quarta-feira, 16 de maio de 2012

PMDB acentua o impasse

A situação pré-convencional no PMDB chegou a um clima interno que não mais permite a desistência de um dos grupos que digladiam. O impasse criado entre as facções do deputado Bruno Siqueira e do ex-prefeito Tarcísio Delgado torna difícil a desistência de um dos dois, principalmente agora, quando a direção nacional do partido deu todas as demonstrações de prestígio ao pré-candidato já publicamente apresentado. Se a Bruno não cabe outra escolha se não prosseguir, aos seus opositores restam 30 dias para tentar convencer a maioria dos filiados que o melhor para o PMDB é desistir da candidatura própria e partir para uma aliança que seja a mais favorável possível, certamente o PT; tal como ocorreu em 2008, quando o partido não chegou ao segundo turno e optou por transferir seu apoio para Margarida Salomão. Havendo essa disputa, em junho, o que estará sobre a mesa dos peemedebistas são os prós e contras de duas interpretações diametralmente opostas: a dos adeptos de Bruno, para quem a candidatura própria dá ao partido condições de praticar seus próprios valores, e a visão dos correligionários de Tarcísio, que consideram a candidatura própria o instrumento divisor da oposição, favorecendo, ainda que indiretamente, a reeleição de Custódio.
Força tucana
O PSDB estadual começa a alinhar as providências a serem tomadas para a realização das convenções nas principais cidades, como base em seu projeto de fazer com que saiam bem nas urnas os candidatos que vai apresentar nos 50 maiores núcleos eleitorais. Quanto a Juiz de Fora, que faz parte desses colégios privilegiados, sabe-se que o lançamento da candidatura do prefeito Custódio Mattos, em data ainda não definida, fará parte de um ato público em que estará presente o senador Aécio Neves.
MP inviolável
As medidas provisórias, que são o instrumento do Executivo para passar por cima do Congresso, e legislar segundo seus interesses, já foram objeto de dezenas de tentativas de senadores para conter o ímpeto dos presidentes da República. Hélio Costa tentou quando esteve por lá. Mais recententemente, Aécio Neves propôs soluções conciliatórias entre os dois poderes. E José Sarney promete atuar para remover a grave distorção.
Vice socialista
Mesmo que ainda não tenham admitido totalmente a possibilidade de o deputado Júlio Delgado desistir de disputar a prefeitura, correligionários que tomam parte no diretório do PSB consideram que o partido vem colecionando argumentos para pleitear a indicação do nome do vice na chapa do Partido dos Trabalhadores. Ontem, tomando por base esse sentimento, a coluna indagou: Mas qual o nome? Há quem diga que poderia ser o próprio deputado, que nada teria a perder.
Em alta escala
A pouco mais de um mês das convenções partidárias que vão indicar os candidatos, um dado que pode parecer fruto de exagero, mas não é. É informação, ainda que dependente de dados oficiais, baseada em levantamento realizado entre os principais partidos que já ultimam as conversas sobre as chapas de vereadores: os pré-candidatos a vereador, isto é, os que já procuraram os diretórios e os deputados para se acertarem chegam a meio milhar.
Alternativa
O ex-prefeito alberto bejani confia mais na intuição do que nos conselhos dos que lhe são próximos. Prefere até mesmo intuir do que ceder a evidências. Tendo prometido que no sábado mostra o capítulo final da novela sobre sua possível candidatura a prefeito, o que não deve acontecer, ele ainda tem quem lhe faça a seguinte sugestão: disputar a vereança, com a garantia de ser o mais votado, o que o leva fatalmente à presidência da Câmara, onde ficaria dois anos para complicar a vida do prefeito, qualquer que seja o eleito.
Referencial
Em Brasília, para confirmar o artigo que publicou ontem neste TER Notícias, o deputado Eduardo Azeredo tem se revelado animadíssimo com os impactos que a produção de caminhões da Mercedes vai causar sobre a economia de Juiz de Fora e da região.
Mato roçado
Dizem alguns tucanos que ainda é cedo para saber como agir com os adversários na disputa pela prefeitura. É preciso conhecer o volume dos problemas e das facilidades dos contrários. Há sempre a ocasião certa para isso. Agir no momento errado pode ser fatal. Como ensinava Tancredo Neves, é quando o mato está alto para ser capinado e baixo para ser roçado.
(( publicado na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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