terça-feira, 29 de maio de 2012

Convenção do PMDB sará no dia 10 de junho

Em reunião realizada ontem, a executiva municipal do PMDB marcou para 10 de junho a convenção em que serão aclamados seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. Os convencionais poderão votar, naquele domingo, na sede do partido, num período de cinco horas corridas: entre 8 e 13h. A fixação da data é outro motivo de divergência entre os dirigentes peemedebistas. A decisão pelo dia 10 de junho foi tomada por sete votos do grupo do deputado Bruno Siqueira, contra um, do representante de Tarcísio Delgado. A facção que acompanha o ex-prefeito preferia a convenção no dia 24, último domingo do calendário das convenções. Teria mais tempo para se articular.
Contatos
O deputado federal José Silva, do PDT, estará amanhã em Juiz de Fora para promover visitas e contatos com amigos. Ontem, sua agenda na cidade ainda não estava definida. Considerado uma das vozes dos produtores rurais no Congresso, o deputado teve uma atuação intensa no recente debate sobre o Código Florestal.
Fica pra depois
À medida em que se aproximam as eleições, as lideranças, bem combinadas, vão deixando para 2013 os temas políticos mais polêmicos. Um deles é a proposta inovadora de se elegerem vereadores, deputados estaduais e federais por meio do voto majoritário dentro de cada município ou estado - modelo chamado de "distritão". Há quem admita ser a única alternativa viável para o sistema atual, o voto proporcional em lista aberta. Outros acreditam que o "distritão" vai enfraquecer os partidos, encarecer as campanhas e favorecer os candidatos mais ricos e as celebridades. Hoje, vereadores e deputados são eleitos levando em conta os votos que cada um recebe e o conjunto de votos obtidos por seus partidos. A legenda com mais votos elege mais representantes. O "distritão" simplificaria a eleição: seriam eleitos os candidatos mais votados.
Cobrança
Cansado de ver os políticos prometerem e o eleitor cobrando o que não foi cumprido, o deputado paulista Luiz Fernando Machado está defendendo projeto de sua autoria que dá ao eleitor o direito de processar o agente faltoso. Não há novidade nisso, porque na eleição de 1982, recorrendo ao mesmo argumento, o deputado Paulo Delgado havia sugerido que as promessas fossem registradas em cartório, para instruir futuras cobranças.
Em campanha
Desde sábado passado, segundo a legislação eleitoral, os partidos políticos estão autorizados a permitir, internamente, propaganda dos candidatos e seus grupos que estarão disputando nas convenções de junho. No caso de Juiz de Fora, pelo menos até agora, isso só interessa ao PMDB, pois é ali que existe possibilidade de disputa dos votos dos convencionais.
Falta explicar
Não será para as eleições deste ano, talvez seja para as de 2012: os eminentes juristas que discutem no Senado alguns ajustes no Código Penal sugerem, e estão quase certos de que conseguirão tirar a boca de urna da lista de crimes. Nesse particular, há que se considerar um dispositivo jamais cumprido: Não se conhece juiz que, cumprindo a lei, tenha condenado alguém a pena de seis a doze meses por atuar em boca de urna. Em Juiz de Fora, flagrado e preso pela polícia, um “boqueiro” sofre, como castigo máximo, quatro ou cinco horas sem almoço na quadra em que se realizam os trabalhos das juntas apuradoras. São duas as questões que os juristas teriam de explicar, caso consigam liberar a boca de urna. Nas grandes cidades, o primeiro desdobramento da liberalidade é que ela vai beneficiar os candidatos mais ricos, que poderão financiar grandes equipes para o trabalho de convencimento de última hora e conquistar o eleitor inseguro. Nos pequenos municípios, onde em geral as disputas políticas são mais tensas, a boca de urna passará a ser um poderoso instrumento de intimidação sobre os eleitores.
(( publicado na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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