terça-feira, 5 de março de 2013
Quem é responsável?
Ao ser anunciada para ontem a paralisação do transporte coletivo, como forma de os trabalhadores do setor exigirem melhor remuneração, foi garantido que 30% das frotas estariam operando, para que os usuários não ficassem totalmente privados do serviço, que figura entre os essenciais e indispensáveis. Garantia, diga-se de passagem, de pouca valia, pois o que representam 30% de frotas já há muito defasadas?
Ainda assim, num flagrante desrespeito à população, as ruas e avenidas permaneceram todo o dia sem ver trafegando um ônibus sequer, com milhares de passageiros pagando pela culpa que não têm.
Exige-se um mínimo de respeito à população. Tenham, portanto, a gentileza de informar quem ficou responsável, ontem, pela garantia e fiscalização desses ônibus misteriosos, que ninguém viu. A Astranps? A Secretaria de Transportes? O Sindicato dos Rodoviários? O Ministério Público? Quem não viu, e era para ter visto?
PMDB está quente
A reunião que o diretório municipal do PMDB promoveu na segunda-feira, e se estendeu pela noite, mostrou um partido preocupado com o papel que está desempenhando e ainda terá de desempenhar num futuro próximo; e considera que não se ajustou perfeitamente à nova administração. Depois da posse, não se reuniu uma única vez com Bruno, nem houve conversa partidária, embora haja diálogo produtivo dele com siglas vizinhas, principalmente o PMN. Há muito o que conversar em casa.
Os peemedebistas querem precipitar esse encontro, como forma de se ajustarem melhor os termos da convivência e impedir que prosperem descontentamentos nas relações. Eles não afirmam publicamente, mas a reunião de segunda-feira deixou claro que há restrições em relação a certos integrantes do primeiro escalão. Alguns desses colaboradores não apenas estiveram fora da campanha de Bruno, mas em flagrante oposição a ele.
Presença certa
Apenas repetindo o que se conversou em reduzido grupo de políticos, na sexta-feira passada, ao final da visita do ministro Fernando Pimentel. Em qualquer dos grandes partidos, dificilmente a Zona da Mata ficará sem um nome de expressão para concorrer na majoritária de 2014, tomada por base a expressão eleitoral da região.
O PSDB foi o primeiro a ser citado, considerando-se o deputado Marcus Pestana, que pode ser lançado para a chapa de sucessão do governador Anastasia.
Com Marta
Hoje, em Belo Horizonte, haverá jantar na casa da empresária Ângela Gutierrez em honra da ministra da Cultura, Marta Suplicy. Como convidado da anfitriã, participa o superintendente do Museu Mariano Procópio, Douglas Fasolato, que aproveita a ocasião especial para convidar a ministra a conhecer o acervo e, se sensibilizada, destinar recursos às muitas obras reclamadas pela Casa de Mariano.
Para refletir
O secretário de estado da Defesa Social, Rômulo Ferraz, estará na cidade no dia 14 para participar da instalação do seminário “Violência Urbana em Juiz de Fora”. A proposta dessa iniciativa, que reúne OAB, prefeitura, Universidade e Instituto Vianna Júnior, é refletir sobre políticas sociais e projetos de caráter preventivo para a sociedade enfrentar o problema.
O distrital
Perguntados, em uma enquete, o que pensam sobre o voto distrital, 24 entre os 53 deputados mineiros concordaram com a inovação, desde que seja pelo sistema misto. O distrital puro e radical tem apoio de apenas quatro mineiros.
Interessante foi a resposta do deputado Mauro Lopes: tanto faz...
Poder coadjuvante
Da coluna de 6 de março do ano passado fez parte uma nota que não perdeu atualidade, mas a estes dias se ajusta perfeitamente. Dizia que “antes mesmo da Semana Santa, setores influentes do PMDB mineiro vão chamar o vice Michel Temer para uma outra conversa, centrada na postulação de novos cargos no governo federal. Alegam que, avaliada a base de apoio parlamentar, percebe-se que o partido recebe menos do que merece, e esta é uma deformação que desagrada”. É o que está na pauta de hoje.
O partido não abandonou o manual de coadjuvante no poder, quer seja com os tucanos, quer seja com os petistas. Foi o que se viu agora, ao reeditar a aliança com a presidente Dilma, precipitando o lançamento de sua candidatura a um segundo mandato.
Campo fértil
Dados mais recentes indicam que, quando chegar a próxima campanha eleitoral, os candidatos continuarão montando barraca na Zona Norte. Por que? Porque ali se decide, folgadamente, qualquer eleição, com seus 84 bairros, 17 regiões rurais e 170 mil habitantes. Eis o porquê.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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