O presidente do diretório municipal do PR, ex-deputado Edmar Moreira, disse que o partido terá participação ativa na campanha eleitoral de Juiz de Fora neste ano, e como primeiro passo cuida-se da organização da chapa de candidatos a vereador, “eu diria ser uma chapa forte, que nos autoriza prever a eleição de três para a Câmara”, afirmou. Edmar esteve na cidade na tarde de sábado para assistir, na igreja de São Mateus, à celebração da missa de corpo presente do padre Wilson Ghetti, de quem se tornou amigo pessoal, desde quando o ex-deputado serviu como oficial da PM e o sacerdote era capelão militar.
O Partido da República prioriza a chapa de candidatos a vereador, porque Edmar acha que ainda é cedo para se cuidar da eleição do prefeito. Neste momento, “eu vejo o quadro da sucessão de Custódio muito nebuloso”, mas considera, principalmente, um processo em que as figuras se mostram “bastante arredias”. Ele responde apenas com um sorriso sobre a possibilidade de se lançar candidato, “ porque isso depende do partido”, embora lembrando que seu projeto político sempre foi a prefeitura de Juiz de Fora.
Schettino
De Eduardo Almeida Reis, em seu Tiro&Queda, no “Estado de Minas”, edição de sexta-feira, sobre o acidente com o transatlântico italiano:
“A lourinha não era de se jogar fora, mas o preço pago pelo comandante, pela Costa Cruises, pelas famílias que perderam parentes e pela Itália foi muito alto. Em rigor, só vejo uma solução para Schettino: fugir para o Brasil, que já deu asilo ao Battisti, assassino julgado e condenado, e não negará abrigo a um italiano que se perdeu fazendo amor”.
Esforço arriscado
A luta que vem empreendendo contra o câncer e as muitas sessões de radioterapia a que ainda terá de se submeter não têm sido suficientes para quebrar o ânimo do ex-presidente Lula, que mantém a disposição de em março estar totalmente integrado nas atividades políticas. Mas ele tem sido aconselhado a evitar forças desnecessariamente despendidas, se pretender mesmo subir aos palaques de seus candidatos favoritos. Por exemplo: para quem está em tratamento de câncer, não
havia necessidade de ir a Brasília assistir à posse de um ministro.
Sem capacete
Assim como ocorre em Juiz de Fora, em Belo Horizonte são cada dia mais frequentes e violentos os crimes praticados por motoqueiros, que se aproveitam da rapidez de suas maquinas para escapar da polícia. Na capital, estão sendo examinadas medidas de resistência aos bandidos. Enquanto isso, os patrulheiros vão passar a exigir que, à mais leve suspeita, os motoqueiros retirem o capacete para serem identificados.
Liderança tucana:
jogo com o tempo
Poucas horas antes de o Congresso abrir o novo ano legislativo, a bancada do PSDB, que tem dupla função - liderar o partido e a minoria - mantém uma discussão estratégica. Devia eleger um líder mineiro, para com ele avançar no projeto da candidatura do senador Aécio Neves à presidência da República ou, preferivelmente, deixar alguém de Minas para 2014, quando a Câmara já estará em pleno clima de sucessão da presidente?
Ambas as correntes têm razão em alguns de seus argumentos, e um deles está no perigo de se jogar decisões importantes com longo prazo. Mas, no fim de semana, em Brasília, prevalecia a ideia de que é no ano eleitoral, não agora, que a bancada deve cuidar de ter um líder de Minas.
Joga-se com a ausência em 2012 premeditada e com um vácuo no tucanato do estado, pois a partir desta semana o comando da bancada de minoria perde Paulo Abi-Ackel e entra o paulista Mendes Thame.
Sobre a longa ausência de um mineiro na liderança da bancada do PSDB: o último foi o então deputado Custódio Mattos em 2008.
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De memória
A lição de Burle Marx
Quando veio a Juiz de Fora, em 20 de junho de 1980, para pronunciar conferência no II Encontro Nacional de Empresas de Desenvolvimento Urbano, Burle Marx , considerado o maior paisagista do mundo, deu de presente à cidade o projeto de urbanização do chamado terreirão do samba, mas o belo presente nunca iria sair do papel. Na conferência, ele advertiu sobre a degradação das condições de vida no Brasil, resultado, a longo prazo, do êxodo rural. Criticou os governos, de então e de sempre, pela pouca
importância que dão ao meio ambiente. A devastação provocada na região de Belo Horizonte com a exploração do minério foi citada como um exemplo. Burle definiu como “um crime arrancar uma árvore por causa de um avenida”, e garantiu que milhões ainda haveriam de pagar caro por isso.
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(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
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