terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A política em tempo de alianças

Os partidos políticos já vão entrar na segunda quinzena de janeiro orientando suas preocupações em dois sentidos: os estudos iniciais para a composição das chapas de vereadores e a construção das alianças. Em ambas as vertentes nem sempre as melhores soluções são facilmente encontradas, e, desde agora, nas primeiras articulações, algumas dificuldades podem surgir.
No caso das chapas de candidatos a vereador os primeiros problemas já apareciam no final do ano passado para grandes e pequenos partidos, por causa do número de pretendentes: nas grandes legendas, o interesse é o candidato estar próximo da campanha de quem vai disputar a prefeitura, e tirar proveito disso. Mas, se o partido é pequeno, ainda aí os interessados são muitos, porque certamente precisarão de menos votos para se eleger, da mesma forma como podem se valer das sobras coligadas.
A questão das alianças também já entrou na ordem do dia. O primeiro lance veio do final do ano, quando o presidente do PMN, Isauro Calais, e Bruno Siquira, deputado PMDB, conversaram sobre um possível acordo, mas foi uma conversa não conclusiva. Em relação ao PMN (46 segundos de propaganda na televisão para a campanha), que tem em seu presidente um pré-candidato a prefeito, o partido pode caminhar para apoiar o candidato do PT ou do PMDB, mas está afastada a possibilidade de ficar com o PSDB.
A primeira aliança de 2012, conhecida e ungida pelo comando nacional do partido, vem do PTB, que ficará com a reeleição do prefeito Custódio Mattos.
Há casos em que esses acertos são conduzidos segundo os interesses partidários estaduais ou nacionais, acima do que se pretender nos municípios. É o caso de Belo Horizonte, onde o PT está sendo forçado a compor com o PSB, para mantê-lo na base de apoio ao governo Dilma, e deixar seu presidente, o governador Eduardo Campos, afastado de Aécio Neves.



Cadeia para quem?

Em tempo de corrupção alastrada, as poucas vozes ativas do Congresso Nacional indagam se o problema básico deste País não estaria na falta de cadeias, e sonham com certas sociedades orientais, como a japonesa, onde o rigor da lei raramente pratica condescendência.
Certa vez, desolado, o jornalista Joel da Silveira disse que no Brasil é mais fácil sair da cadeia do que entrar nela. Hoje, estaria mais aflito, quando soubesse que, se os poderosos escapam das celas, pior é que milhares vão presos injustamente: o Conselho Nacional de Justiça informa que nos últimos dois anos libertou 21.889 pessoas presas irregularmente.


PDT como antes

Pelo menos em Minas, o que inclui Juiz de Fora, não haverá mudança de rota para o PDT, agora que o ex-ministro Carlos Lupi reassume a presidência nacional do partido, numa fase de total desprestígio, e sob crítica rigorosa da facção brizolista do partido. Lupi, para tentar se recompor, depois das acusações de prática de irregularidades, quando chefiava o ministério, deverá partir para um projeto de aproximação com o governo, apoiando os candidatos petistas que vão disputar nas principais cidades do País. No caso mineiro, ele encontraria dificuldades nesse projeto, porque seu partido vai continuar entrosado com o governo do estado e seus candidatos.


De volta à casa

O ex-prefeito José Eduardo Araújo retorna à cidade nas próximas horas, ainda convalescendo da cirurgia a que se submeteu em Vitória, no Espírito Santo, depois de um acidente doméstico em Guarapari, quando fraturou o fêmur.
Recentemente filiado ao PMN, ele tem sido o único nome citado para figurar como candidato a vice-prefeito em chapa da qual participe seu partido, caso o presidente do diretório municipal, Isauro Calais, não mantenha sua pré-candidatura à prefeitura.


Posse na AORE

Luiz Eduardo Schmitz está retornando AORE – Associação dos Oficiais da Reserva de Juiz de Fora, de onde se afastou há três anos, segundo disse, por motivos pessoais. A decisão foi tomada durante uma reunião que teve com o presidente e o vice-presidente da entidade, Mauro Lúcio e Monay.
“Fui convidado por ambos a retornar aos quadros da associação, de onde estou afastado, por motivos pessoais, deste meados de 2008. De imediato me coloquei à disposição para ajudar naquilo que me couber, sem almejar qualquer tipo de cargo na diretoria executiva ou conselhos. Porém, o presidente Mauro Lúcio me convenceu a assumir a Diretoria Social e de Eventos, o que de imediato aceitei”, explicou.


_____________________


Praticando uma partida de futebol com amigos, o que está no sangue, pois o pai, Tarcísio, também aprecia, o deputado Júlio Delgado voltou a confirmar sua disposição de disputar a prefeitura. Até este momento, não há sinais de que seu partido, PSB, recomende pensar melhor esse projeto.

_____________________



O peso da Mata na
eleição presidencial


O eleitorado da Zona da Mata (incluído o município de Barbacena, que faz parte de Vertentes) que em outubro próximo estará escolhendo seus prefeitos, poderá ganhar um novo peso para 2014, quando o estado continuará sendo a segunda maior população de eleitores do País, e provavelmente com um candidato à presidência da República. Já em outubro deste ano, segundo estimativas de deputados experientes nessas disputas, os mineiros desta região terão chegado a cerca de 1,5 milhão de votos. Como desta vez serão votações isoladas nos municípios, ainda não será agora que o poder de voto conseguirá influir poderá se manifestar em uma campanha nacional. Mas, o entendimento que se tem é que, no conjunto, e mesmo que se mantenham os números de hoje, quando for eleito o presidente da República, o peso da região será considerado, talvez logo abaixo da Zona Metropolitana de Belo Horizonte.
Para uma eleição que se realizasse hoje, faltando os dois últimos balanços do TRE, só os sete maiores municípios representariam, em números redondos (aqueles que terminam com um ou mais zeros), cerca de 800 mil votos válidos. São eles: Juiz de Fora, 380 mil; Barbacena, 140 mil; Ubá, 90 mil; Muriaé, 90 mil; Manhuaçu, 80 mil, Ponte Nova,80 mil; Cataguases, 70 mil.




(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

Um comentário:

  1. CARO AMIGO WILSON, OBRIGADO PELA GENTILEZA DA NOSSA VERSANDO SOBRE NOSSO A AORE/JF. CONTINUAMOS CONTANDO COM SEU HABITUAL APOIO E CONTE, TAMBÉM, SEMPRE COM O NOSSO. CORDIAL ABRAÇO.

    ResponderExcluir