A posse da ministra
A deputada federal Cristiane
Brasil (PTB-RJ) foi nomeada titular do Ministério do Trabalho, mas o
juiz federal Leonardo Couceiro (RJ) suspendeu, liminarmente, a
posse, marcada para hoje, em resposta à ação popular de
uma entidade de advogados. O motivo alegado é que
a deputada já foi condenada em ações trabalhistas, o que fere o princípio
da moralidade administrativa, segundo o juiz.
Parece que o princípio de equilíbrio dos poderes não foi observado
pelo juiz federal. Há neste caso uma ingerência do Poder Judiciário sobre
assunto de competência do Poder Executivo. No caso de Cristiane
Brasil por ter sido condenada em ação trabalhista (e quem não está livre
dessa possibilidade se um dia for empregador?) não pressupõe que ela irá, no
exercício do mandato, ferir tal princípio alegado.
No nosso País acontecem
às vezes essas coisas curiosas de invasão de competências, quando o
Judiciário é provocado por algum fato que esteja com notoriedade no noticiário.
Parece até que não se tenha mais o que fazer. E como a Justiça é morosa na
maioria dos casos, aproveita-se a oportunidade para demonstrar serviço.
Quantos políticos estão
atualmente condenados por crimes diversos, e no exercício de funções
que lhes garantam foro privilegiado. Outros políticos aguardam decisões de
segunda instância para serem candidatos nas eleições. E assim se seguem os
fatos pitorescos da nossa política cotidiana.
Padre Café
Esta
terça-feira marca os 120 anos da morte de uma das figuras mais expressivas de
Juiz de Fora, o padre Venâncio Ribeiro de Aguiar Café, que dá nome a uma das
principais ruas da zona urbana. Morreu aos 43 anos em 9 de janeiro de 1898,
pouco tempo depois de ter assumido a direção da paróquia. Interessante é que,
mesmo tendo sido líder católico fervoroso, seu nome foi dado a um dos mais
antigos Centros Espíritas de Minas.
Membro
da Assembleia Municipal Republicana em 1891, Padre Café era também mestre em
Teologia e jornalista, o que o levou a fundar o ”Lar Católico”, dos padres da
Academia de Comércio, e benzeu a fundamental daquele colégio, obra de Francisco
Batista de Oliveira.
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