A PIONEIRA
Amanhã, 10 de maio, estará completando 90 anos a mais antiga das bancas de jornais de Juiz de Fora, certamente das mais antigas de Minas. É a banca do Parque Halfeld – a Pioneira -, hoje dirigida por Júlio Caruso, sucessor e continuador da obra que começou em 1927 com Francesco e continuou com seu pai, Mário. Mário Caruso começou a cuidar dela desde 1958.
A primeira sede foi na Rio Branco, junto à porta do Clube Juiz de Fora, passando depois para o outro lado da esquina, antes de descer a Halfeld, e ali conviver com a vizinhança da tradicional Casa do Café. Passados alguns anos, na verdade há 32, a velha banca emigrou para o Parque Halfeld, e agora já faz parte da paisagem da mais bela referência da cidade.
Com 90 anos, cabe dizer que a Banca Pioneira é o mais antigo empreendimento comercial de Juiz de Fora. Segundo Júlio Caruso, a atividade, que antes era apenas de jornais, hoje diversificou enormemente, imposição dos novos tempos, embora jornais e revistas continuem respondendo por 40% dos negócios.
Pichadores
Corre na internet uma campanha que pode acabar trazendo
consequências funestas. É a chamada Patrulha de Combate aos Pichadores –
PCP, que trabalha nas madrugadas, inspirada no lema que é uma convocação: “Já
espancou um pichador hoje?”. Trata-se de movimento criado por pessoas (quem
sabe até entidades?) que desejam castigar os autores das imundícies, e conter a
ação desses desocupados que emporcalham muros e paredes, sempre altas horas da
noite. Tem de ser uma ação escondida e silenciosa, pois é criminosa.
Não se tem na cidade, pelo menos até agora, conhecimento de casos
de espancamento de pichadores, proposta desse projeto que advoga aplicar o
crime com outro crime. Pois há lei que proíbe a pichação, que prende e
processa os criminosos. Não é preciso espancar.
Calamidade
O assunto não
perde atualidade, e vale nova abordagem. O Supremo Tribunal Federal
deliberou que é dispensável o apoio das Assembleias Legislativas
estaduais para que o Superior Tribunal de Justiça autorize a abertura
de ações penais contra os governadores. Com este entendimento todas as 27
unidades da Federação terão que observar a nova jurisprudência.
Esse assunto foi provocado pela defesa do governador de Minas,
Fernando Pimentel, (PT), centro da Operação Acrônimo da Polícia Federal, que
apura suposto esquema de lavagem de dinheiro para campanhas eleitorais. A
ação teve como alvo empresários que doaram recursos para partidos políticos na
campanha de 2014. Pimentel teria sido beneficiado nesse esquema.
Agora o governador mineiro terá que se defender junto ao Poder
Judiciário, mas com a possibilidade de ser afastado do cargo, desde que o STJ
tenha o entendimento de que ele é réu no processo derivado da Operação Acrônimo.
O governo de Minas está entre os estados brasileiros em situação
de calamidade financeira, não conseguindo honrar pagamentos em dia, tanto de
fornecedores como do funcionalismo público. E o governador Pimentel, desde 2015
tem gastado suas energias em procurar se defender destas (e de outras)
acusações de irregularidades desde sua passagem pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, quando foi ministro. Como
conseqüência, Minas vivencia um dos piores momentos de sua história.
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