quarta-feira, 20 de junho de 2012

Insuficiente

A possibilidade de o Tribunal de Contas aprovar contas da gestão alberto bejani na prefeitura é insuficiente para que ele tenha sinal verde e possa ser candidato a cargo eletivo. O principal óbice estaria na renúncia que praticou, seis meses antes de concluir o mandato de prefeito, para evitar que tivesse os direitos políticos suspensos. Portanto, o que vai definir é a interpretação que o juiz eleitoral der à Lei da Ficha Limpa, que abomina aquele tipo de renúncia. É certo que a vigência dessa lei moralizadora tem levado incertezas a muitas candidaturas de futuro duvidoso.
Adiamento
Percebem-se rumores em alguns partidos sobre a conveniência de ficar para o segundo turno a definição de apoio aos candidatos a prefeito. Enquanto se disputa o primeiro, as atenções se voltariam apenas para os candidatos a vereador. Há quem pense assim no PTB e no PPS, por exemplo. Quanto a estes, entretanto, a decisão oficial é de apoio à candidatura de Custódio Mattos.
Luíza consagrada
Bastaram 48 horas para que dois tropeços levassem dificuldade à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de S.Paulo. O primeiro foi a iniciativa do ex-presidente Lula de autorizar acordo de conveniência com Paulo Maluf, o que cassa à campanha do PT o direito de falar em probidade. O segundo tropeço foi a retirada de Luíza Erundina, que desistiu de ser candidata a vice na chapa de Haddad, para não ter de conviver com Maluf. Sai consagrada e deixa um rombo na campanha.
Para conferir
As eleições municipais é que darão o tom do debate político nacional que se seguirá. Petistas e tucanos, juntamente com seus respectivos aliados, mapeiam os municípios estratégicos para a montagem do próximo plano eleitoral. Os peemedebistas, como de costume, correm por fora, aliando-se a um ou a outro, conforme a circunstância e a geografia. Mas, o território a ser conquistado é o Brasil, em 2014.
Ação regional
Apostando na capacidade de o governador Anastasia e o senador Aécio Neves motivarem o eleitorado da Zona da Mata, o PSDB e seus aliados deverão promover concentração regional em Juiz de Fora, em agosto, para a apresentação dos seus candidatos a prefeito. A intenção é mostrar a força regional dos tucanos, já a partir de agora e com vistas a 2014. Há um primeiro projeto nesse sentido, que, além do governador e do senador, envolve os deputados estaduais e federais com votação expressiva na Mata.
Desfiliado
O advogado José Elias Valério, que em 20 de julho de 1995 fundava o Partido Verde em Juiz de Fora, desfiliou-se ontem, como informou ao presidente da comissão provisória municipal. Ele alegou motivos de ordem particular para a decisão, e foi também o que informou ao juiz da 152a Zona Eleitoral, a quem pediu “determinar as devidas anotações”. Ao criar o PV, 17 anos atrás, ele foi o primeiro a propor a discussão político-partidária da questão ambiental no município. Valério foi convidado pelo vereador Wanderson Cartelar a ingressar no Partido dos Trabalhadores. A filiação deve ocorrer nos próximos dias.
Falar e ouvir
Em tempo de campanha, quando se luta para conquistar voto a voto, é muito comum haver confusão entre o que o candidato pensou ou quis dizer, ou, ainda, o que o ouvinte pensa que ouviu. Isto intrigava Mário Quintana, o poeta que dispensa apresentações: “A gente pensa dizer uma coisa, diz outra; o ouvinte ouve outra, e a coisa propriamente dita desconfia que não foi dita”.
Um ponto sensível
Faltando 15 dias para começar a propaganda eleitoral autorizada, imagina-se que os grupos que cercam os três candidatos a prefeito já trabalham em cima das propostas a serem apresentadas ao eleitorado. O que pretendem fazer, como fazer. Sobretudo, o que é possível, numa conversa séria, sem enganações. O que já agora transpirou são dados superficiais, alguns de total inconsistência.. Ainda estamos no escuro. Seja o que for que pensem ou proponham os candidatos, há um justificado interesse sobre como atuar no setor de trânsito e tráfego, o nosso grande desafio urbano. Os três sabem que milagres não há. O dinheiro necessário para as obras no setor é curto e todas elas são caríssimas. Como vamos sair dessa?
(( publicado na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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