PRETO NO BRANCO
Para
o deputado Marcus Pestana, PSDB, a política nacional e suas crises chegaram a
um estágio em que se torna indispensável o ex-presidente Lula vir a público
para confessar e explicar suas “relações incestuosas” com as empreiteiras e os
favores delas recebidos. Sem isso, sem que tudo fique bem explicado, a política
e o governo vão continuar patinando.
Pestana
deu a sugestão durante entrevista na TV Câmara, da qual também participava o
deputado petista Bonh Gass, para quem
tudo que se tem dito contra Lula é balela, mentira. O deputado mineiro nada
mais podia fazer além de responder com um sorriso sarcástico.
FIM DE FESTA
A
previsão é unânime e promete ser mais acertada que as indicações dos
meteorologistas: a crise política brasileira espera apenas que assentem as
poeiras do carnaval para retornar ao cenário com toda intensidade. O próprio
governo parece acreditar nisso e se agarra nos ministros de confiança para
reorganizar a base parlamentar que se deteriorou. Prova das dificuldades é que
a CPMF, salva-vidas que a presidente Dilma lançou em seu mar revolto, entra na
Quaresma condenada ao naufrágio.
Mas
como miséria pouca é bobagem, agora ainda cai no colo ao Palácio do Planalto a
responsabilidade de salvar os costados do senador Renan Calheiros, contra quem,
mais uma vez, voltam-se as atenções policiais.
SEM EXPLICAÇÃO
Não
há quem possa negar virtude nos governos europeus e intelectuais de todo o
mundo ao clamarem acolhida e abrigo para milhares de refugiados do Oriente, que
fogem de seus países em conflito. Palmas principalmente para o Papa Francisco,
em quem o sentimento humanista nesse particular superou reservas da Igreja em
relação ao islamismo. Assim definido, não custa perguntar onde fica nessa
história de aventuras e desassossego o papel dos países árabes, que não se
mexem. Dos refugiados eles têm a mesma língua, a mesma cultura, a mesma crença
religiosa, riquíssimos, mas nem por isso abrem suas fronteiras aos irmãos de
raça. Por quê?
E
por que os refugiados jamais procuram o asilo árabe, preferindo Alemanha,
França e Hungria, que culturalmente com eles nada têm a ver. O que dizem a
Arábia, Irã, Emirados, Iraque, Dubai tão próximos, tão ricos, onde todos os
dias cinco vezes se invoca a proteção de Alá para os que sofrem.
MONOTONIA
A
TV por assinatura, que se pretende uma opção para quem já não se satisfaz com
os canais abertos, chegou a um ponto em que precisa se reciclar e aperfeiçoar
seus serviços. Ela caiu na vala comum das repetições, das coisas desinteressantes.
Não pode continuar assim. Certamente que há programação muito melhor para
oferecer.
Aciona-se
o controle remoto e lá vêm os pastores e missionários vendendo milagres por
atacado ou a granel em seus 8 canais exclusivos. Os informativos, tendo todo
direito de reeditar as pautas mais importantes, fariam grande favor se
arquivassem as baboseiras, que são numerosas. E os filmes? Estes, pelo que se
sente, programados infinitas vezes, dias seguidos, é como se o telespectador
desejasse memorizar invasores, demolidores, super-homens, os vampiros e
vampirezas. Enfadonho.
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