terça-feira, 9 de maio de 2017



A PIONEIRA


Amanhã, 10 de maio, estará completando 90 anos a mais antiga das bancas de jornais de Juiz de Fora, certamente das mais antigas de Minas. É a banca do Parque Halfeld – a Pioneira -, hoje dirigida por Júlio Caruso, sucessor e continuador da obra que começou em 1927 com Francesco e continuou com seu pai, Mário. Mário Caruso  começou a cuidar dela desde 1958.

A primeira sede foi na Rio Branco, junto à porta do Clube Juiz de Fora, passando depois para o outro lado da esquina, antes de  descer a Halfeld, e ali conviver com a vizinhança da tradicional Casa do Café. Passados alguns anos, na verdade há 32, a velha banca emigrou para o Parque Halfeld, e agora já faz parte da paisagem da mais bela referência da cidade.

Com 90 anos, cabe dizer que a Banca Pioneira é o mais antigo empreendimento comercial de Juiz de Fora. Segundo Júlio Caruso, a atividade, que antes era apenas de jornais, hoje diversificou enormemente, imposição dos novos tempos, embora jornais e revistas continuem respondendo por 40% dos negócios. 




Pichadores


Corre na internet uma campanha que pode acabar trazendo consequências funestas.  É a chamada Patrulha de Combate aos Pichadores – PCP, que trabalha nas madrugadas, inspirada no lema que é uma convocação: “Já espancou um pichador hoje?”. Trata-se de movimento criado por pessoas (quem sabe até entidades?) que desejam castigar os autores das imundícies, e conter a ação desses desocupados que emporcalham muros e paredes, sempre altas horas da noite. Tem de ser uma ação escondida e silenciosa, pois é criminosa.

Não se tem na cidade, pelo menos até agora, conhecimento de casos de espancamento de pichadores, proposta desse projeto que advoga aplicar o crime  com outro crime. Pois há lei que proíbe a pichação, que prende e processa os criminosos. Não é preciso espancar.



Calamidade


O assunto não perde atualidade, e vale nova abordagem. O Supremo Tribunal Federal  deliberou que  é dispensável o apoio das Assembleias Legislativas estaduais para que o Superior Tribunal de Justiça autorize a abertura de ações penais contra os governadores. Com este entendimento todas as 27 unidades da Federação terão que observar a nova jurisprudência.
 
Esse assunto foi provocado pela defesa do governador de Minas, Fernando Pimentel, (PT), centro da Operação Acrônimo da Polícia Federal, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro para campanhas eleitorais.  A ação teve como alvo empresários que doaram recursos para partidos políticos na campanha de 2014. Pimentel teria sido  beneficiado nesse esquema.
  
Agora o governador mineiro terá que se defender junto ao Poder Judiciário, mas com a possibilidade de ser afastado do cargo, desde que o STJ tenha o entendimento de que ele é réu no processo derivado da Operação Acrônimo.
  
O governo de Minas está entre os estados brasileiros em situação de calamidade financeira, não conseguindo honrar pagamentos em dia, tanto de fornecedores como do funcionalismo público. E o governador Pimentel, desde 2015 tem gastado suas energias em procurar se defender destas (e de outras) acusações  de irregularidades desde sua passagem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, quando foi ministro. Como conseqüência, Minas vivencia um dos piores momentos de sua história.




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