AFTER DAY
Os
políticos costumam dizer que, para se tomarem decisões importantes, é preciso
esperar o carnaval passar. Antes dele, muito menos durante ele, nada se acerta,
nada está valendo, até porque esse é o tempo do faz de conta. O
governador Hélio Garcia não discordava, mas entendia que em ano de eleição
melhor mesmo é esperar que passe a parada de Sete de Setembro...
Neste
2016 o carnaval de fevereiro parece se tornar um divisor ainda mais sensível,
porque é depois dele, portanto daqui a uma semana, que o governo traça seu
destino: ou reorganiza as bases de apoio e cria um novo modelo de diálogo com o
Congresso ou terá de enfrentar momentos delicados, tendo o impeachment da
presidente como ameaça constante. Se são raros os que hoje ainda apostam no
impedimento de dona Dilma, são muitos os que admitem a ameaça como trunfo
indispensável dos opositores.
Soma-se
ao quadro de expectativas a situação complicada dos presidentes da Câmara e do
Senado. E o destino do ex-presidente Lula, o mais complicado e implicado dos
brasileiros, a dele pendentes algumas questões políticas, como a vida do PT.
De
modo geral, o que se tem recomendado é que esses homens e mulheres tão
envolvidos aproveitem bem o carnaval. Depois da quarta-feira de Cinzas as
coisas podem mudar, muitas máscaras podem cair.
ESQUECIMENTO
O
deputado Fábio Ramalho, coordenador da bancada de Minas no Congresso, tem
queixas amargas em relação à presidente Dilma. Acusa-a de ignorar os interesses
do Estado, e foi à tribuna para relacionar uma série de obras que o governo tem
esquecido.
Ramalho
manifestou particular tristeza em relação aos sentimentos de solidariedade de
dona Dilma: quando ocorreu o massacre terrorista de Paris, no mesmo dia ela se
manifestou em nome do governo; na tragédia da barragem de Mariana, só
muitas horas depois.
CARNAVAL
A
Funalfa, que coordena a programação do carnaval, patrocina e promove neste ano
nada menos de 80 eventos, excluídos os desfiles das escolas de samba, pois as
entidades consideram insuficiente a verba oferecida pela prefeitura.
Assim,
a base dessa grande festa popular são os blocos. E é através deles que o
carnaval ganha um caráter mais espontâneo, exigindo pouco dos foliões. E,
diferentemente das escolas, que se concentram na avenida, os blocos também
fazem a alegria dos bairros.
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