Quem
tem medo de Huck?
Na política brasileira
há sempre motivos para comentar os fatos, sobretudo os movimentos dos
políticos, que mudam de direção e de sentido com agilidade. No passado, o
mineiro Magalhães Pinto teria dito que a política é como nuvem: muda de
forma a todo momento. A frase, que foi dita pela primeira vez por Raul
Soares, continua atualíssima no cenário atual, sobretudo em ano eleitoral,
quando elegeremos quem vai ocupar a Presidência da República a partir de 2019.
O movimento político
relevante desta semana foi o Partido dos Trabalhadores, através
dos seus líderes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, que entraram
com representação no TSE contra a Rede Globo de Televisão, Fausto Silva
(apresentador desta TV) e Luciano Huck (apresentador) pelo fato de Huck
ter se manifestado no domingo (dia 7) em um quadro do 'Domingão do
Faustão' sobre a política, os políticos, e sobre sua eventual candidatura a
presidente, entre outros assuntos. A alegação é de que Huck e a TV Globo
estavam exorbitando do poder econômico em favor de uma candidatura
presidencial. Pedem a inelegibilidade de Huck ou a cassação do seu
eventual registro de candidatura, além de pagamento de multa por parte dos apresentadores
e da Globo. Mais judicialização na política.
A reação imediata dos
líderes do PT supõe que temem a candidatura do Huck, talvez por conhecer o
potencial do apresentador de TV, avaliado em alguma pesquisa qualitativa; e com
o apoio da Globo pensaram que Luciano Huck ficaria altamente competitivo,
ameaçando os planos de eleição do ex-presidente Lula (PT). Talvez tenha
sido uma trapalhada momentânea dos líderes afoitos em mostrar serviço para
a militância. O fato é que Huck poderá desistir da renúncia, que fez no
ano passado, de ser candidato. Pode ser mais um 'balão de ensaio' no
laboratório da nossa política em antevéspera de eleição.
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