quinta-feira, 14 de junho de 2012

Morte à coligação

A melhor notícia para fechar a semana veio da Comissão de Constituição e Justiça do Senado ao aprovar o projeto que manda acabar com as coligações partidárias em eleição proporcional, isto é, para eleição de vereador, deputado estadual e deputado federal. Os partidos só poderiam se juntar na majoritária, a que escolhe prefeito, governador e presidente da República. É a segunda vez que esse projeto vai à Comissão, tendo sido também aprovado anteriormente, retornando por causa de emendas que recebeu. Não significa que se ganhou a guerra, pois ainda falta passar pelos plenários do Senado e da Câmara. Na melhor das hipóteses, a norma valeria para 2014. Mas foi dado um passo importante, e ideal é que a sociedade pressione o Congresso para andar ligeiro. As coligações são o escárnio da democracia representativa. Muitas pessoas ainda têm dúvidas e relação a esse assunto. O google se preocupa em explicar com simplicidade: “Também chamada de aliança partidária, é um método usado pelos partidos políticos para aumentar suas forças eleitorais. Também é uma maneira fazer com que os partidos que têm fraca expressão eleitoral não fiquem alijados da representação. Na propaganda, em eleições proporcionais, cada partido usa apenas sua legenda sob o nome da coligação”.
Outros tempos
O PT e o PSB confirmam, hoje, em S.Paulo, que a deputada Luíza Erundina será a vice na chapa de Fernando Haddad para a prefeitura paulistana. O que vem mostrar que em política o hoje nada tem a ver com o ontem. Explica-se: quando Erundina foi convidada e aceitou participar do governo Itamar Franco, o PT a considerou persona non grata. Agora corre a ela como ponte para uma aliança com o PSB. Mas parece que a deputada superou a humilhação, e hoje é apresentada oficialmente como candidata a vice.
Sem risco
Erundina só aceitou disputar a vice-prefeitura em uma chapa que corre sérios riscos, ao se certificar de que isso não coloca em perigo seu mandato na Câmara dos Deputados. É o que serve para enriquecer a discussão sobre a possibilidade de o deputado Júlio Delgado ser vice na chapa de Margarida Salomão, sem que tenha de sacrificar o mandato. No PSB local há divergências, mas ainda parece lógico admitir que ele não teria de renunciar, e, no caso de ser eleito, não poderia ser diplomado, o que só ocorreria na eventualidade de assumir a prefeitura. Erundina sabe o que está fazendo.
Alternativa
Em Belo Horizonte, Júlio Delgado comentou que uma alternativa para sua família, que vai apoiar a candidata do PT, seria indicar como vice a irmã Érika, o que o pai Tarcísio, já havia definido como fora de cogitação, alegando as ocupações pessoais dela. Mas a sugestão do deputado nem seria objeto de avaliação no PT. Sem discussão de méritos, fato é que duas mulheres em uma única chapa pode não ser do agrado do eleitor.
Boas novas
O eleitorado de Belo Horizonte inclui-se, com razão, entre os mais ressabiados, quando se ouve promessa do governo. Eles chegam, fazem festa, prometem verbas, mas as obras não saem. Exemplo disso é o metrô, que já entrou para o livro de recordes do Guinness: é o campeão mundial em morosidade.
Vereadores Hoje à noite os candidatos a vereador do PSB vão se reunir, cuidar da documentação que terão de encaminhar à Justiça Eleitoral e avaliar o quadro político no qual terão de mergulhar. O PPS tem os mesmos objetivos, com a diferença de que aproveita o fim de semana para reunir aqui candidatos de outros municípios da Zona da Mata.
(( publicado na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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