segunda-feira, 20 de julho de 2020


As primeiras pesquisas



Sabem todos que as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura já estão no noticiário, mas sem mostrar um dado absolutamente fundamental - a rejeição a que ficam expostos os candidatos. Sem isso, mostram-se capengas, insuficientes.

Outro detalhe que cabe considerar: a margem de erro das pesquisas pode ser maior do que se imagina. Por causa da pandemia, elas são feitas por telefone, prejudicando a virtualidade da entrevista.

Entretanto, há três candidatos que lideram, recorrentemente, formando o pelotão de largada da corrida eleitoral. Nomes já conhecidos por estarem exercendo mandatos no poder Legislativo ou foram candidatos nas últimas eleições; estão em permanente contato com a população. É a chamada fotografia do cenário, que muda ao sabor da campanha. É o que elas podem oferecer, por hora.

As últimas eleições mostraram como é volátil o voto em uma sociedade em permanente ebulição. Em 2018 houve governadores eleitos que nem eram percebidos pelos radares das pesquisas.

Voltando a Juiz de Fora: é possível, realmente, que tenhamos um recorde de candidatos a prefeito; não por eles, mas pela necessidade de serem incrementadas as candidaturas à Câmara Municipal. Eis uma consequência do fim das coligações proporcionais, novidade a que estamos assistindo neste ano. Seu teste será em novembro.

Um palpite. E nele sou capaz de apostar: se as consequências forem nefastas para os vereadores, os deputados federais cuidarão de voltar ao modelo antigo para não perderem o mandato. O que significa o seguinte: a eleição deste ano também será uma espécie de laboratório.





Saúde sobe ao palanque

 Aproxima-se a campanha eleitoral, e alguns temas serão preferencialmente abordados pelos candidatos à prefeitura. Um deles sempre foi a Saúde. Mas agora, devido à pandemia, virou prioridade máxima. Não é menor o interesse, pois o medo de adoecer ocupa os corações e as mentes.

Os candidatos a prefeito terão que apresentar propostas de governo para a área; propostas que sejam arrojadas, porém realizáveis no espaço de um quadriênio.

Por exemplo, o que será feito com o inacabado hospital regional em construção ao lado da rodoviária? É um empreendimento do governo de Minas em parceria com a prefeitura. E, sendo concluída a obra, virão as etapas mais custosas: equipamentos e pessoal.

A saúde tem a dimensão preventiva para evitar a doença. Então, quanto será investido, do ponto de vista de recursos, no fortalecimento dos programas existentes nas unidades básicas? É claro que isso será cobrado dos prefeitáveis. 

Para início de conversa, não poderão se restringir ao discurso bonito, mas terão de mostrar a sustentabilidade de seus projetos.


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