terça-feira, 26 de junho de 2012
Conjecturas de junho
Mais quatro dias e junho passa a fazer parte do passado no calendário eleitoral. E serão apenas mais três meses para a chegada das urnas. No fim de semana, terminam as convenções partidárias para a escolha dos candidatos.
Em Juiz de Fora surgem algumas conjecturas, a partir dos gabinetes ou das conversas informais que acontecem nos passeios vespertinos pelo calçadão da Rua Halfeld, emergindo notícias, análises e prognósticos a respeito do próximo pleito municipal.
Quem se dispuser a elaborar uma síntese de vários diálogos ouvidos nos últimos trinta dias poderá chegar a alguns resultados:
1 - A administração do prefeito Custódio Mattos têm críticos contumazes, mas há uma parcela da população que o aplaude, principalmente nos bairros.
2 - Há uma percepção dos analistas de plantão de que Juiz de Fora, como na maioria dos municípios do mesmo porte, tem sérios problemas, tais como saúde, segurança pública e trânsito. Nesta ordem de gravidade, esperam soluções do próximo executivo municipal.
3 - Os palpiteiros dizem que parte da população pretenderia votar em um nome novo, ou seja, em um candidato que não tenha passado pelo cargo.
4 - A intenção de voto está acanhada, porque a campanha ainda não começou, mas quase a metade já saberia em quem pretende votar.
Quando a campanha começa, acontece um processo bem diferente do que esta fase de articulações políticas de bastidores. Os candidatos vão ao encontro dos eleitores levando suas mensagens, e aí emerge um fator emocional que proporciona o surgimento de fatos novos no cenário.
Estratégicas
Em Uberlândia, onde estiveram para participar da abertura da campanha eleitoral do PSDB, deputados que acompanhavam o governador Anastasia e o senador Aécio Neves diziam que os dois têm plena consciência de que as prefeituras daquele município e a de Juiz de Fora lideram as estratégias do partido em Minas. Entende-se a importância que os tucanos conferem a esses dois grandes colégios eleitorais. É a luta que se espera em 2014.
Garantia plena
Recentemente, quando se discutiu a possibilidade de o deputado Júlio Delgado ser o candidato a vice na chapa do PT, houve quem, equivocadamente, visse nisso o risco de ele perder o mandato. Tanto não havia risco, que em S.Paulo a deputada Luíza Erundina aceitou completar a chapa de Fernando Haddad, e só desistiu para não ter de conviver com Paulo Maluf.
Agora, em Belo Horizonte, também o PDT tenta montar chapa encabeçada por Sargento Rodrigues, tendo como vice o deputado Mário Heringer.
Tramitação
Já no Congresso Nacional o anteprojeto elaborado por juristas para o novo Código Penal, vale conferir quanto tempo os senadores vão consumir para tratar de matéria que já chega “mastigada” sob os aspectos técnicos. Resta a decisão política. Assunto dessa importância costuma consumir anos para ser reformado ou simplesmente discutido.
Via indireta
Não há quem possa negar ao PSTU o direito de lançar candidato próprio à prefeitura. Se lhe faltassem outros argumentos para essa decisão, bastaria citar a opção que com ele se abre ao eleitor da esquerda radical. Mas o partido não pode ignorar que os votos que sua candidata vai receber são os que iriam naturalmente para Margarida Salomão. Não menos de 6.000. O que significa contribuição indireta aos adversários do PT.
Em 2008, quando teve Victor Pontes como candidato, o PSTU somou 5.303 votos.
Tema nacional
A principal tarefa do ex-presidente Lula no atual processo eleitoral é conduzir a campanha para a temática nacional, o que é bom para o Partido dos Trabalhadores. O projeto não parece estar afetado pelo tropeço que ocorreu em São Paulo, quando trocou afetos com Paulo Maluf.
Não é um objetivo dos mais fáceis a ser atingido, a não ser nas metrópoles. Nos municípios menores geralmente pesam os temas locais e os conflitos entre grupos.
(( publicado na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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