O balanço de Temer
O presidente Michel Temer
chega à sexta-feira com um ano de mandato. Num balanço do período
pós-impeachment é possível elencar as tentativas do governo de mudança na economia,
as crises políticas motivadas pelos efeitos da Operação Lava-Jato (sobre seus
amigos próximos no governo e no Congresso Nacional), a baixa popularidade
presidencial e as implicações que as decisões do governo podem ter no
futuro do PMDB e de seus aliados.
Temer tem sido eficiente na tramitação de seus projetos
reformistas junto ao Congresso Nacional, mas sofre um enorme desgaste junto à
opinião pública pelos mesmos projetos. Com uma comunicação deficiente, o
presidente substituto corre o risco de nadar contra a correnteza de um rio
revolto. Com uma oposição “implacável" do PT (antigo governo) e seus
aliados, estes conseguiram propagar o bordão "Fora Temer”,
embora suas mobilizações nacionais e internacionais de contestação ao
impeachment tiveram um resultado pífio.
Michel Temer (ex-vice-presidente de Dilma Roussef por duas
vezes) e quase eterno presidente do PMDB é um habilidoso político no parlamento
brasileiro, e é nesta condição que tem logrado vitórias em algumas
batalhas na guerra pelas reformas, que ele considera modernizantes para o
País.
Quando iniciava seu período de governo, um ano atrás, ouviu
insatisfeito o seu governo ser considerado uma ‘pinguela’ de transposição, de
forma que o Brasil chegasse às eleições quase gerais de 2018, segundo
expressão cunhada por FHC.
Hoje, o presidente Michel toma a iniciativa de ir à mídia e
comunicar-se com a população sem intermediações. E lembra quanto é útil uma
pinguela no interior do Brasil, pois é uma ponte rústica, válida para o avanço
das pessoas para outra margem. Assim ele julga importante seu período na
presidência a despeito das críticas que recebe, e que no futuro será
reconhecido. A conferir.
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