O governador Antônio Anastasia, que se considera desde já empenhado na campanha presidencial de Aécio Neves em 2014, admite que os partidos políticos têm de passar por uma reformulação de base, adaptando-se às exigências do tempo; e entende que, diante de tais limitações, o eleitor é levado a pautar o voto para uma visão menos programática e mais pragmática em relação à política. Como essa visão já se tornou uma característica, acha que nos próximos anos essa situação não será alterada.
Ainda que pouco se possa prever sobre uma campanha eleitoral que só chegará dentro de dois anos, a proposta de Aécio como candidato, explica Anastasia, vai se inspirar em grande objetividade, onde uma nova ideia do federalismo será lançada, como forma de o Brasil superar a situação presente “em que os estados se sentem apequenados”. É preciso que o poder central divida um pouco de suas forças com as unidades federativas.
Para o governador, essa e outras iniciativas renovadoras vão confirmar que “2014 será a vez de Aécio”. Seria, igualmente, uma oportunidade para que Minas volte ao centro das decisões políticas, o que não ocorre desde Juscelino, mais de meio século atrás, “salvo
o interregno de alguns meses de Itamar”.
Enfrentando a impunidade
O número é assustador: na década que vai de 2001 a 2011 nada menos de 42 mil mulheres brasileiras morreram vitimas de violência. Não há dados comparativos, mas parece que apenas em algumas sociedades tribais da África é possível algo semelhante, respeitadas as proporções. No Brasil há um detalhe a mais e significativo: o País está entre os que registram melhores índices de presença feminina nas atividades econômicas e intelectuais. Ainda assim, é aqui que elas mais sofrem.
Hoje, em Brasília, vai ser aberta a campanha Compromisso e Atitude no Enfrentamento à Impunidade e a Violência contra a Mulher. Com a participação do Conselho Nacional de Justiça, o que mais se pretende nessa campanha é o fim da impunidade com que são contemplados os maridos que batem, matam e continuam livres.
Os processos que tratam de mulheres assassinadas vão ter prioridade na Justiça.
Tiro pela internet
Já com a previsão pessimista de que a Justiça não terá forças e instrumentos para impedir em 2012 a candidatura de políticos acusados de crimes diversos, começa a circular na internet a relação dos suspeitos, com apelo para que não lhes sejam dados os votos.
De Minas, a lista contempla: Ademir Prates, falsidade ideológica; Aelton Freitas, estelionato; Cabo Júlio, Isaías Silvestre, Reinaldo Moreira, José Militão, Ismânio Pereira, envolvidos no escândalo das ambulâncias; Eduardo Azeredo, improbidade administrativa; Jaime Martins, crime eleitoral; João Magno, lavagem de dinheiro; Romeu Queiroz, corrupção passiva, e Roberto Brant, mensalão.
Candidaturas e renovação
A bancada mineira na Câmara e as bancadas na Assembleia estão caminhando para sofrer renovação forçada, pelo menos temporária, porque nada menos de 20 deputados têm manifestado disposição de disputar a prefeitura nos municípios onde têm seus principais redutos eleitorais. Eles não perdem o mandato parlamentar, mas estarão afastados cerca de seis meses para a campanha, não sendo eleitos.
Dos 20 indicados como possíveis candidatos dois disputariam em Juiz de Fora: Bruno Siqueira e Júlio Delgado.
Vida de pedestre
Os problemas de saúde decorrentes de acidentes no trânsito precisam ser considerados com mais atenção, segundo o secretário Antônio Jorge Marques, que toma por base as estatísticas realizadas nos grandes centros. “Temos grandes desafios na agenda da saúde, e um deles é enfrentar os agravos decorrentes do trânsito”, disse ele ao chamar a atenção para o que chega a definir como epidemia, com mortes e sequelas, que envolvem motoristas e motociclistas, mas “ principalmente os pedestres que são frequentemente as vítimas dos excessos”.
Imperador é lembrado
Na sexta-feira, quando se assinalou o 186º ano de nascimento de Dom Pedro II, o prefeito de Pequeri, Raul Salles, rendeu homenagem, durante reunião de seu secretariado, à memória do monarca, que foi considerado, juntamente com a rainha Vitória, um dos maiores monarcas do seu tempo e de toda a história do Brasil. Durante a mesma reunião, o prefeito lamentou o despreparo da classe política brasileira, se comparados os tempos atuais com o Segundo Império.
Tempo de pesquisas
Contam-se, neste último mês do ano, sete pesquisas encomendadas por partidos interessados na sucessão municipal, que servem para mostrar como se afiguram, neste momento, as expectativas em torno de possíveis candidatos. Podem aferir, igualmente, a aceitação de novos nomes.
Para que não se espere das pesquisa mais do que elas podem dar, muito menos que indiquem desde já vitorioso e derrotados, seria suficiente lembrar que na eleição de 2008 a candidata Margarida Salomão liderou todas as pesquisas do semestre, menos a última, que foi a decisiva.
Os lobos e os cordeiros de sempre
O ex-ministro Carlos Lupi, que não cumpriu a palavra de só deixar o cargo debaixo de bala, e acabou saindo derrotado, como saíram os seus colegas, reeditou, na hora da despedida melancólica, a velha queixa contra a imprensa, que para ele foi a culpada de seu calvário. Inocentes foram os acordos malandros com as ONGs, o salário do funcionário fantasma que ele foi durante anos. Os jornalistas são os culpados, não os esquemas de liberação de verbas privilegiadas.
Pois o doutor Lupi (plural de muitos lobos) em nada inovou nas investidas contra os jornalistas, porque já Idade Média alguns monarcas mandavam matar os mensageiros das más notícias.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
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