domingo, 13 de maio de 2012

PMDB faz festa para Bruno e não acredita em dissidência

Os presidentes nacional, estadual e municipal do PMDB, senador Valdir Raupp, deputado Antônio Andrade e coronel Adelmir Romualdo comandaram, no sábado à tarde, a reunião em que o partido passou a tratar o deputado Bruno Siqueira não mais como pré-candidato, mas definitivamente lançado à prefeitura, sem faltar na militância o clima de campanha antecipada. Dois temas dominaram os discursos do senador, dos cinco deputados e dos vereadores: a necessidade de o partido ter candidato próprio e o papel que ele pode desempenhar na renovação da política municipal. Bruno, em discurso de onze minutos, afirmou que a administração adequada será aquela que priorizar a saúde, vencer o caos urbano e buscar recursos dos governos estadual e federal para grandes obras. E um brevíssimo toque em dois de seus prováveis adversários: o medo de enfrentá-lo e o não cumprimento das promessas de campanha.
Dissidência
Nenhuma referência ao visível descontamento de Tarcísio Delgado e seu grupo, que reagem à candidatura de Bruno. O ex-prefeito informou em seu blog que tinha outro compromisso anteriormente marcado, mas a verdade é que estavam ausentes não apenas ele, mas todos os membros de seu grupo. Só na despedida, conversando com jornalista, é que o presidente estadual, Antônio Andrade, disse que não vê risco de dissidência, “porque acreditamos mais é na história que Tarcísio tem no partido”. O que não significa que o PMDB de Minas ignore o problema. Nos pronunciamentos dos deputados houve um insistente apelo ao candidato no sentido de que “trabalhe o máximo para reunir o partido”. Essa tônica foi adotada principalmente depois que o vereador Júlio Gasparete, discursando, indagou: ”Por que tem gente no PMDB que não quer o Bruno?
Fora da pauta
1 - Quatro vezes, em discursos ou entrevistas, o presidente estadual, Antônio Andrade, afirmou que, sendo eleito prefeito, Bruno Siqueira passa a ser um nome para o partido analisar com vistas ao governo do estado. 2 - Antes da abertura da reunião na tarde de sábado, conversava-se em torno de prognósticos sobre a convenção que no próximo mês indicará os candidatos. Membros do diretório acham que seriam 30 os votos de Bruno e 22 os que seguiriam a corrente contrária. 3 – Seja como for, não escapou um dado sobre influência pessoal: o vereador José Figueirôa será o convencional mais poderoso no momento das decisões. Ele tem rigoroso controle sobre sete votos. 4 - Pergunta ainda sem resposta: considerado que a reunião ainda não era para tomar decisões, quem e quê argumento político fizeram o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, deslocar-se para Juiz de Fora? Em menos de 40 horas ele saiu de Rondônia, percorreu quatro cidades do Paraná, voou para Foz do Iguaçu e fez atrasar uma cerimônia de casamento no Rio, da qual era paraninfo. 5 - Já programada a reunião de sábado, os peemedebistas tiveram horas de tensão por causa de um informe, que afinal não se confirmou: na quinta-feira, em Brasília, com o pai ao lado, o deputado Júlio Delgado anunciaria seu apoio ao PT na disputa da prefeitura. 6 - Estava em Juiz de Fora um dos veteranos do PMDB, Armando Costa, a quem se atribuiu a tarefa de escrever a história do partido em Minas. 7 - Diz o presidente Raupp que, a começar por Juiz de Fora, seu partido quer eleger 1.300 prefeitos em 7 de outubro. 8 - O mestre de cerimônia, Orlandsmidt Riani, coordenador regional do partido, foi uma revelação no encontro de sábado. Não deixou omissões e deu números às muitas informações sobre o PMDB no Brasil de hoje.
Crime exportado
No fim de semana, durante debate no Rio, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse ao redator que Minas tem uma boa estrutura de segurança capaz de impedir que criminosos da Baixada Fluminense passem para Juiz de Fora. Foi quando se informou ao secretário que todas vez que “aperto o cerco” aos criminosos eles preferem fugir para a Zona da Mata. Mas fica uma pergunta: quem acaba exportando mais: Minas ou o Rio? Na avaliação dos problemas do Rio, Beltrame citou um dado que em futuro pode ser desafio para o combate ao crime em Juiz de Fora: ele é exercido em bairros separados e quase sempre com disputas entre gangues e traficantes. Situação que se agrava na liberalidade com que o Judiciário trata dos criminosos reincidentes.
PRB se prepara
O PRB está entre os partidos de melhor performance na história recente da política brasileira, segundo o presidente da Câmara, pastor Carlos Bonifácio. Com apenas seis anos de vida, conta com uma bancada de nove deputados federais e dois estaduais. Nesse período, explica o vereador, a legenda assinalou um crescimento de 500%, o que nenhum outro obteve. Pastor Carlos, baseando-se nos índices de crescimento também em Juiz de Fora, faz uma previsão: se neste ano já tem 28 candidatos a vereador, na eleição de 2016 o PRB também estará em condições de disputar a majoritária com candidato próprio.
Realmente Útil?
Há pouco mais de dois meses, as Assembleias de Minas e Rio de Janeiro criaram comissão para denunciar abusos da Concer, empresa que explora os pedágios na BR-040. Mas deviam saber que também são cada vez mais frequentes as queixar de usuários que se servem dos ônibus da empresa Útil no trajeto Rio – Juiz de Fora. O descumprimento de horários já se tornou habitual. Na última sexta-feira, na rodoviária do Rio, a Útil foi responsável pelo início de um tumulto, quando passageiros protestaram no escritório do Dnit: o ônibus que devia sair às 21h15m só saiu com uma hora de atraso. Todos os carros da Util partiram com atraso. Outro escorregão que seus funcionários não conseguiram explicar: vendeu-se passagem com tarifa de executivo e o ônibus era comercial. Mais uma esquisitice no relógio de empresa que não tem de se incomodar com concorrência: o ônibus programado para 21h30m saiu antes dos de 20h45m e 21h15m... (( publicado na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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