VICE
PLANTONISTA
O
vice-presidente Michel Temer continua sendo criticado pelo PT e demais partidos
da base, sob a alegação de que, excessivamente confiante no impeachment da
presidente Dilma, precipita gestões, consulta aliados e acerta cargos para a
eventualidade de subir a rampa do Planalto. São críticas que se elaboram desde
os primeiros momentos da admissibilidade do processo contra a presidente, mas
principalmente depois do vazamento de uma gravação em que ele fala sobre
condutas a tomar futuramente no cargo.
Pode
ser que se veja nisso um descuido, uma imprudência, quando a política nacional
vive momentos de ânimos acirrados. Mas é preciso considerar que tudo o que diz
ou tem feito o vice constitui parte de suas responsabilidades. O vice há que
estar preparado para enfrentar o eventual. Não pode se dar ao luxo de conviver
com surpresas.
Então,
quando fala sobre prioridades e nomes de possíveis ministros, ele age como tem
de agir (fosse mineiro talvez se cercasse de maiores cuidados e mais
discrição). Não seria cabível esperar a véspera da substituição, se esta
realmente se efetivar, para organizar uma equipe e fixar condutas
administrativas.
PIMENTEL
Com
todas as atenções políticas concentradas em Brasília, e dali não arredam pé, o
PT e o Planalto têm descuidado da sorte do governador de Minas, Fernando
Pimentel, abandonado nas montanhas. Não obstante, há quem assegure que os
problemas que o cercam nada ficam a dever aos tormentos da presidente Dilma.
O
Ministério Público considera que as provas de irregularidades praticadas pelo
governador são muito graves; gravíssimas, tomando-se por base que elas dizem
respeito a ações condenáveis pessoais e familiares.
Diante
disto, Minas periclita, sem recursos para tocar obras e servidores qualificados
recebendo salários em parcelas. E dúvidas. Muitas dúvidas.
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