domingo, 11 de dezembro de 2011

' Candidato do Palácio não é necessariamente o do PPS'

Ainda que o projeto natural e favorito do governo à prefeitura em 2012 seja a reeleição do prefeito Custódio Mattos, isso não significa que o PPS tenha definida, desde já, sua posição ”até porque o partido tem sua dose de rebeldia, e não aceita engajamento automático, como também não faria oposição visceral a quem quer que seja”, disse o presidente da executiva municipal, o secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge Marques, na reunião que promoveu no auditório do Centro Industrial, no fim de semana, com outros dirigentes e pré-candidatos a vereador. O PPS, segundo ele, não tem candidato definido, como também não sabe se seria conveniente disputar em faixa própria, como líder de uma aliança que vai dispor de mais de dois minutos de propaganda em TV. Na eventualidade de haver candidato próprio, Antônio Jorge descarta seu nome, “porque temos um compromisso de estar ao lado do governador”.
Se para muitos o interesse maior deva ser a disputa da prefeitura, o presidente do diretório, ao contrário, afirma que neste momento a prioridade é armar a campanha dos vereadores, o que já havia sido informado pelo secretário, Marcos Pinto, depois de garantir que “na chapa só vai entrar candidato com ficha limpa”.

Quatro temas para a campanha

Nas reuniões semanais que pretende realizar com seus candidatos, a partir de janeiro, o PPS iniciará a pregação dos quatro pontos que vai priorizar na campanha, e com eles tentar atrair o interesse do eleitorado.
O primeiro é no campo da Saúde, que Antônio Jorge indicou como um setor em que o partido será muito cobrando em Juiz de Fora, não apenas pela natural prioridade, e também por ter como presidente alguém que ocupa a Secretaria do setor em Minas. Mas o que se pretende é mostrar à população como nas políticas sanitárias são divididas as responsabilidades entre os governos federal, estadual e municipal.
Dois outros pontos dizem respeito à educação e à segurança.
Mas a quarta proposta, que mais chamou a atenção e provocou debates durante a reunião é a “mobilidade urbana”, que Antônio Jorge definiu como “um verdadeiro caos na cidade, porque já não é mais possível andar nessas ruas”.


Campanha eleitoral na
hora dos 'profissionais'


A campanha eleitoral de 2012 já está começando, e nesta hora afastam-se os amadores, porque o assunto é para profissionais, disse o prefeito Custódio Mattos, durante a recepção de fim de ano que ofereceu aos jornalistas da cidade. Candidato à reeleição, ele acha que é também este o momento que separa e põe em posições opostas projetos políticos sólidos e os projetos de aventureiros. Contudo, ainda que faça essa distinção, não indicou qual ou quais as candidaturas que estará enfrentando em outubro.
Sobre seu estilo de campanha, Custódio disse que prefere associá-lo às obras e metas, que “agora começam a aparecer com maior intensidade”, e uma delas, confirmada durante a recepção, é que no próximo dia 31 o balanço dos novos empregos criados em Juiz de Fora vai chegar a 10.500.
Com a nova campanha, em que estará em jogo sua cadeira, o prefeito anunciou que levará ao eleitor uma nova realidade criada em Juiz de Fora, que é “a retomada da autoestima, com a superação do período de decadência, que já ficou para trás. As pessoas já não falam mais que esta é uma cidade que não dá certo”, garantiu.
Custódio confidenciou que, no momento em que pretendeu definir sua vida profissional, o jornalismo esteve em cogitação, e acha que vem daí sua admiração pelos comunicadores, sem embargo de “alguns momentos de relação estressante”, mas destacando que o mais importante é que “nas relações com a imprensa eu tenho convivido com gente séria“.


Minas pode perder
espaço no governo


O ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, é o único mineiro a compor o primeiro escalão do governo Dilma; se cair, como querem a oposição e o grupo petista da capital que o hostiliza, o estado vai reduzir ainda mais seu poder de articulação no Planalto. Os problemas envolvendo Pimentel passaram a ser analisados também sob esse aspecto, o que deve agravar a responsabilidade da facção petista de Minas que combate o ministro.
No atual governo as lideranças mineiras não tiveram forças para reivindicar. Pimentel perdeu a disputa para o Senado e foi contemplado. Mas Hélio Costa perdeu para o governo estadual e não recebeu qualquer convite. Os senadores Aécio Neves e Clésio Andrade já denunciaram que os mineiros nunca estiveram tão longe do poder federal.
Pimentel, atendendo recomendação da presidente para resistir, passou o fim de semana organizando a base de sua defesa e tentar mostrar que foram lícitos os serviços de consultoria que prestou a empresas ligadas à prefeitura de Belo Horizonte.


De olho
na crise

O f ato de um acumulado de 23% da produção mineira estar vinculada à exportação é suficiente para trazer preocupação ao estado diante da crise financeira que atinge a Europa, onde estão muitos dos nossos importadores. O governador Antônio Anastasia confirmou, numa entrevista pela TV, que a importância das exportações justifica a preocupação, que ele considera como sendo sua também.


Expulsão
à vista

A expulsão de um militante, o que é raro acontecer em partido político, ronda o ex-secretário Manuel Costa, encarregado de fomentar a reforma agrária em Minas, até ser afastado, sob acusação de corrupção. Costa foi presidente do partido em Minas, mas isso não é suficiente para fazer o deputado Sargento Rodrigues desistir da expulsão, e vem colecionando provas contra o colega de partido.


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Tudo concorrendo para que a questão do tráfico de drogas, principalmente a cocaína, volte a ser debatida entre presidentes dos países diretamente interessados, o que não exclui o Brasil, onde o consumo já é considerado uma epidemia. Dilma vai ter de conversar com seus colegas boliviano e colombiano, porque é dos países deles que procedem toneladas desse material que vem destruindo a juventude.
Mas também é possível que os vizinhos recomendem mais rigor no consumo interno, porque se não houver consumo não haverá importação. A propósito, é conhecido o diálogo em que o presidente George Bush pediu ao colega mexicano que impedisse o tráfico de cocaína para os Estados Unidos. Ao que Felipe Calderón recomendou logo:
Então peça ao seu povo para cheirar menos.


(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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