terça-feira, 19 de junho de 2012

Convenções conjuntas

O dia 30, último que a legislação eleitoral permite aos partidos para a indicação dos candidatos, é o que muitos preferiram para esgotar nas articulações e alianças. Pelo menos oito vão reunir seus convencionais naquele sábado. É o caso do PSDB, DEM e PDT, que estarão reunidos no Fórum, a partir de 8h, com previsão de terem os trabalhos concluídos até 12h. Os três partidos ainda têm algumas indefinições em relação à composição na proporcional, mas já acertados com o apoio à reeleição do prefeito Custódio Mattos. Quanto aos vereadores, persistem alguns impasses. Para acertar coligações, os partidos têm de excluir muitos pré-candidatos, o que implica em inevitáveis ressentimentos.
As estrelas
É justificado o esforço do PT em trazer para o seu palanque o ex-presidente Lula, se não for possível a presença de Dilma. O mesmo pretendem os petistas de uma centena entre os grandes municípios brasileiros, mas no caso local há um argumento que pode pesar: a prefeitura está com os tucanos, e, se permanecer com eles, alguns pontos serão somados em favor de Aécio Neves e seu projeto presidencial.
Perplexidade
O Brasil inteiro viu nos jornais o encontro amistoso entre Lula e Maluf, agora unidos na campanha pela prefeitura paulistana. Uma cena de perplexidade para um fato indigesto, onde falta sinal, pequeno sequer, do viés ideológico, além de Maluf ser procurado pela Interpol. A política chega ao seu nível mais degrandante quando os opostos se toleram em nome das conveniências do momento.
Pesquisa
A informação mais relevante da pesquisa que acaba de ser divulgada pelo Datafolha, segundo Rudá Ricci, é a queda de influência de Lula na capital paulista. De quase metade dos eleitores afirmando que seguiriam a indicação do ex-Presidente, o survey revelou queda para 39%. É, ainda, maior que o patamar histórico de votos do PT em São Paulo, ao redor de 30%. E continua sendo o padrinho mais importante (dentre todos partidos) das eleições paulistanas. “Fica a dúvida sobre os motivos dessa queda. Baixa exposição na mídia? Agressividade excessiva na imposição de nomes e alianças? Retração da economia?”, diz ele.  
Quem decide?
Ainda sobre o recente encontro dos partidos que compõem a base de apoio ao governo estadual: o alvo do seu projeto político, que acaba de ser confirmado, é ganhar a eleição nos 50 maiores municípios. É que esses 50 representam 52% dos eleitores mineiros.
Mais presentes
Longe de estarem definidas, o que só deverá ocorrer nos próximos dez dias, as listas de candidatos vão revelar as profissões ou representações sociais e classistas mais frequentes entre os candidatos. Geralmente, são servidores públicos, líderes comunitários e médicos os que mais se entusiasmam com a carreira legislativa.
Inovação
Estudos que estão sendo preparados para o TSE apontam a possibilidade de a eleição de 2014 ser contemplada com o progresso da biometria. Pelo menos 80% dos 5.560 municípios brasileiros estariam equipados para aplicar a inovação, o que serviria para colocar o Brasil, mais uma vez, na vanguarda das evoluções no sistema eleitoral. Nesse particular, o País tem sido aplaudido no Exterior, apesar de persistirem algumas dúvidas quanto à inviolabilidade do sistema de votação.
Vice duvidoso
Os três candidatos a prefeitos ( e a disputa se restringirá a apenas eles no primeiro turno) ainda não se sentiram suficientemente à vontade para anunciar publicamente seus companheiros de chapa. Se é certo que têm consigo suas preferências, não é menos certo que o vice é decisão impossível de ser tomada sem a audiência dos partidos que fazem parte das alianças. Em relação aos candidatos a vice, sempre se disse que podem até não ajudar, mas é preciso que não atrapalhem.
(( publicado na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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