segunda-feira, 25 de março de 2013

Assim como foi em 2012

O ex-governador Newton Cardoso e o ex-senador Hélio Costa defendem, com vigor, que o PMDB tenha candidato próprio a governador, e vão arregimentando manifestações de simpatia a essa ideia. Mas pode ser que tenham de ceder a argumentos ditados pelo mesmo pragmatismo que o partido adotou no ano passado. Coisa muito recente. Ao exigir dos diretórios do interior a indicação de candidatos a prefeito onde fossem mais de 50 mil os eleitores, o PMDB deixou em aberto a possibilidade de uma exceção, isto é, quando os dirigentes apresentassem “argumentos sólidos” que recomendassem aliança, na qual os peemedebistas teriam de abrir mão da cabeça de chapa. No caso da sucessão de Anastasia, ninguém pode apostar que não se encontrará um “argumento sólido”.
Suplente de vereador
vai presidir o PSB
O Partido Socialista Brasileiro ainda não confirmou a data em que vai renovar sua comissão executiva em Juiz de Fora, o que deve ocorrer nas próximas horas, mas já tem os nomes escolhidos, resultado de uma composição alinhavada com base na saída do deputado Júlio Delgado da presidência municipal. Os nomes escolhidos levam em consideração “a destacada participação partidária desses filiados”, segundo definiu um dos atuais dirigentes, Marcelo Frank do Nascimento. A nova executiva terá a seguinte formação: presidente: Luiz Fernando Sirimarco Júnior, atual vice-presidente, disputou uma vaga na Câmara Municipal em 2012, com boa votação; Vice-presidente: Jucélio Aparecido Maria, vereador; Secretário-Geral: José Roberto Maranhas, médico, foi candidato a vice-prefeito na chapa de Margarida Salomão na eleição municipal de 2012; Tesoureiro: Rildo Marcelo Rezende, reconduzido na função. Vogais: Deputado Júlio Delgado e Marcelo Frank do Nascimento.
FPM chega
26,9% menor
O segundo repasse de março do Fundo de Participação dos Municípios foi de R$ 313.182.176,80. Cálculos da Confederação Nacional de Municípios mostram que o repasse é 26,9% menor do que o estimado pela Receita Federal no início do mês. Se comparado com o igual período do ano passado, a redução é de 7,7% em termos reais, descontando a inflação. Até o segundo decêndio, o acumulado do Fundo era de R$ 17,7 bilhões em valores reais. Os prefeitos cada vez mais aflitos. Não é para menos.
Transporte
que melhora
Para o deputado Lafayette Andrada, líder do governo na Assembleia Legislativa, o transporte escolar em Juiz de Fora vai melhorar um pouco, com a decisão do governador Anastasia de liberar para o setor mais R$ 39.522,00. Recursos dessa natureza, o estado libera e as autoridades municipais do setor indicam como aplicá-los.
Rede de Marina
quebra tradição
Ao decidir chamar de Rede da Sustentabilidade seu novo partido, que na semana passada começou a coletar assinaturas de apoio em Juiz de Fora, a senadora Marina Silva inovou não abrindo a sigla com a palavra partido. Os antecedentes houve, há quase meio século, na ditadura militar, quando os dois partidos se registraram como Aliança e Movimento, Arena e MDB. Mas é provável que, chegado o momento do registro oficial, o TSE recomende a inclusão da palavra partido, tal como ocorreu com o MDB.
Um excesso
que preocupa
Cada vez que se fala em pedir ao Tribunal Superior Eleitoral o registro de novo partido, aumenta o desânimo de quem tem na conta do excesso de legendas um dos problemas da deterioração da representação popular. Primeiro, pelo fato de que com esse excesso aumenta o poder de tráfico no processo eleitoral; em segundo lugar, fica comprometida a autenticidade das alianças. O TSE já reconheceu 30, o último dos quais o Partido Ecológico, criação de uma família do interior de São Paulo, sem expressão nacional.
Mais 40 estão
na esperança
Se o número espanta, é preciso lembrar que 40 processos de novos partidos aguardam o sinal verde do TSE. O que parece descambar para o exagero. Contudo, o maior ou menor volume de partidos não é referência para o melhor ou pior nível da democracia representativa. Mas o excesso prejudica mais que a escassez, porque a fartura facilita interesses. O que pode levar a uma organização partidária eficiente é a cláusula de barreira.
A discussão
prioritária
Em 2014 a cidade vai renovar sua representação parlamentar, e desde agora deve ser este um tema prioritário para discussão em todas as entidades e partidos. É assunto para preocupar, pois hoje enfrentamos situação difícil: com cerca de 400 mil eleitores, estamos com apenas três deputados federais, um dos quais saindo da suplência para curto mandato. Na Assembleia, apenas um deputado com domicílio na cidade. Com o colégio de eleitores que Juiz de Fora já reuniu poderiam estar em Belo Horizonte seis deputados à Assembleia. Explicação: Conserva-se aqui a tradição de apoiar candidatos de outras regiões. Em outubro de 2010, mais de 100 mil votos saíram para ajudá-los, concorrendo para isso, significativamente, o corporativismo evangélico.
Biométrico sem
dificuldades
O rápido trabalho de recadastramento de eleitores pelo sistema biométrico em Dores do Turvo e Senador Firmino, na Zona da Mata, mostrou que a inovação pode se estender a toda a região num prazo de seis meses, embora quanto a isso não sejam conhecidos os planos do TRE. Naqueles municípios, o novo sistema já passou de mil registros. Não ocorreram dificuldades para a Justiça, embora ela ainda tenha de decidir o que fazer nos casos em que se exige o tradicional título dos eleitores. Votar pela identificação do dedo da mão vai contribuir para confirmar no Brasil um dos sistemas eleitorais mais evoluídos do mundo. O que fica faltando é o recurso eletrônico que seja capaz de impedir a venda de votos.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS))

Nenhum comentário:

Postar um comentário