Prefeito essencial
Juiz
de Fora é uma cidade geralmente administrada com cuidado pelos seus
prefeitos, ao longo do tempo. Com seus quase 168 anos de emancipação, ela atualmente
beira os 600 mil habitantes pelos dados do IBGE (há quem estima
população maior). Já foi considerada a 'Manchester Mineira' em homenagem
ao seu melhor ciclo econômico. Esta cidade-polo da Zona da Mata teve o
prefeito Itamar Franco na Presidência de República e no governo de Minas. É uma
cidade mineira e histórica, portanto.
O atual ciclo
econômico de Juiz de Fora não é dos mais favoráveis. O setor econômico
majoritário é o de serviços. Temos uma população ampliada na busca da oferta de
educação, saúde e do variado comércio. Com isto, tem o
município uma arrecadação de impostos modesta, e fica dependente de verbas
da União e do Estado de Minas para realizar obras de maior envergadura.
Na história recente
da cidade ela contou com prefeitos dedicados e operosos, salvo uma exceção, que
por isso mesmo valoriza os demais. A exceção chama-se alberto bejani, que
escreveu o momento abjeto de nossa história.
O prefeito Bruno
Siqueira acaba de completar cinco anos de efetivo exercício na administração
municipal. É político por vocação, administrador austero. E esta época de
recursos limitadíssimos acaba destacando nele o gestor atento a detalhes e
motivador da equipe, para realizar bem o serviço publico com os recursos
disponíveis. Recursos cada vez menos disponíveis.
Para avaliar uma administração com justiça é preciso tomar
por base vários parâmetros e confrontá-los com a realidade. Um bom prefeito é
aquele que consegue minimamente atender demandas políticas dos eleitores, ter
boa interlocução com a Câmara Municipal e manter o equilíbrio fiscal nas contas
do município. Este é o prefeito essencial.
O atual às
vezes sofre críticas da oposição, o que é normal, até porque ela é
necessária para ajudar na administração pública. Acontece que ocorrem
exageros nas redes sociais, quando opositores (no conforto do quase anonimato
da internet) enunciam eventuais falhas, questionam a ausência de grandes
empreendimentos e cobram pequenas realizações de serviços com rapidez numa
cidade da dimensão que temos. Mas, mesmo assim, são úteis ao gestor municipal,
pois apontam problemas a serem solucionados.
Nas últimas décadas os prefeitos foram reeleitos na
sequência dos mandatos ou de forma alternada, deixando suas marcas
administrativas, salvo a citada lamentável exceção. Uns querendo avançar a
cidade com base no crescente progresso econômico; outros querendo manter
sua pólis, de um jeito melhor para se viver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário