quarta-feira, 9 de maio de 2012

E o dia seguinte?

A expectativa dos peemedebistas de Juiz de Fora é que, no sábado à tarde, terminada a reunião com os dirigentes estaduais, entre eles o presidente Antônio Andrade, não restem mais dúvidas quanto ao projeto de candidatura própria à prefeitura; o que, vale dizer, a confirmação da candidatura do deputado Bruno Siqueira. E, para tanto, têm dado garantias de que o deputado dispõe de farta maioria dos votos do diretório. Para o PMDB, contudo, os problemas não se esgotam no sábado. E o dia seguinte? Como lidar com a facção que preferia uma aliança fora do partido? Como vencer a evidente resistência do ex-prefeito Tarcísio Delgado?, embora tenha recomendado que não se preocupem com ele, ao se autoproclamar “bananeira que já deu cacho”. (O problema é se, contrariado, ele acabar dando uma banana para o partido...) No mesmo dia em que a direção estadual insistir na candidatura própria terá de assumir a responsabilidade de trabalhar para evitar uma dissidência em Juiz de Fora.
No Facebook
É possível verificar, nos últimos dias, a participação na rede social Facebook de alguns secretários municipais e funcionários comissionados da prefeitura, que vêm adotando em seus comentários uma postura de defesa da administração municipal e do prefeito Custódio Mattos. É o contra-ataque às críticas dos adversários, e, ao que perece, uma ação coordenada que ainda não tinha sido vista. Outra novidade é a presença de Custódio com um perfil no Facebook, como se fosse um cidadão comum, querendo fazer amigos nesta rede social. Antes se via ali a participação solitária do vereador José Laerte, presidente do diretório municipal do PSDB, fazendo a defesa do partido. E agora também entra no debate o procurador-geral do município, Gustavo Vieira, que se utiliza da legislação para refutar acusações, sem deixar escapar a oportunidade de fazer intervenções irônicas em relação a ações do governo do PT. É uma parte da campanha eleitoral na sua fase de aquecimento. E parece que os tucanos já escolheram a candidata do PT como adversária principal.
Para o Guinness
No momento em que o vereador Wanderson Castelar defende projeto de lei que torna obrigatório o relatório mensal do cumprimento ou descumprimento dos horários de ônibus urbanos, em benefício dos usuários, cabe lembrar que também à Secretaria de Transportes compete quebrar uma situação indesejável: na esquina de Getúlio Vargas com Floriano Peixoto o sinal verde que é aberto ao pedestre tem a duração de apenas 4 segundos. Um recorde, sem dúvida.
Coligação
Atraídos pela esperança de serem catapultados pela candidatura majoritária de Custódio Mattos, muitos candidatos a vereador se animam com a coligação que seus partidos deverão ajustar com o PSDB, como o caso do PP. De um grande partido sempre sobram legendas generosas. O que, contudo, não dispensa alguns cuidados. Por exemplo, a avaliação mais correta possível da potencialidade dos candidatos tucanos. Se fizerem apenas três cadeiras, elas terão alguns favoritos, como Rodrigo Mattos, Sueli Reis e José Laerte. O que sobra?
Na largada
Faltando cinco meses para a eleição dos vereadores, já podem ser identificados vários candidatos em campanha, como o caso de Luiz Sefair, que se elegeu pela primeira vez em 1970. Entre os que estão em campo, aparecem muitos veteranos, que preferem começar mais cedo, por duas razões: a militância está se tornando cada vez mais profissionalizada e cara, e por causa de um velho ditado que a política jamais desmentiu: bebe água fresca quem levanta mais cedo.
Bom trabalho
Pode ser que a presidente Dilma nada consiga fazer. Pode ser até que seu governo seja condenado à galeria das mediocridades. Mas este País fica lhe devendo o patriótico desprezo que dedicou ao indesejável Ricardo Teixeira, que tanto mal causou ao esporte brasileiro. Dando-lhe as costas e ao negar a ele o cumprimento, num acintoso gesto público, ela o condenou ao ostracismo, ainda que tardiamente. (( publicado na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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