CULTURA E VIOLÊNCIA
A violência urbana, que se
amplia, não pode afetar os programas que a Funalfa vem promovendo em praças
públicas, em nome do desejável acesso da população aos bens da cultura,
independentemente dos níveis sociais que a constituem. É o que se espera.
No último fim de semana, evento
realizado na Praça Antônio Carlos foi prejudicado por alguns desordeiros, que
chegaram ao local embriagados; e se enfrentaram, com as consequências já
conhecidas.
A Funalfa também foi vítima do
lamentável incidente, mas nem por isso deve abdicar de suas responsabilidades
com a arte e a cultura, que continuarão sendo prestigiadas, sem a discriminação
de setores da sociedade; sem limitar suas promoções (ao contrário do que
desejem alguns elitistas) a uma reduzida e privilegiada faixa da população que
pode pagar ingressos. O que seria antidemocrático e injusto por excelência.
Aliás, se o pagar ingresso evitasse, por si só, as ações criminosas, atos de
violência e vandalismo, os estádios de futebol não seriam o frequente cenário
de destruição e morte em que se transformaram.
Os meios intelectuais e
artísticos da cidade esperam que as iniciativas da Funalfa continuem no ritmo
com que vêm sendo realizadas. Cessá-las ou reduzi-las por precaução ou medo dos
criminosos seria dar a vitória aos pequenos grandes delinquentes, que se
misturam com o público jovem para destruir, prejudicar ou inviabilizar
manifestações populares.
Não é difícil identificá-los,
mesmo quando procuram se esconder no anonimato ou sob o conhecido “de
menor”. São os mesmos que depredam escolas, invadem salões de festas, formam
gangues nos bairros e, não raro, colaboram no tráfico de drogas.
Felizmente em minoria, o que facilita colocá-los ao alcance da polícia.
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