sábado, 13 de maio de 2017






O balanço de Temer


O presidente Michel Temer chega à sexta-feira com um ano de mandato. Num balanço do período pós-impeachment é possível elencar as tentativas do governo de mudança na economia, as crises políticas motivadas pelos efeitos da Operação Lava-Jato (sobre seus amigos próximos no governo e no Congresso Nacional), a baixa popularidade presidencial e as implicações  que as decisões do governo podem ter no futuro do PMDB e de seus aliados. 

Temer tem sido eficiente na tramitação de seus projetos reformistas junto ao Congresso Nacional, mas sofre um enorme desgaste junto à opinião pública pelos mesmos projetos. Com uma comunicação deficiente, o presidente substituto corre o risco de nadar contra a correnteza de um rio revolto. Com uma oposição “implacável" do PT (antigo governo) e seus aliados, estes conseguiram propagar o bordão "Fora Temer”, embora suas mobilizações nacionais e internacionais de contestação ao impeachment tiveram um resultado pífio.

Michel Temer (ex-vice-presidente de Dilma Roussef por duas vezes) e quase eterno presidente do PMDB é um habilidoso político no parlamento brasileiro, e é nesta condição que tem logrado vitórias em algumas batalhas na guerra pelas reformas, que ele considera modernizantes para o País. 

Quando iniciava seu período de governo, um ano atrás, ouviu insatisfeito o seu governo ser considerado uma ‘pinguela’ de transposição, de forma que o Brasil chegasse às eleições quase gerais de 2018, segundo  expressão cunhada por FHC. 

Hoje, o presidente Michel toma a iniciativa de ir à mídia e comunicar-se com a população sem intermediações. E lembra quanto é útil uma pinguela no interior do Brasil, pois é uma ponte rústica, válida para o avanço das pessoas para outra margem. Assim ele julga importante seu período na presidência a despeito das críticas que recebe, e que no futuro será reconhecido. A conferir.






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