Entre as preocupações dos partidos e dos marqueteiros que vão cuidar da campanha de seus candidatos está um estudo sobre o comportamento do voto dos jovens. O que esse eleitorado quer ouvir?; se realmente quer ouvir, porque as eleições mais recentes têm revelado que a política não se situa entre as questões que mais despertam suas reflexões.
Há uma tendência para se admitir que a mocidade cuida, em primeiro lugar, com o mercado de trabalho, preocupando-se mais com isso do que com a educação, a saúde e a segurança. O professor Delorme Araújo analisa que, fundamentalmente, o jovem cuida de seu próprio destino, o que o afasta de problemas coletivos. É, ainda segundo o professor mineiro, o que torna apagada a reação dos moços nas campanhas de moralização dos costumes.
Atrair a militância eleitoral dos jovens é, portanto, uma prioridade, como também a campanha de envolvimento dos maiores de 16 e menores de 18 anos, que têm a faculdade de votar, mas não mais de 20% acham isso uma boa ideia.
PSD já tem um
pé no governo
Registrado há apenas quatro meses no Tribunal Superior Eleitoral, o PSD registra duas performances em Minas: ganhou oito dos 77 deputados à Assembleia Legislativa e tem uma secretaria no governo do estado. A secretaria de Desenvolvimento Social vai para o deputado Cássio Soares, que está em seu primeiro mandato. O fato de ser a primeira iniciativa do governador na prometida reforma mostra a importância que se pretende conferir ao novo partido como base da aliança projetada pelo PSDB.
Qual a linha
do Itamaraty?
Interessante observar que as chancelarias do Exterior e a imprensa de outros países, muito mais que nós, brasileiros, têm se preocupado com a política do Itamaraty, que em doze meses, não mais que isso, alterou ou jogou para os lados algumas linhas que vinham sendo cumpridas no governo Lula. Tão identificada com o antecessor, nada decidindo sobre questões importantes não sem antes consultá-lo, a presidente pratica o gelo em relação a Hugo Chávez, da Venezuela, e foi excluída do recente roteiro latino-americano de Ahmadinejad, ditador do Irã, ambos gurus de Lula.
No alvo permanece Cuba, com evidências de uma preocupação de não mostrar diferenças muito salientes. Mas até hoje não se sabe exatamente o que se pretende ou não se pretende em Havana.
As comissões de relações exteriores do Senado e da Câmara deviam cobrar explicações. A política externa tem parecido insossa e descolorida.
Imposto
Pelo menos dois políticos mineiros, o senador Clésio Andrade e o deputado Marcus Pestana, manifestaram disposição de estudar e propor mudanças na legislação que trata das chamadas ”marinas”. Em carta que enviaram a um dos interessados em Juiz de Fora, Vanderlei Tomaz, solidarizaram-se com os que se que queixam da cobrança do imposto que o governo federal está aplicando sobre proprietários de terrenos situados a menos de 15 metros das margens dos rios, sob a alegação de que dentro dessa medida o imóvel pertence a União;portanto, estariam sob ocupação.
Diante da reação provocada pelo recadastramento desses terrenos, o governo decidiu retirar a cobrança.
Evangélicos
Matéria que corre o mundo, pela internet, mostra a razão de os evangélicas terem conquistado tamanho poder político. Suas igrejas não param de crescer, calculando-se que contam hoje com 35 milhões de fiéis, que frequentam 210.000 templos, têm 300 emissoras de radio, dezenas de televisões e 40 deputados no Congresso. Há uma previsão de que, na marcha em que vão, em 2020 a metade dos brasileiros será evangélica. Sociólogos e psicólogos estudam o fenômeno desse crescimento, apesar de serem conhecidos os escândalos de muitos de seus pastores e fundadores.
Compensação
Afastada a possibilidade de Minas ter um segundo ministério no governo Dilma, os governistas passaram a olha com simpatia uma forma de compensação no Congresso, ainda que sem comparação quanto à expressão que se desejou. O deputado Eduardo Azeredo deve ficar com a presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia. Uma segunda presidência possível, a se definir hoje, situa-se na área de influência do PMDB. Seu presidente em Minas, Antônio Andrade, ficaria com a Comissão de Desenvolvimento Urbano, ou Saraiva Felipe teria a presidência da Comissão de Seguridade Social.
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De Memória
Um dia negro
O 23 de janeiro de 1990 foi desagradável para o juiz-forano, pois acabávamos de entrar na lista negra das cidades de porte médio do Brasil onde a carestia se fazia sentir mais pesada. Tratava-se de um dado obtido em pesquisa da Faculdade de Economia, que nos dava inflação de 69,29% no mês. O Centro Industrial reconheceu que éramos uma das cidades onde se pagava mais caro para viver, e seu presidente, Max Junqueira, diria que esse quadro sombrio resultava de dois fatores: a desordem da economia nacional e a decisão do comércio de elevar os preços aleatoriamente, “na suposição de que o governo Collor optará pelo congelamento nos primeiros dias que se seguirão à posse”.
Em menos de duas semanas alguns itens da cesta básica tiveram aumento acima de 100%.
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(( estas e outras notícias na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS }}
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