segunda-feira, 23 de maio de 2016






INACREDITÁVEL 



Difícil de acreditar que num momento como este que Minas vive, de mil aperturas, os deputados tenham coragem de reajustar seus subsídios. Pois isto aconteceu. O ajuste foi de quase 30%. E os servidores estão recebendo seus vencimentos em parcelas, para confirmar  as agruras do Tesouro e os maus lençóis  em que está metido o governador Pimentel.

A alegação de defasagem é inaceitável, mesmo tendo recorrido a ela os parlamentares mineiros. Desvalorização por desvalorização do dinheiro também sofrem os servidores
À Assembleia caberia, pelo menos e pelo mínimo, um gesto de solidariedade com os verdadeiros sacrificados.


2-  O Presidente Michel Temer certamente não teria como esperar esse acidente de percurso, a denúncia de envolvimento do ministro Romero Jucá com as investigações da Lava Jato, sendo atribuída a ele uma gestão para pôr paradeiro nas investigações. Temer, antes de o ministro se licenciar, estava numa encruzilhada: ao manter o ministro estaria contaminando o governo recém-criado; afastado, ainda que temporariamente, revela descaso na formação do primeiro escalão de uma equipe que não completou seu primeiro mês.


3- Em cada passo da vida política brasileira se consolida a convicção de que os males maiores desse quadro de corrupção, de suspeitas e de crimes não constitui fato isolado nas ações pessoais ou de grupos. Os males nascem do nosso esgotado modelo de presidencialismo de coalizão, que se oxigena no intenso tráfico de influências, sobretudo nas relações com o Congresso. O presidencialismo, do jeito como o que temos, esteja lá quem estiver, de FHC a Dilma, tem de se submeter a uma reforma sem troca de favores e sem indulgências.


É preciso mexer na base, na estrutura do modelo, que não dá mais para sobreviver. Até porque não há Petrobrás que aguente esse custo político.







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