quinta-feira, 21 de março de 2013
Nada franciscano
O caso ganha repercussão internacional. Para contrastar com o temperamento e a mensagem do Papa Francisco, que prima pela ausência de ostentação, a presidente Dilma levou à posse do pontífice uma comitiva de 100 pessoas! Foi a maior do mundo. E, coincidentemente, no momento da tragédia das chuvas, que, segundo ela, é culpa de quem não quer sair dos lugares de risco.
A viagem da presidente e sua comitiva para a missa de abertura do novo pontificado envolveu o aluguel de 52 apartamentos de hotel e 17 veículos. Só no hotel Westin Excelsior, na Via Veneto, um dos endereços mais sofisticados de Roma, foram reservados 30 apartamentos para assessores diretos e agentes de segurança. A diária da suíte custa R$ 7.700, enquanto o quarto mais barato fica por R$ 910.
Prazo esgotado
Terminou, há dez dias, o mandato dos dirigentes da comissão provisória do PSB em Juiz de Fora, sem que se tenha fixado uma data para a renovação. Mas pode ser que o comando estadual recomende a recondução da comissão, presidida pelo deputado Júlio Delgado.
Aposentados
É de iniciativa de um deputado mineiro, Antônio Roberto, do PV, o requerimento para a inclusão na ordem do dia da PEC 555/06, que procura extinguir, de maneira gradativa, a contribuição previdenciária para aposentados acima de 61 anos, o que revoga o artigo 4º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003. A proposta tramita na Câmara há sete anos, já foi aprovada pela Comissão Especial e aguarda a votação desde 2010.
Grave impasse
Como se previa, em nota anterior, a Mesa da Câmara pediu à bancada do PSC a substituição do deputado Marco Feliciano na presidência da Comissão dos Direitos Humanos, cuja escolha provocou uma onda incessante de protestos em todo o País, por causa de suas ideias homofóbicas.
Ele resiste, mas sua substituição é considerada questão de horas.
Em coro
No Calçadão da Rua Halfeld, estudantes e representantes de entidades diversas voltaram a promover passeata pedindo a renúncia de Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos, mas desta vez cantando em rima: “Até o Papa renunciou; Feliciano, a sua vez chegou”.
Na hora certa
O março dos políticos já envolvidos na sucessão presidencial vai chegando ao fim com uma dúvida importante, entre as muitas que regem a pré-campanha. Trata-se do destino partidário de José Serra. O senador Aécio Neves diz que ele se posicionará no momento certo, não se sabendo quando; em outra vertente, o PPS não esconde a esperança de ganhar a filiação do paulista, certo de que se esgotaram os espaços para Serra no PSDB.
Filiações
A partir de Bauru, no interior de São Paulo, a secretaria nacional do PTB abiu campanha nacional para ampliar as filiações, o que é considerado importante para o partido ganhar força no próximo ano eleitoral. Dirigentes mineiros ainda não se posicionaram sobre a campanha, mas vão adotá-la, pelo menos nas principais cidades, entre elas Juiz de Fora.
Sem avaliação
Aqui, o diretório do PTB só se reuniu em meados do ano passado para lançar os candidatos a vereador, e nada mais fez, nem mesmo para avaliar, politicamente, os resultados eleitorais de outubro. O que devia ter sido feito, ao menos para discutir se valeu a pena a coligação com o PHS.
Dois candidatos da aliança comandada pela legenda trabalhista passaram de 1.000 votos:Vanderlei Tomás, com 2.904, e pastor Aloísio, com 1.270.
Nova fase
Informantes palacianos garantem que, ontem, ao assinar a ordem de serviço para o asfaltamento dos 13,8 quilômetros ligando o aeroporto de Goianá à zona Norte de Juiz de Fora, o governador Anastasia abriu a temporada de obras na região, que certamente terão reflexos na campanha eleitoral do próximo ano.
Repetindo
Na onda de queixas dos municípios contra a excessiva concentração de recursos na União, o prefeito de Porto Alegre, João Fortunato, usou uma frase que o ex-presidente Itamar Franco citava, quando queria defender sua proposta de um novo pacto federativo:
O município é sempre o patinho feio da Federação.
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Vai ser preciso esperar mais algumas semanas, talvez meses, para se sentir como as forças políticas da cidade pretendem se situar no novo ano eleitoral. Por enquanto, há pouco o que prever, pois as mudanças tanto podem se operar de forma menos intensa ou provocar grandes alterações em relação às urnas de 2012. Depende de muita coisa, a começar pela conduta do prefeito frente ao quadro que vai se construir, e quanto ao PMDB e seus aliados diante da Administração municipal.
No jogo dos grandes interesses, não está afastada a possibilidade de rupturas. A história da política municipal é uma longa história de rupturas, que teve como atores do primeiro capítulo os desencontros entre Henrique Halfeld e Mariano Procópio, ambos suplentes de vereador, mas separados por diferentes concepções sobre a vida e as estradas que queriam construir.
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(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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