Pires na mão
A Associação Mineira dos
Municípios (AMM) está cobrando do governo do Estado a quitação de
toda a dívida do ICMS. Em nota disponibilizada no site
da entidade, seu presidente demonstra, em valores, as pendências de repasse
financeiro e obrigatório pelo governo de Minas. É o que transcrevemos abaixo:
'O governo do Estado de Minas Gerais repassou aos municípios, nos
dias 2 e 3 de janeiro de 2018, a cota-parte do ICMS referente ao período de 25
a 29 de dezembro de 2017, no valor total de R$ 247.135.778,14. Nesse repasse
ficaram pendentes R$ 151.522.157,60 referentes ao Fundeb do ICMS (recursos
do imposto que devem ser investidos na Educação).
No total, somando os valores de dezembro com os primeiros dias de
janeiro, a dívida chega a R$ 619.815.723,98. A situação é crítica e
preocupante, uma vez que, somando todos os repasses atrasados, a dívida do
Estado com o ICMS dos municípios mineiros, acrescida de aproximadamente R$ 200
milhões de juros e correções monetárias, acumuladas nas transferências de 17 de
outubro até hoje, pode chegar a R$ 820 milhões.
O governo do Estado de Minas Gerais soltou nota no dia 28 de
dezembro informando que quitou todos os valores referentes ao ICMS de 2017. A
Associação Mineira dos Municípios (AMM), após tomar conhecimento da nota, fez
estudo sobre os repasses feitos e certificou que o Estado ainda deve.
O presidente da AMM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda,
considerou a nota do governo irresponsável e voltou a cobrar um posicionamento.
“Repito: O governo não pagou totalmente os valores do ano passado e já iniciou
2018 devendo aos municípios. Hoje a dívida passa dos R$ 800 milhões do ICMS,
que é destinado à Educação. Os prefeitos continuam sendo enganados”, reafirmou.
A Associação, inconformada com a dívida, no dia 20 de dezembro
impetrou no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADIN). A presidente da Corte, ministra Carmen Lúcia, solicitou ao governo de
Minas que, em caráter de urgência, informe a situação dos repasses do ICMS aos
municípios.
Os prefeitos mineiros estão apreensivos neste mês de janeiro,
quando devem entrar os maiores recursos referentes ao IPVA e os municípios têm
sua parte nesse tributo. Eles se queixam que, desde 21 de novembro passado, não
recebem nada. Na última semana de dezembro o prefeito Bruno Siqueira passou
horas peregrinando na capital, tentando receber o que o Estado deve ao
município. Ele e muitos outros.
O governador Pimentel pretende se reeleger, mas desagradando assim
os prefeitos poderá ter seu projeto prejudicado. A conferir.
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