação chegou até este estágio, pois as nações desenvolvidas assim permitiram, consideraram seus interesses e os antecedentes históricos que geraram essa conjuntura política mundial. Agora, para que busquemos a paz no mundo será necessário ir à guerra.

Marcelo Frank, colaborador




EXPECTATIVA


Com a chegada de dezembro aumentam as expectativas em relação às adaptações que o prefeito Bruno Siqueira terá de operar no primeiro e segundo escalões, por força de desincompatibilizações no ano eleitoral. Nessas duas faixas não menos de doze altos funcionários estarão disputando em outubro e não podem permanecer nos cargos que ocupam ou funções que exercem.
As mudanças podem, de acordo com a legislação eleitoral, ser realizadas até março, mas é certo que o prefeito deseja antecipá-las para impedir prejuízos na administração. Aliás, é o que já vem ocorrendo no segundo escalão.




CONVERSANDO


Setores que fazem oposição ao prefeito não vão esperar as mudanças para trabalhar seu projeto eleitoral em cima do novo perfil da administração. Pelo contrário, ampliam os contatos e estudam perfis de possíveis candidatos. Ao mesmo tempo em que o PC do B pensa em Henrique Chaves e Wadson Ribeiro, o PSDB estuda três ou quarto nomes a serem convidados, entre os quais o atual presidente da Unimed, Hugo Borges.

Um dos integrantes do grupo de conversações é o secretario de Governo da prefeitura de BH, Vitor Valverde, que hoje, aproveitando seu aniversário, vem para novas reuniões.




DESPROPÓSITO


A tragédia de Mariana, onde uma barragem mal conservada causou mortes e prejuízos ambientais incalculáveis, chama a atenção do mundo, desperta protesto das Nações Unidas, mas ainda não levou o governo mineiro a explicar como pode manter um quadro de apenas quatro fiscais para o acompanhamento permanente desses reservatórios, cujo número no Estado vai além de 400!




CRISE NO CAMPUS


Após a renúncia do reitor Júlio, que não desejou permanecer à frente de uma instituição onde os recursos financeiros aproximam-se da carência franciscana, começaram as demissões. Primeiro nos setores administrativos agregados, como a Fadepe. É certo que a onda de banimento não fica por aí, a menos que o governo federal consiga remover a crise financeira, que, ao contrário, vem arrastando indícios de que pode agravar-se.











quinta-feira, 26 de novembro de 2015






FALTA EXPLICAR


Dois detalhes têm escapado das análises sobre esse episódio mafioso que envolveu o senador Delcídio:

1) Como compreender que políticos tão experientes, tão vividos e sabidos travem pelo telefone uma conversa de tamanhas implicações?, principalmente quando se trata de premeditar um crime. Sabemos todos, muito mais eles, que a confidência e a privacidade há muito foram banidas das linhas telefônicas.  

2) Delcídio, com a alta responsabilidade de representar o governo no Senado, e em nome dele fala, age e vota, teria arquitetado tamanho escândalo sem que ninguém do Palácio do Planalto soubesse ou o autorizasse?

À parte: é assistindo às sessões do Congresso que a gente aprende (ou desaprende). No calor dos debates em torno do esquema de fuga de Cerveró, o senador Ferraço, do Espírito Santo, saiu com esta: ”Não podemos nos esconder e enfiar a cabeça na areia como fazem os cangurus”...




sexta-feira, 20 de novembro de 2015





NOVO FERIADO


Ao contrário do que pediam e propunham o comércio e a indústria, tornou-se lei o projeto que manda considerar feriado municipal o dia 20 de novembro, dedicado à Consciência Negra. Alegavam os produtores que novembro já tem dois feriados - Finados e Proclamação da República; um terceiro prejudicaria ainda mais as atividades econômicas.

A sanção do prefeito Bruno determina que o novo feriado fique para 2016. Na verdade, ficará para 2017, pois no próximo ano a data coincidirá com um domingo.




JÁ DEFINIDO


O plano de ação eleitoral do PMDB para 2016 em Minas já indica que o prefeito Bruno Siqueira disputará a reeleição, disposição que ele ainda não confirmou. O partido quer manter suas bases no interior, e Juiz de Fora tem papel estratégico nesse projeto.




PRA EXPLICAR


O Ministério da Pesca, que sobrevive apesar de sua rigorosa inutilidade, está devendo uma explicação aritmética aos brasileiros. Se o País tem 413 mil pescadores profissionais, como pode o governo pagar benefícios para 850 mil? É simples: milhares dos beneficiários, que não trabalham, são protegidos políticos, muitos dos quais estrangeiros, como os companheiros bolivarianos.


Dos “pescadores” que recebem sem trabalhar 7 mil moram em Brasília, onde não há rio nem mar... 





sexta-feira, 13 de novembro de 2015







FAIXA PRÓPRIA


O PMDB mineiro não joga com a possibilidade de Bruno Siqueira não disputar a reeleição, ainda que nos meios ligados a ele a informação é de que mantém dúvidas a respeito desse projeto para 2016. Mas, se necessário, o partido jogará todas as forças para convencê-lo.

No PSDB, pelo que se sabe, a disposição é a mesma. Quem tem falado muito sobre isso, e ainda se propõe a disputar, é o deputado Lafayette Andrada, que espera ganhar na Justiça o comando do diretório municipal, o que o ajudaria muito a insistir na candidatura própria.

Também disposto a lutar em faixa própria é o PSB.



DESAFIO


A gestão do próximo prefeito não terá de escapar de medidas concretas para racionalizar o transporte coletivo na zona urbana. A Rio Branco, onde trafegam 530 ônibus diariamente, está em véspera de entrar em colapso. Primeira providência, com o apoio de muitos técnicos experimentados do setor, seriam os ônibus com carrocerias duplas, como forma de ganhar tempo e espaço, o que também seria facilitado com estações de transbordo.



NATUREZA


Quando se vê o que acaba de acontecer com a barragem de Mariana, sepultando pelo menos dez pessoas num mar de lama, vem à mente o que certo dia escreveu o jornalista Mauro Santayana: “A natureza, mesmo sendo coisa de Deus, é injusta ao punir inocentes para se vingar dos que a ofendem”.



SEM RESPOSTA


Por que milhares de imigrantes muçulmanos deslocam-se para a Europa, quando o razoável seria que fossem para o Iraque, Irã e Arábia Saudita?, países ricos, com a mesma cultura, o mesmos idioma e os mesmos hábitos dos fugitivos.


  

PESQUISA


Circula informação de que cúpulas partidárias tiveram acesso a determinada pesquisa de opinião qualitativa sobre o perfil desejável de um candidato a prefeito. E esta revelou que a maioria dos eleitores gostaria de votar em candidato que não tivesse uma carreira política, ou seja sem ter exercido cargo eletivo. Talvez a pesquisa revele o óbvio, no momento da rejeição da classe política, em função dos inúmeros casos de denúncias de corrupção que aparecem no noticiário.


Devem ter notícia de que o fenômeno acontece em outros municípios. Como consequência, os líderes políticos e a direção dos principais partidos fazem convites a pessoas de sucesso na área empresarial ou profissional, para se filiarem. O médico Hugo Borges, presidente da Unimed, figura dentre esses nomes. Parece que já foi sondado pelo PSDB. Outro nome sondado é o empresário Wilson Rezende Franco, convidado pelo deputado Júlio Delgado a ingressar no PSB.




quarta-feira, 11 de novembro de 2015





PSB EM CAMPO


Na noite de segunda-feira, em salão de eventos do Vitorino Braga, o PSB/JF promoveu uma movimentada reunião, quando foram debatidas questões internas, financeiras e a conjuntura política municipal. Apresentaram-se os pré-candidatos à vereança, num encontro que teve a presença do ex-prefeito Tarcísio Delgado, que reaparece, depois de ter disputado o governo de Minas no ano passado.

No seu discurso, mesmo declarando-se aposentado, Tarcísio anunciou que está com disposição para atuar na campanha de 2016, até porque deseja “fazer política até morrer”. No partido, que já anunciou pretender disputar a prefeitura no próximo ano, há quem veja nele uma opção, ideia que repele.



IMIGRANTES


Na sessão solene da Câmara de segunda-feira, quando foi concedida a cidadania honorária aos comerciantes libaneses Mtanos Miana e Mukaiber Miana, o vereador Antônio Aguiar chamou atenção para a importância do papel dos imigrantes na história e no desenvolvimento de Juiz de Fora. É uma contribuição que ainda tem muito o que pesquisar e publicar.

Os dois comerciantes, que vieram adolescentes para a cidade na década de 50, e até há alguns meses mantinham a loja Glamour, a mais antiga da Rua Halfeld, foram apontados pelo vereador como modelo de dedicação e perseverança.



PERFIL IDEAL


Dentro de dois meses entraremos no ano eleitoral. Um dos desafios que se impõem ao eleitor consciente é influir junto aos partidos para que elaborem com cuidado chapas de candidatos a vereador. Uma forma de influenciá-los é mostrar o perfil ideal de um legislador municipal. O que se espera e o que deve se exigir de um vereador, diante das necessidades locais, longe de estarem reduzidas a serviços meramente assistenciais a eleitores que negociam o voto.



QUARENTÃO


No domingo o calçadão da Rua Halfeld completa 40 anos, obra do prefeito Saulo Moreira, hoje com 93 anos. Essa obra, ao mesmo tempo desejada e desafiadora, foi um passo importante para a valorização do pedestre. Saulo venceu a resistência dos comerciantes, que temiam perder os fregueses quando os carros fossem impedidos de trafegar ali.

Como o calçadão exigiu muitos buracos, os críticos de plantão diziam que o prefeito estava procurando um canivete perdido. Ele respondeu a brincadeira com humor, distribuindo canivetes no dia da inauguração...






quarta-feira, 4 de novembro de 2015




NO COMANDO


O prefeito Bruno Siqueira, que administra a maior cidade de Minas em que o eleitorado se confiou ao PMDB, é agora membro dos diretórios estadual e nacional do partido. Em véspera de ano eleitoral, sua indicação significa que ele terá voz e voto nas decisões a partir de 2016.
Uma grande dúvida que tem sido revelada pelos dirigentes peemedebistas é se valerá ir às urnas em aliança com o PT, aderindo aos seus desgastes, ainda que a recomendação de convivência venha de Brasília. Mas divergência desse tipo parece não constituir preocupação para o prefeito, que continua mantendo boas relações com os petistas, por via da deputada Margarida Salomão.

Nas rodas oficiais o que continua sendo apregoado é que Bruno ainda não se decidiu por um projeto de reeleição.



NOVA BOLSA


Depois que familiares – filhos e nora - do ex-presidente Lula foram acusados de estarem envolvidos em atos de corrupção e tráfico de influência, o que corre entre oposicionistas em Brasília é que o País tem uma segunda Bolsa. A primeira foi Família; agora é a vez da Bolsa DA Família...


  ESCÂNDALO


Em palestra que pronunciou, ontem à noite, no Instituto Cultural Santo Tomás de Aquino, o advogado Francisco Xavier, falando sobre a política de tributação no Brasil, revelou que uma análise centrada em 177 países indicou o nosso em 170º lugar entre os que menores dificuldades criam para o empresariado em relação aos impostos. Uma empresa brasileira perde 2.600 horas/ano para calcular e pagar impostos.



SILÊNCIO QUEBRADO
 

A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil quebrou o silêncio que vinha mantendo e vem mostrar à sociedade brasileira sua preocupação quanto ao grave momento que vive o País, ao mesmo tempo em que propôs “a construção de pontes que favoreçam o diálogo entre todos os segmentos que legitimamente representam a sociedade como condição fundamental para a superação dos discursos de ódio, vingança, punição e rotulação seletivas que geram um clima de permanente animosidade e conflito entre cidadãos e grupos sociais”.

E advertiu que “ao aproximar-se o período eleitoral de 2016, é responsabilidade de todos os atores políticos e sociais, comprometidos com a ética, a justiça e a paz, aperfeiçoarem o ambiente democrático para que as eleições não sejam contagiadas pelos discursos segregacionistas que ratificam preconceitos e colocam em xeque a ampliação da cidadania”.

Sobre a corrupção os bispos foram ainda mais claros: “A corrupção se tornou uma “praga da sociedade” e um “pecado grave que brada aos céus” (...) Acometendo tanto instituições públicas quanto da iniciativa privada, esse mal demanda uma atitude forte e decidida de combate aos mecanismos que contribuem para sua existência. Nesse sentido, destaca-se a atuação sem precedentes dos órgãos públicos aos quais compete combater a corrupção. A contraposição eficaz à corrupção e à sua impunidade exige, antes de mais nada, que o Estado cumpra com rigor e imparcialidade a sua função de punir igualmente tanto os corruptos como os corruptores, de acordo com os ditames da lei e as exigências de justiça”.




domingo, 1 de novembro de 2015




REFLEXÕES


No dia de Finados, que está para chegar, bom seria que além das visitas atropeladas aos cemitérios, a gente se prestasse a uma reflexão sobre a morte, a ela todos condenados, por mais que queiramos nos imaginar como fantástica exceção. Refletir a começar pelo fato de que a vida do homem e as relações com outrem se aperfeiçoam exatamente na valorização da morte, o que há dois mil anos tem levado os cristãos a aprender e ensinar que o verdadeiro sentido da experiência humana é estar preparada para o que vem depois. Não obstante, alguém já teria dito que bom mesmo é morrer jovem, com a idade bem avançada...

 

E se a morte é eterna, sem retornos e sem avanços, a duração do viver é o de menos, principalmente “depois de se contemplar o voo dos pássaros, a alegria das flores ao sol, as cores e linhas de um quadro de Velasquez, qualquer que seja a duração da nossa vida”, no dizer do jornalista Mauro Santayana.

E olhando melhor esse grande mistério já vivido pelos que nos antecederam, não há quem possa discordar do teólogo Leonardo Boff, quando escreve que somos inteiros, mas não prontos. Porque vamos nascendo lentamente, até acabar de nascer. É quando estamos morrendo.

Darcy Ribeiro definiu que ela “é quando a pulsão da vida que está na carne se apaga. Então a carne volta a ser o que ela é, volta à natureza cósmica. A grande coisa que há na vida é o nascimento da morte”.


O que não podemos esquecer, principalmente amanhã, é que estar vivo é estar condenado. Como diria Joel da Silveira, é a certeza de que a última batalha nós vamos perder. 



quarta-feira, 21 de outubro de 2015





PARTIDOS FICTÍCIOS


As últimas horas vêm sendo tomadas por informações sobre encontros e consultas entre lideranças partidárias a propósito das próximas eleições municipais. Um fato confirmado, mesmo considerado que as urnas estão distantes. No último fim de semana, com tal objetivo, veio à cidade o secretário de Governo da prefeitura de Belo Horizonte, Vitor Valverde, antigo secretário na Administração Custódio Mattos, e que desde o ano passado vem galgando na capital posições que o inserem como voz e voto nessas reuniões.

É preciso, contudo, que se considere o fato de a referência aos partidos não quer dizer que estão entrando no jogo as ideias e suas propostas programáticas, algumas delas antigas de meio século. Quando se fala em partido, diante da realidade atual da cidade e do Brasil inteiro, a questão em tela é o tempo em rádio e televisão de que vão dispor durante a campanha de prefeito. E quem decide e determina são os dirigentes.

Os projetos de campanha visam a soma dos segundos e minutos que a representação parlamentar vai destinar a cada uma das legendas, onde as executivas estaduais e municipais cuidam do assunto a peso de ouro e de prestígio.

Considerando-se que os partidos se submetem a esse papel ideologicamente pobre, embora rico em influência política junto aos eleitos; sabendo-se que descuidam de suas bases e só se lembram dos filiados quando é preciso convocá-los ao voto em convenção, o que se dá é que as decisões no ano eleitoral continuam vindo de cima para baixo. Invariavelmente. Poucas pessoas decidem e são elas que determinam se haverá ou não apoio a determinado postulante. Depois que decidem, o partido entra figurativamente com suas letrinhas. Isto posto, constata-se facilmente que certos dirigentes, que na verdade são muitos, passam a vida negociando os minutos de propaganda gratuita que de dois em dois anos o TRE determina para seus partidos, e só para isso vivem e sobrevivem.


Um segundo em TV quanto valerá em campanha eleitoral no próximo ano? Certamente muito mais que a inserção comercial em qualquer telejornal de grande prestígio.



segunda-feira, 19 de outubro de 2015



COMEÇAM AS CONVERSAS



Convém dizer que, como se deu em toda eleição anterior para prefeito de Juiz de Fora, agora os primeiros passos, as primeiras consultas vêm de Belo Horizonte, o que tem aceitável explicação. Temos aqui um dos maiores colégios eleitorais do estado, dado mais que suficiente par confirmar o interesse das lideranças estaduais em influir na escolha dos candidatos locais. Depois, quando chega o momento de estruturar a campanha e obter recursos financeiros nem sempre o interesses é o mesmo.

Hoje, de novo, funciona a precedência da capital. Já se fala sobre candidaturas inspiradas em dados preliminares, mas nem a distância em que se encontra a sucessão municipal nem o conturbado quadro da política nacional impedem reuniões e jantares para conversar.

O PMDB, que planeja e deseja um segundo mandato para o prefeito Bruno Siqueira, sabe que o primeiro passo é construir aliança com o PT, na suposição de que a deputada Margarida Salomão, nome natural para um projeto solo dos petistas, não terá ânimo para disputar, pois se considera bem sucedida em Brasília. E seu partido não pode cobrar o esforço, pois ela já disputou a prefeitura duas vezes.


A oposição ao prefeito parece estar agindo mais objetivamente e alinha em uma provável aliança, liderada pelo PSDB, o PDT, PTB, PPS, PP, PR, PSB, DEM, PROS e Solidariedade, sem contar que há aí alguns flancos dos quais Bruno poderá se beneficiar. A aliança oposicionista, que tem Sebastião Helvécio como nome preferencial, se chegar a um bom sucesso será problema não apenas para o prefeito mas para qualquer outro projeto que surja pretendendo o poder municipal. É que aqueles 10 partidos, se unidos, açambarcam 50% do tempo de propaganda política na televisão. 



sexta-feira, 16 de outubro de 2015







GENTE NOVA 

Por mais que pretenda manter sua equipe direta até o fim da gestão, como já disse desejar, o prefeito Bruno Siqueira não poderá evitar algumas mudanças, a começar pelo fato de que vários de seus secretários (não menos de meia dúzia) planejam disputar a vereança. Estes terão de sair em março, mas alguns ajustes, independentemente de postulações eleitorais, serão necessários. É pouco provável que o primeiro escalão do prefeito chegue a janeiro de 2016 com sua atual formação.

O ano eleitoral impõe aos prefeitos e governadores a recomposição da assessoria imediata, muitas vezes independentemente de seu desejo pessoal. As alianças partidárias com vistas ao pleito do fim do ano são uma fonte de pressão natural e inevitável para certas mudanças.



NA HORA CERTA


Os ventos da economia não ajudam, os ministros fazem lembrar a figura jeremiática da Bíblia, queixam-se amargamente da pobreza de seus orçamentos. E espantam prefeitos e governadores que batem às suas portas implorando verbas.

Diferentemente, o quadro atual tem sido lembrado sobre novas possibilidades para o plano de obras do prefeito Bruno Siqueira, que é do PMDB. E o PMDB é agora o poder de fato da República, depois que a presidente lhe fez generosas concessões na reforma ministerial. De fato, nos cofres onde ainda há algum dinheiro a chave está com os peemedebistas, que se desvencilharam dos ministérios mais pobres e mais problemáticos. Ficaram com o filé e deixaram os ossos para partidos menores da base.

O prefeito teria então de aproveitar o momento partidário e arrancar o que for possível de dotações prometidas e jamais cumpridas.



COMEMORAÇÃO


A quinta-feira teria registrado importante solenidade para a celebração dos 35 anos do Conselho dos Direitos Humanos em Juiz de Fora. Mas a data coincidiu com a viagem de vários conselheiros, e a festa ficou para 10 de dezembro, quando se comemorará o Dia Internacional da Declaração dos Direitos Humanos.



IN FAMILY


O ex-presidente Lula tem aprofundado envolvimento com os tropeços de sua gestão e, ao que parece, a decisão de depor voluntariamente sobre os casos de tráfico de influência que assumiu pessoalmente, acaba por implicá-lo mais. Tiro pela culatra. As novas delações sobre tráfico de influência internacional que nesta semana foram conhecidas contra ele agora já envolvem o filho e a nora.



DINHEIRO DE SOBRA



Na Câmara, o deputado catarinense Esperidião Amim fez uma pergunta que até então ninguém havia formulado, e não obteve resposta do ministro Levy, a quem estava se dirigindo. Quis o deputado saber por que, ao invés de criar mais impostos e onerar os cidadãos já demais sacrificados, o governo não lança mão do dinheiro que tem na fabulosa Dívida Ativa, onde adormecem R$ 1,2 trilhão!



domingo, 11 de outubro de 2015




A FALÁCIA ESTÁ EM JOGO 



A história se repete. Toda vez que o governo está em apuros com a indigência financeira; quando já escasseiam as fontes de recursos, vem a ideia de reabertura dos cassinos, na vã esperança de que a febre das roletas lhe dê, pela via dos impostos, o dinheiro que os economistas oficiais não sabem mais de onde tirar. O governo devia esquecer de vez essa falsa expectativa, e tem razões de sobra para tanto, bastando lembrar o exemplo de casa: os sorteios diários dos jogos administrados pela Caixa Econômica representam o maior cassino eletrônico do mundo; e o Brasil e os brasileiros em nada melhoraram com isso.

Inúmeras são as falácias que cercam os argumentos dos defensores dos jogos de azar. Dizem que os cassinos abrem oportunidades de emprego. Para quem? Garçons e artistas? Mas eles já têm seu mercado de trabalho nos restaurantes, bares e casas de shows em todo o território nacional. Na verdade, ao contrário, acontece de se perderem muitos empregos, pois há empresários jogadores que destroem fortunas sobre o pano verde. E pagam o desvario fechando as portas de suas empresas.

Pior ainda quando se espera que os cassinos aumentem as fontes de impostos. Todos sabemos que a roleta e o dado sempre foram amigos generosos dos sonegadores. E para eles até lavam dinheiro do crime.

Em “O Jogador”, Dostoievsk, fala da vertigem do ganho e da febre da perda, para concluir que em relação a esses nada se pode invocar a seu favor e não ser o favor do desfavor dos deuses. Portanto, para um País afundado como o nosso, que põe na rua l.000 desempregados por dia, com os cofres vazios, é brincadeira de mau gosto esperar solução na jogatina permitida.

(A alergia de Rui Barbosa pelo jogo de azar ainda vale para nossos dias: “Permanente como as grandes endemias que devastam a Humanidade, furtivo como o crime, o jogo zomba da decência. Alcança o requinte de suas seduções as alturas mais aristocráticas da inteligência, da riqueza e da autoridade).