sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016



EM CAMPANHA 


No ano passado, quando a Comissão da Verdade o convidou a vir à cidade receber seus documentos pessoais embargados na ditadura, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, esquivou-se. Alegava-se que guardava o trauma de, sendo preso político depois de 64 submeteu-se à humilhação de descer a Rua Halfeld sob algemas. Pode ter sido isso realmente, embora a solenidade de restituição dos documentos, com todo o sentido de desagravo, fosse mais significativa que um almoço com empresários.

Fato é que a tudo supera o projeto político do prefeito da capital de disputar o governo do Estado, com todas as credenciais e sinais visíveis de competência. Pelo menos até agora não se conhece quem com ele possa ombrear-se nesse plano.

E já que Lacerda começa por Juiz de Fora sua peregrinação pelo Interior, certamente sentiu que aqui seu partido, o PSB, não se entusiasma.



POR EXTENSÃO


Pode ser que as coisas não andem bem para a presidente Dilma, perseguida sem dó pelo astral de um horóscopo de horrores, mas quando se trata da tentativa junto ao Tribunal Superior Eleitoral de promover seu impeachment ela tem a solidariedade compulsória do vice Michel Temer. O pretexto de dotações financeiras criminosas para a campanha atinge igualmente o vice, pois disso ele também se beneficiou. No PMDB há muitos que torcem para o impeachment, mas não pela via do TSE, pois nesse caso o tiro que fere Dilma é o mesmo que tira sangue em Temer.

Assunto para estar resolvido até abril.



MÃOS À OBRA 


O governo do Estado dá garantias ao prefeito Bruno Siqueira de que as obras do hospital regional serão retomadas e não mais interrompidas. Para tanto, estaria garantida uma suplementação mensal de verba na ordem de R$ 5 milhões.
Bom seria que tal disposição fosse adotada igualmente pelo governo federal, do qual dependem algumas importantes na zona urbana.



INSINUAÇÕES


O prefeito Bruno Siqueira insiste em afirmar que ainda não se definiu sobre a candidatura a um segundo turno, o que não impede que grupos que eventualmente o apoiariam insinuem, desde já, nomes para figurar em sua chapa como vice.


Numa versão de antigo ditado popular, passam-se os carros à frente dos bois. 





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