terça-feira, 19 de março de 2013

Prioridade

Sem tempo hábil para se organizar em todo o estado, nem mesmo entre os principais municípios, o PTB deverá optar pelos 50 maiores, como base de sua reorganização imediata. O número não é uma escolha aleatória, pois é naquela faixa que se concentra a metade do colégio capaz de definir uma eleição. No ano passado, o mesmo procedimento havia sido adotado pelo PSDB.
Caso local
Em Juiz de Fora, o PTB foi estruturado, nos últimos três anos, com base em projeto de apoio ao prefeito Custódio Mattos, e ocupou uma subsecretaria, sob influência direta do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, que ainda está no comando, mas não se pronunciou sobre a nova administração municipal.
Espantoso
Assunto prioritário nos meios diplomáticos do continente: Na área de inteligência militar argentina circula uma informação 1-A-1 acerca dos procedimentos ante e pós fúnebres do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A revelação bombástica é que o corpo exibido, cheio de sigilo e segurança, em um caixão bem lacrado, não era de ser humano deformado por um câncer. O cadáver seria boneco de cera. O simulacro de um Chávez “embalsamado”.
Grande susto
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, amiga de Chávez, estava escalada para fazer o discurso político do velório. Mas se sentiu enganada no momento em que chegou perto do “defunto”. Ficou tão revoltada e contrariada, que arranjou desculpa para voltar urgentemente ao seu país. Ela teve um choque emocional, visível na televisão, quando se viu envolvida na farsa montada. Não acreditando no que seus olhos lhe mostravam, antecipou a viagem de volta.
Voto de legenda
Mais uma previsão, entre muitas, para figurar na pauta da reforma prometida para abril. Trata-se do voto de legenda, isto é, o voto que o eleitor dá no partido de sua simpatia, sem indicar nomes de candidatos. É um voto importante, porque compõe o patamar exigido para que o partido eleja o deputado ou vereador. Mas nem por isso sua influência é examinada com maior interesse.
Exemplo recente
Tome-se por base a eleição de vereador em 2008, que veio confirmar a tradição de falta de expressão do voto de legenda. Naquele ano, PT do B e o PRTB foram os que tiveram pior desempenho, com 22 e 41 votos, respectivamente. Em apenas um caso, os votos de legenda (622) foram superiores aos votos nominais (425), caso do PSTU, o que significa que o votante tinha mais interesse naquela sigla de esquerda radical, quaisquer que fossem os candidatos. Em 2012 as diferenças foram mínimas, com 25.924 votos em legenda.
Os grandes ganham
Os maiores partidos são, invariavelmente, os que recebem maior volume de votos de legenda. Ainda em relação aos vereadores de 2008: o campeão foi o PT, com 10.197, enquanto seus candidatos tiveram 19.966, seguindo-se o PSDB, com 5.996 legendas em coligação com o DEM e o PRB, e os candidatos coligados ficaram com 18.746 votos. O PMDB veio em terceiro lugar: 4.385 e 30.823 nominais.
Velho problema
O estado não foge à tradição de fechar o primeiro trimestre com graves problemas provocados pelas chuvas, que já mataram 16 pessoas, desabrigaram centenas e causaram destruição material com um volume de prejuízos ainda não calculado. Os primeiros trimestres do ano sempre foram assim. Em Minas, as consequências das chuvas talvez fossem minimizadas se houvesse mais cuidado com os rios poluídos, sem dragagem e com capacidade cada vez menor de receber as águas pluviais. É um trabalho que raramente se faz na bacia hidrográfica do estado.
Por etapas
No esforço de levar o ministro Pimentel ao governo de Minas, o PT procura remover obstáculos que possam comprometer sua aliança com o PMDB. E não se pode dizer que está errado, porque afastar pedras do caminho é parte do jogo. O primeiro passo foi levar o presidente peemedebista, Antônio Andrade, para o Ministério da Agricultura. O passo seguinte, que deve exigir mais suor, é fazer o senador Clésio Andrade desistir da ideia de levar o PMDB a disputar o governo em faixa própria. _______________________________________________________________________________________
À revelia do prefeito, mas de utilidade para ele e sua equipe, alguns poucos mas experientes peemedebistas andam conversando sobre a possibilidade de se promover, ainda neste semestre, uma reunião dos partidos que compuseram a aliança que o levou à vitória em outubro do ano passado. Certamente sob o comando do PMDB, partido ao qual Bruno se acha filiado, os apoiadores teriam oportunidade de avaliar sua participação na administração nestes primeiros três meses, bem como o que têm a sugerir e, principalmente, o que podem oferecer para facilitar a nova gestão. Primeiro passo seria um plano coordenado de atuação da bancada governista na Câmara. Mas, por hora, tudo se restringe ao campo das cogitações.
_______________________________________________________________________________________
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

Nenhum comentário:

Postar um comentário