segunda-feira, 4 de junho de 2012

A semana do PMDB

O PMDB entrou na semana da conclusão dos acertos para a sua convenção municipal, com os expectadores da cena política, estando de fora, percebendo as razões da cisão interna. Todos os antecedentes sugerem que o quadro continua favorável ao deputado Bruno Siqueira na sua disputa com o grupo de Tarcísio Delgado. Se Tarcísio carrega consigo uma história de quase quatro décadas de liderança do partido por que, então, perder terreno para um jovem deputado? Simplesmente porque Bruno tem mandato, instrumento de que não dispõe o ex-prefeito, dado mais que suficiente para que grande parte do diretório transfira suas atenções para um projeto que lhe parece uma porta para o futuro. Por isso, faltando cinco dias para a convenção predominam as propostas de renovação e da candidatura própria. Mas é preciso que Tarcísio seja ouvido. Confirmada a decisão de Bruno de entrar na disputa, contrariando a proposta de Tarcísio de aliança com o PT, transparece que as forças que hoje tensionam as estruturas do PMDB tendem para o deputado. Ficam abertas as portas para disputa no domingo. E se houver? E qual será o comportamento dos derrotados? Dissidência ou adesão? Quem aposta na fidelidade do ex-prefeito ao PMDB e sua aceitação a uma eventual derrota, lembra que em 1986, em nome da fidelidade ele apoiou a candidatura de Newton Cardoso para o governo de Minas, contra Itamar Franco.
Excelsior não é tombado
Em sua reunião mensal, realizada ontem à tarde, o Comppac - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural recusou, por 10 votos contra dois e uma abstenção, a proposta de tombamento do Cinema Excelsior, na Avenida Rio Branco, recusando-se também a declarar o imóvel em área de interesse cultural. O processo referente ao Excelsior, agora encerrado, transformou-se na mais longa tramitação no Comppac: ontem foi a nona vez que se tentou o tombamento ou a declaração de bem de interesse cultural para o antigo cinema; todas as votações foram pela recusa. A mais recente tentativa partiu de um movimento de pessoas envolvidas em produção cinematográfica. Conselheiros que relataram os processos e a quase totalidade dos que votaram não viram motivos suficientes para considerar o imóvel digno de preservação, nem base legal para limitar a utilização pelos proprietários.
Voto sob comando
Chama-se a atenção dos marqueteiros para o fato de que neste ano partidos e candidatos terão de estar mais atentos à importância que a internet vai exercer sobre o voto, fenômeno que vem se manifestando sensível de ano para ano, o que certamente voltará a ocorrer. Mas não apenas a internet. Os responsáveis pela campanha dos candidatos, também não poderão ignorar o peso do “voto sob comando” dos evangélicos. Para tanto, observarão este dado: em 2010, essas igrejas foram representadas por 32 candidatos a deputado, elegendo-se 75%. Comparando com o PT: 212 candidatos e 26% eleitos.
Falta fazer
Há dez meses , o ex-ministro Delfim Netto sugeriu que, vista a crise internacional, o melhor que o governo devia fazer era blindar o setor industrial frente à concorrência estrangeira. Hoje, ao se perceber que se fez muito pouco nesse sentido, outros especialistas fazem a mesma pregação. Delfim, que foi ministro da Fazenda durante 14 anos, era um otimista: diante da crise quem tinha de se preocupar mais eram os Estados Unidos.
Zona Norte
Quando se abre qualquer conversa sobre o potencial de votos dos bairros, quem já disputou sabe e repete: a Zona Norte pode decidir, com folga, qualquer eleição. Ela tem 84 bairros, 17 regiões rurais, 150 mil habitantes e 6.500 empresas.
Para fiscalizar
O Sistema de Administração Financeira do Estado tem todos os seus dados à disposição da Justiça Eleitoral, já liberadas as senhas de acesso. O objetivo é permitir quo o TRE conheça prazos e critérios dos convênios celebrados com as prefeituras durante a campanha eleitoral do ano passado, e ver se ocorreram irregularidades. ((publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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