segunda-feira, 18 de junho de 2012
Questão de nome
Há tempos, quando se perguntava a um raposa da política mineira sobre o partido político mais forte, ele seria capaz de dizer que era o PL; não o Partido Libertador, mas o “Palácio da Liberdade”, referência irônica ao poder de decisão da sede do governo, que podia vencer qualquer eleição.
Hoje, mesmo que na sua essência a questão seja a mesma, o que se diz é quem está mandando é o PAA, que significa ”partido” de Aécio e Anastasia.
Mais otimistas
Ontem, os partidos da base do governo promoveram uma reunião na capital, que pôde ser definida como informal, para avaliar expectativas em relação aos futuros prefeitos dos 50 municípios mais importantes do estado. Acham que vão vencer em 80% desses municípios. Mas não indicaram quais são os 20% creditados ao fracasso.
Pobre Supremo
Numa fase em que vive o maior desprestígio de sua história, o Supremo Tribunal Federal não escapa da pecha de ceder à tentação do empreguismo. O professor de direito Marco Antônio Villa fez uma pesquisa e chegou a estes números: “são quase 3.000 funcionários, entre efetivos e terceirizados. Não é improvável que, se todos comparecerem no mesmo dia ao trabalho, as instalações da Corte não sejam suficientes para abrigá-los. Como são 11 ministros, a média é de 272 funcionários para cada um. E o mais o estranho: são funcionários que não estão diretamente vinculados à função precípua de julgar, como as 235 recepcionistas e os 403 seguranças, o que custa para a União uma bagatela da ordem de R$ 500 milhões ao ano”.
Mão pesada
Presente em quase todos os 853 municípios de Minas, o PMDB vai passando um semestre marcado pelo rigor no julgamento dos diretórios que tiveram a fidelidade partidária colocada em dúvida. Nada menos de 60 diretórios sofreram intervenção por causa dos desacordos com o comando estadual.
O que ainda não foi possível saber é como as facções contrariadas vão reagir na campanha eleitoral. Atitudes de vingança não estão descartadas.
Fora da vice
No fim de semana os candidatos a vereador do PSB participaram de uma reunião funcional para tratar da documentação de registro exigida pela legislação eleitoral. O presidente do partido, Júlio Delgado, não esteve presente, mas sobre ele os candidatos afirmavam ter certeza absoluta de que não aceitará ser candidato a vice-prefeito em chapa encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores. Houvesse condição disputaria a prefeitura. E só.
Aliado forte
De momento para outro, o PSL, sem maior expressão eleitoral, passou a ser peça atraente no cenário das coligações. A razão está na decisão do ex-prefeito alberto bejani de disputar a vereança, o que possivelmente possa fazer sem ser importunado pela polícia. Com possibilidade de uma votação tão expressiva que possa ajudar a eleger mais vereadores, ele se torna toleravelmente importante para o futuro prefeito. Com isso, podem ocorrer alianças antecipadas em torno de seu partido.
As mulheres
O fenômeno ocorreu em eleições anteriores, e dá sinais de que também pode ocorrer este ano. Muitas mulheres se dispõem a disputar a vereança, autorizam a inclusão de seu nome na lista dos candidatos, mas quando vai chegando a hora das convenções muitas delas desistem.
Entre outros problemas, isso provoca total desarrumação nos planos dos partidos.
Dedo-durismo
Num país onde não faltam aberrações, a comissão especial do Senado que vai propor alterações no Código Penal estuda a premiação, pela via da redução da pena, do sequestrador que fizer a gentileza de delatar seu comparsa.
Primeiro, pela própria natureza do crime infame que pratica, ele não pode receber qualquer tipo de premiação; segundo: e quando for apenas um sequestrador, a pena será mais pesada por não ter ele a quem delatar?
(( publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS))
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