quarta-feira, 31 de maio de 2017





Prova final


Não fossem suficientes as longas e persistentes experiências que tivemos com as lideranças políticas, os recentes episódios que vivemos sob o império da corrupção tornaram-se mais que suficientes para dar prova cabal de que nossos partidos estão falidos. Definitivamente falidos e corrompidos, dignos de sepultamento em cova profunda, de forma que não possam ser retocadas suas entranhas apodrecidas.  

Tomemos por base os três maiores - PT, PMDB e PSDB. Foram precisamente nesses  que prosperaram as grandes bandalheiras, as fontes inesgotáveis de favorecimentos espúrios e tráfico de influências.

E as legendas mais modestas? Não são melhores. Geralmente elas nascem deformadas, com pequenas cabeças para pensar pouco e estômagos insaciáveis para comer muito. Pior: como prostitutas nos bordéis da política, alugam-se em véspera de eleição, sem qualquer esforço para simulações e disfarces. Escrúpulos? Nem pensar.

Dentre os partidos de hoje qual escaparia do garfo do tinhoso? Todos irremediavelmente condenados. O que faz supor que a reforma política, tão falada e tão adiada, precisa começar por uma faxina rigorosa na velha, viciada e prostituída estrutura partidária; sem relegar a primeira entre as prioridades: o enxugamento, como o banimento de uma dúzia das legendas que estão reconhecidas e registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Com meia dúzia delas já teremos o suficiente.

Aos que ficassem, a pretendida reforma impusesse normas rigorosas para aceitar candidatos. Mas, neste dia de aniversário da cidade, tudo isso, lamentavelmente,  parece ser apenas um sonho. Sem chance de presente. 






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