terça-feira, 15 de maio de 2012

Só pra advertir

Fonte confiável, de tradicional relação com o PMDB mineiro, garante à coluna que não havia necessidade de a executiva estadual intervir no diretório de Uberaba para forçar a candidatura do deputado Paulo Piau à prefeitura do município. As resistências podiam ter sido facilmente contornadas, mas a medida extrema teve o objetivo de advertir eventuais rebeldias. O comando não quer arredar pé da disposição de levar o partido a ter candidato próprio na disputa das grandes prefeituras; e Uberaba é uma delas. O diretório estadual do PMDB quer mostrar que tem autoridade suficiente para dar a última palavra, o que em Juiz de Fora é contestado pelo ex-prefeito Tarcísio Delgado, que diz, em seu blog : ”Claro que a direção estadual não pode tomar decisões que legalmente não lhe competem. O diretório do PMDB de Juiz de Fora funciona com pessoas responsáveis desde a fundação do Partido, em 1966, e sabe muito bem quais são suas competências. Muito bem vindos todos os aconselhamentos dos órgãos superiores, todavia a posição do Partido, nas eleições municipais, é da competência legal do Diretório Municipal, conforme estatuto em vigor”.
Conversa em Brasília
O ex-prefeito Tarcísio Delgado foi ontem a Brasília, especialmente para falar com o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, a quem manifestou preocupação com o projeto de candidatura própria à prefeitura de Juiz de Fora, que acabaria servido dos planos tucanos. Nesse sentido, tem na conta de impropriedade ou inoportunidade o lançamento de Bruno Siqueira. Mas Raupp reafirmou a decisão do partido de ter candidato próprio nas grandes cidades, e Juiz de Fora é uma delas. Bruno foi convidado a ir a Brasília nesta quarta-feira para conferenciar com dirigentes, possivelmente também com Michel Temer.
É difícil
Assim como as cartas da canção popular, também os números não mentem jamais. Foi o que parece ter insinuado o deputado Marcus Pestana, durante reunião com o diretório do PSDB, para mostrar como é difícil a oposição fazer valer seus projetos no Congresso. Aos números: na Câmara os oposicionistas são 100 entre os 513 deputados. No Senado, onde são 81 cadeiras, apenas 18 pertencem à oposição. Trata-se de uma situação que certamente se agrava com os poderes de convencimento do presidencialismo.
O vice 1
O deputado federal Júlio Delgado, ao admitir a possibilidade de não mais concorrer à prefeitura abre um leque de especulações. Uma delas é o apoio do seu PSB à candidatura do PT. Mas, que tipo de apoio seria dado? O desejo do PT é ter o PMDB como companheiro de chapa na eleição, contando com o expressivo apoio do ‘tarcisismo’. Entretanto, com o avanço da candidatura do deputado Bruno Siqueira, o desejo pode não obter o endosso do diretório. Se inviabilizada tal possibilidade, surge alternativa do PSB para completar a chapa. Qual seria o nome?
O vice 2
Garante o deputado Bruno Siqueira que ainda não faz parte de seus contatos a escolha do nome que vai figurar como vice. É assunto que, segundo ele, entrará em pauta na semana da convenção. Entre os peemedebistas que cercam o pré-candidato há duas correntes: enquanto uma defende a ideia da chamada “chapa puro sangue”, isto é, candidatos a prefeito e a vice do mesmo partido, outra opta pela escolha de um companheiro de chapa que resulte das alianças.
Trabalhistas
O Partido Trabalhista Brasileiro tem preferido fazer segredo das duas ou três legendas que podem participar de uma aliança na eleição proporcional, embora tudo indique que na majoritária estará apoiando a reeleição do prefeito Custódio Mattos. Entre os trabalhistas são contados 48 pré-candidatos à vereança, o que permitiria, se fosse o caso, disputar com chapa exclusiva.
Com antecedência
Raras vezes, em eleições anteriores, a disputa pela prefeitura revelou, com tanta antecedência, a definição das candidaturas. Há três nome expostos – Custódio Mattos, Bruno Siqueira e Margarida Salomão – e dificilmente ocorrerá mudanças; mais difícil ainda a abertura de espaço para um quarto nome. Ainda assim, mesmo tão definidas as raias por onde correrão os candidatos, dirigentes de entidades e grupos de influência preferem esperar mais um pouco para definir preferências.
Prestação de contas
Antes de retornar a Brasília, depois de um fim de semana de atividades políticas em Juiz de Fora, o deputado Marcus Pestana foi ao campus da Universidade Federal tratar das assembleias de desenvolvimento regional, que a instituição lançou há cerca de um ano, com apelo à adesão e participação de todas as lideranças, notadamente as políticas. Pestana é um dos participantes. É necessário agilitar o programa e mostrar soluções. Ontem, ficou marcada para 29 de junho a 4a. Assembleia, na Universidade, mas agora para prestação de contas. Três questões ficaram desde já pautadas: serviços do aeroporto regional, rede de atendimento de urgência e emergência na área de saúde e Parque Tecnológico. É preciso que as entidades e lideranças se empenhem mais na solução dos problemas já exaustivamente debatidos. (( publicado na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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