domingo, 10 de março de 2013

Relatoria

O PT mineiro tem uma segunda-feira importante, pois pode ser decido hoje a quem, entre seus nove deputados federais será confiada a relatoria do orçamento do exercício de 2014. A missão caberá a um petista, porque há o acordo de rodízio com o PMDB. Entre os nove, dois recém-chegados são citados: Nilmário Miranda e Margarida Salomão. A função de relator é uma das mais cobiçadas da Câmara.
Preventivamente
O segundo trimestre, exatamente em razão das dificuldades conhecidas, e por termos grandes interesses na Europa, sugere que seja recebido com devidas cautelas. As lideranças políticas estarão corretas se tomarem em conta o fato de nós, brasileiros, ainda que não sejamos os atores principais, também deixamos de ser meros figurantes no drama do Velho Mundo. Dessa situação decorre que algum tipo de problema pode atravessar o oceano e bater à nossa porta. Da mesma forma que não convém o catastrofismo, é preciso adotar cuidados, a começar pelo governo, sendo mais prudente e menos generoso nos gastos com as engrenagens burocráticas. _______________________________________________________________________________________
Há muitas queixas da população, por causa dos buracos e grades quebradas do Calçadão da Rua Halfeld. Um problema que não existiria se aquele piso se limitasse a servir a pedestres, não a esses antipáticos brucutus das transportadoras de valores. A prefeitura, ao realizar o conserto, devia enviar a conta para as empresas responsáveis.
_______________________________________________________________________________________
Qual o rumo?
Já agora conhecida publicamente a disposição do reitor Henrique Duque de iniciar carreira política, disputando uma cadeira de deputado federal, fica a pergunta, que talvez neste momento nem ele tem como responder. A que partido se filiaria? Analisado o aspecto político-eleitoral, o PSDB seria uma rota prioritária; sem novidade, porque há dois anos os tucanos já o tinham como opção para a prefeitura.
Protesto
Oswaldo Braga, que de Juiz de Fora liderou movimento estadual de defesa dos direitos de homossexuais, somou seu protesto aos de muitas entidades contra a eleição do deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, por ser um crítico severo das mesmas minorias que, em tese, teria de defender. Mas não é só isso. O deputado também é acusado de estelionato. Subtraiu R$ 13,3 mil de um show evangélico.
Passeata
No sábado à tarde o Calçadão da Rua Halfeld assistiu a uma passeata de cem estudantes e representantes de entidades protestando contra a eleição de Feliciano para a presidência daquela comissão. Cartazes faziam referência à homofobia, que tem no deputado um lídimo representante.
Objetivamente
… o que ficou das comemorações do Dia Internacional da Mulher foi a retomada da campanha para a instalação da Vara da Violência Doméstica. Um movimento que, aliás, devia se estender aos maiores centros mineiros. Trata-se de uma grande carência, pois o estado tem apenas duas dessas varas funcionando, mas são necessárias 40. _______________________________________________________________________________________
Para quem conversa com alguns dos principais integrantes da nova Administração é fácil ouvir queixas sobre o volume de compromissos deixados pela gestão anterior. A mais recente refere-se ao atraso no pagamento das contas de telefones, acumuladas desde setembro. O que se comenta é que o prefeito está assustado. Indaga-se a razão de esse quadro preocupante não ter sido denunciado pela equipe de transição, supondo-se que os números sombrios já estavam expostos naquele momento.
_______________________________________________________________________________________
Receita ideal
Talvez seja por tentar esvaziar os protestos que marcaram e ainda marcam sua eleição, os presidentes do Senado e da Câmara acenam com abril como o mês adequado para incluir na pauta a reforma política. Daí a dúvida e a razão de se perguntar se há sinceridade na expectativa prometida. Se verdade, o primeiro passo seria considerar que, sendo vários os itens para discussão, antes deles é preciso definir se devem ser tratados caso a caso ou por atacado.
Choque ou gotas?
O que seria mais facilmente aceito por um Congresso que mantém nítidas as marcas do conservadorismo? O tratamento de choque ou aplicar doses homeopáticas? A reforma viria num grande pacote ou item por item? São muitas as dúvidas quanto a tais questões. Quando se conversa com deputados influentes, eles reconhecem a ausência de consenso. É o caso do financiamento público das campanhas eleitorais, consideradas tema de abertura dos debates. Como seriam divididos recursos iguais para candidatos de possibilidades desiguais? É a primeira entre muitas dúvidas.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

Nenhum comentário:

Postar um comentário