domingo, 17 de março de 2013

Insustentável

Por mais que queira respeitar o direito do PSC de indicar o presidente da Comissão de Direitos Humanos, cargo confiado ao deputado Marco Feliciano, alvo de vigoroso protesto nacional, a Câmara terá de exigir a escolha de outro parlamentar, sob pena de a Comissão não poder funcionar e suas decisões serem desconsideradas. Mais uma contra o indigitado deputado. Apareceu o vídeo em que ele se apossa do cartão de crédito de um fiel de sua igreja evangélica, e logo protesta, porque lhe foi dada a senha incorreta...
Sem mudança
Expira hoje o prazo para que a direção estadual do PDT se pronuncie sobre a renovação do comando do diretório em Juiz de Fora. Uma das alternativas é manter a mesma executiva, presidida por Vitor Valverde e o vice, Renato Loures, dirigindo até junho, quando o presidente retorna do Exterior.
Os tucanos
É provável que o PSDB tenha concluído, nas próximas 48 horas, as consultas para a formação de sua nova executiva. Todos os nomes já cogitados podem sofrer mudanças, mas em relação à presidência é certo que a escolha caminha para o suplente de vereador Eduardo Schroder.
Cogitado
Ainda sob as reservas que evitam precipitações, o Rede da Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, avalia nomes de Juiz de Fora que podem se encarregar da tomada de assinaturas para a formação do novo partido. É tarefa confiada ao ex-deputado José Fernando de Oliveira. Fala-se de um empresário ou profissional liberal com experiência já vivida em outros partidos.
Preocupação
Certamente por estarem informados por seus deputados sobre o “risco iminente” de as coligações partidárias estarem chegando ao fim, andam preocupados os partidos habituais frequentadores das sobras dos maiores. Não teriam como sobreviver sem o adjutório que tomam nas votações das grandes legendas. Mas as deformações são tão evidentes, que espanta já não terem o Congresso e os tribunais cuidado de removê-las. Se não por outras razões, ao menos pelo que elas representam de violência contra a vontade popular. Para motivá-los não faltariam centenas de casos consagrados em todo o País, sem que Juiz de Fora pontifique em exceção, pois há aqui, sem mandato, candidatos derrotados, embora mais votados que vários dos atuais vereadores.
Falsa garantia
Ineficaz também se mostra o argumento de que é preciso garantir nos parlamentos algum espaço para as siglas mais modestas. Essa garantia quem tem o direito de conferir é o eleitor, apenas ele, não as maquinações e manobras numéricas baseadas em quocientes eleitorais. Não há autenticidade de representação que não se origine na decisão dos cidadãos no gozo de seus direitos.
Como fica?
Empossado o presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade, no Ministério da Agricultura, a pergunta que abre a semana para os políticos mineiros é como ficará o partido em relação ao governo tucano de Anastasia. Até hoje,a grande maioria da bancada na Assembleia e o governador têm mantido boa convivência e mútua colaboração. E agora, como fica? O cargo dado ao deputado mineiro só tem uma explicação: abrir brecha no PMDB e facilitar aliança para a candidatura do petista Fernando Pimentel ao governo de Minas.
Lula ensina
Assessores encarregados de preparar os pronunciamentos do ex-presidente Lula precisam intensificar os ensaios e pedir ao orador mais cuidado com as referências históricas, já que ele aprecia incursionar corajosamente nesse campo. Em recente improviso que cometeu, na solenidade de posse da diretoria do Sebrae, ensinou que “a atual crise é maior que a crise de 1929. E temos que reconhecer que o Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da II Guerra Mundial. E eu não admito que uma guerra, para resolver um problema econômico, tenha 6 milhões de mortos".
Erros históricos
Apesar desse discurso, Roosevelt e a crise de 29 nada tiveram a ver com a Guerra Mundial. E os mortos chegaram a 52 milhões, diferentemente das contas de Lula, que reduziram as perdas do conflito a 6 milhões. Haverá quem diga que são detalhes que a grande população ignora. Mas é exatamente por isso que um ex-presidente tem de informar corretamente.
Quase teleférico
Em 17 de março de 1973, 40 anos passados, o prefeito Itamar Franco abria concorrência pública para a construção de um teleférico, cujo projeto estava dividido em duas etapas: a primeira ligaria o Parque Halfeld ao Morro do Redentor; a segunda do Morro ao campus da Universidade Federal. No dia 11 de junho, abertas as propostas, venceu a alemã Pohling Heckel, com custo de 7,5 milhões de cruzeiros, contra a segunda colocada, representada pelo consórcio italiano Agual, que pediu 10,7 milhões. A empresa vencedora anunciou que a primeira fase do teleférico funcionaria dentro de nove meses. A obra nunca foi iniciada e não se tocou mais no assunto.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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