domingo, 10 de junho de 2012

PMDB confirma Bruno

Na primeira convenção partidária do ano, realizada neste domingo, o diretório municipal do PMDB conformou, por 48 votos favoráveis e dois em branco, a candidatura do deputado Bruno Siqueira à prefeitura, ao mesmo tempo em que deu à executiva a tarefa de decidir, com o candidato, quem vai acompanhá-lo na chapa como vice. Outra decisão foi manter aberta a lista de candidatos a vereador, o que permitirá negociar as coligações para a eleição proporcional. O grupo do ex-prefeito Tarcísio Delgado tentou impugnar a convenção, sem êxito, na Justiça Eleitoral. Recorreu em Belo Horizonte e também lá teve julgada improcedente a ação. ((Tudo na edição de amanhã do TER NOTÍCIAS))
O impasse do vice
Raros são os candidatos a prefeito que puderam escolher seus companheiros de chapa sem acidentes ou constrangimentos. Ainda neste momento, em Belo Horizonte, o prefeito Márcio Lacerda se vê refém dos interesses de uma complicada aliança que em torno dele se formou. Em Juiz de Fora, a candidata Margarida Salomão viu ontem como é difícil ter o vice dos seus sonhos. Os prós e contras das alianças criam as primeiras dificuldades, porque muitas vezes elas não se acanham de recorrer ao fórceps: querem arrancar uma candidatura que o parto normal recusaria. Muitas vezes o candidato a prefeito tem de abrir mão do princípio elementar do vice, que é a discrição, porque só eventual e temporariamente ele deve assumir o poder. Seu prestígio tem de ser controlado para não se igualar, muito menos ultrapassar a autoridade do titular. Um exemplo de constrangimento deu-se em 1966, no começo da ditadura militar: o prefeito eleito, Itamar Franco, foi instado a aceitar como vice um general, Oscar Silva, que logo entrou em ação, determinando a localização de bebedouros na estação rodoviária. Foi desautorizado e caiu na oposição.
Bloco feminino
Marcado para o próximo sábado o lançamento do PPS Mulher, que ficará sob a coordenação da ex-vereadora Rose França. Entre os objetivos, mostrar o que o partido pretende para a cidade, particularmente para a população feminina. Rose foi convidada a voltar a integrar a chapa de candidatos a vereador. Há dias, foi criado o PPS Jovem, que tem como coordenador o universitário Paulo Gabriel, que cursa direito na Universidade.
Avaliação
Sob o comando do reitor Henrique Duque, a Universidade Federal promove, no dia 29, a partir de 9h30m, no auditório da Fiemg, a quarta avaliação dos resultados do encontro de lideranças para levantar as prioridades da Zona da Mata. Durante as quatro horas de reunião serão avaliados, prioritariamente, os seguintes temas: aeroporto de Goianá, sistema de saúde para atendimento de urgência e emergência, parque e centro tecnológico.
Desprestígio
O balanço das relações entre a União e os estados vai fechar o primeiro semestre com Minas confirmando que anda com seu prestígio em baixa em Brasília. Os prometidos recursos financeiros para obras diversas não chegam a 15% no período. Faz parte da tradição: nos últimos quatro anos o estado só conseguiu receber 36% das verbas que lhe foram destinadas pelos parlamentares.
Falha grave
Na última quarta-feira, às 9H45m, em diferentes pontos da cidade fazia-se uma pesquisa eleitoral, não se sabe sob a responsabilidade de quem, em que o eleitor era questionado em mensagem de celular (SMS). Indagava-se: "Se a eleição fosse hoje em quem você votaria para prefeito de Juiz de Fora: Margarete (sic), Bruno, Custódio ou bejani?, com resposta também por mensagem (SMS) de celular. Para acabar logo com a seriedade da consulta basta lembrar que nem o nome da candidata do PT foi apresentado corretamente.
Renovação
Pelo que se ouve nas reuniões com que os partidos preparam suas convenções e nos encontros com candidatos a vereador, os adversários do prefeito já decidiram que terão como tema principal e comum na campanha a proposta de renovação. Mas isso já é sabido, não é de hoje. Em dezembro, quando foi questionado sobre essa questão, Custódio disse que a proposta de renovação tem um componente de relatividade. Renovar o quê? Com quem? Para quê? O fato de mudar os nomes, simplesmente por mudar, não é uma ideia que por si deva ser admitida, alertou.
Velho vício
Já vão adiantadas as conversações em torno da engenharia política das coligações, que serão celebradas e cumpridas de acordo com o velho modelo das conveniências momentâneas: os grandes partidos se impõem e os pequenos negociam seus preciosos segundos em rádio e televisão. O Tribunal Superior Eleitoral não teve como acabar com essa farra, mas podia ter exigido que as coligações se restringissem a partidos com um mínimo de identidade ideológica entre si. Seria a forma de impedir que o eleitor fosse totalmente enganado.
Ponto de vista
O corrupto político não se considera como tal. O empreiteiro que suborna o político diz que faz parte do jogo. Então, ambos dizem a mesma coisa sempre para justificar a endêmica corrupção brasileira.
(( publicado na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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